quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Lendo a mídia

6. Ao ler jornais e revistas, começo sempre, pela sessão Opinião, onde os leitores expressam seus pensamentos sem subterfúgios a serem encobertos com segundas intenções. Divirto-me, até, com casuais divergências, fruto da liberdade de expressão que, ainda, é-lhes permitida. Depois, vou as primeiras páginas para tentar desvendar os mistérios encobertos pelo filtro da malandragem, pintando as manchetes com cores mais ao sabor de desprevenidos leitores. A página Opinião dos Leitores, normalmente, vem ilustrada por hilariante cartum que, até, a bicharada que, antigamente, quando era-lhes permitido falar, mandava seu recado por mio de sábias fábulas, hoje prudentemente calada, se desdobra em homéricas gargalhadas, ao presenciar as fanfarronices, presepadas, palhaçadas, denunciando a involução do homo sapiens, quando empalhado pelo inebriante e ofuscante poder que anula a força da razão, levando-o a rastejar, arrastado pela onda da corrupção cuja fetidez não mais lhe atinge o olfato de narinas entupidas.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Engarrafamento

Mais do que o engarrafamento de carros nas ruas, lamentada pela imprensa, o que mais incomoda Brasília é o engarrafamento político deixado pelos parlamentares e magistrados que, despreocupados, partiram para gozarem de gordas férias engrossadas por dadivoso recesso, deixando um vazio físico–político-moral transbordando problemas, sem previsão de solução, imprevidentemente, brecados por duvidosa reforma previdenciária que promete mil mundos e fundos, sem garantir coisa algum. Desponta 2018 prometendo eleições sanadoras sem, porém, perspectiva de candidatos em quem se possa confiar. Significativa e decisória porção de eleitores, viciados na crendice, encabrestada por vãs promessas de aventureiros, vai definir a sorte do Brasil. O deus invocado como brasileiro, há muito, também, tirou férias, deixando o barco correr, levado por irrefreável corrupção cujo combate não faz parte da agenda do governo que aí está.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Zebra

Quando eu era criança, minha mãe dizia: zebra é um bicho branco pintado com listras pretas, enquanto meu pai emendava: é bicho preto pintado com listras brancas. Depois que cresci, meu guru me ensinou que zebra, símbolo dos políticos brasileiros, é bicho de cores indefinidas, que se pinta de mil cores, dependendo das circunstâncias, na tentativa de enganar o povo. Se você vir alguns andando por ai, pintados de preto e branco, devem ser os que, libertados às pressas por Gilmar Mendes, ao saírem correndo, esqueceram de deixa na portaria do xadrez o pijama carcerário. Em tempo, fica liberada a piada para o cartunista de plantão ilustrar a sessão Cartas dos Leitores.

Fala o leitor

Ao ler jornais e revistas, começo sempre, pela sessão Opinião, onde os leitores expressam seus pensamentos sem subterfúgios a serem encobertos com segundas intenções. Divirto-me, até, com casuais divergências, fruto da liberdade de expressão que, ainda, é-lhes permitida. Depois, vou as primeiras páginas para tentar desvendar os mistérios encobertos pelo filtro da malandragem, pintando as manchetes com cores mais ao sabor de desprevenidos leitores. A página Opinião dos Leitores, normalmente, vem ilustrada por hilariante cartum que, até, a bicharada que, antigamente, quando era-lhes permitido falar, mandava seu recado por mio de sábias fábulas, hoje prudentemente calada, se desdobra em homéricas gargalhadas, ao presenciar as fanfarronices, presepadas, palhaçadas, denunciando a involução do homo sapiens, quando empalhado pelo inebriante e ofuscante poder que anula a força da razão, levando-o a rastejar, arrastado pela onda da corrupção cuja fetidez não mais é-lhe sentida.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Pelas cordas do violão

Senso, consenso, bom senso, senso comum são cordas do mesmo violão cuja combinação e sonoridade dependem de quem as dedilha. Na inversão de valores sociais que marca a política, transformada em politicagem, as cordas são embaralhadas, destorcidas, desafinadas por dedos carcomidos pela corrupção, a ponto de não se perceber o som de cada uma que, combinadas, deveriam resultar em prazerosa sinfonia a soar aos ouvidos dos brasileiros, para alívio na dura vida que as circunstâncias lhes impõe a cada dia. Ficariam, assim, na esperança de ouvirem o “gran finale” anunciando a recondução do Brasil ao seu caminho da prometida terra onde, em se plantando tudo dá. Seria o convite para todos se unirem em torno de uma só bandeira, a da ORDEM E PROGRESSO. Quando assim for, brasileiros de todos os cantos haverão de sair de regador na mão para amenizar essa terra com o refrescante bom senso, resultado do consenso, traduzido em senso comum, indicando que o único caminho para a construção de uma nação, só acontece se asfaltado pela moral e pela ética. Isso tornar-se-á realidade quando milhões de consciências individuais se fundirem numa única consciência universal, buscando um único objetivo, o bem comum, despertado na família, passando pelo município, estado e pais, culminando na comunidade mundial.

Dois pensamntos

1. Não seria o controvertido Gilmar Mendes a passar ileso pelo lamaçal de corrupção espalhado por todas as instituições governamentais e não governamentais. Há muito tempo vem se falando, nas entrelinhas da mídia, de seus negócios escusos com relação ao Instituto Brasiliense de Direito Público, de sua propriedade, sustentado com dinheiro do povo, escorregado via Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Finalmente, capa de ISTOÉ (20 de dezembro) vem alertar o Brasil sobre a possível excrescência às custas do dinheiro do contribuinte. Falta, alguém de peito, com coragem, para colocar a questão em pratos limpos enfrentando a proverbial verve de um dos mais falantes ministros do STF, capaz de soltar a manada de corruptos que não se conformam em viver atrás das grades, vendo o Sol nascer quadrado. Certamente, não será entre seus pares que temem sua verborragia e, pelo visto, preferem acobertá-lo sob deletério corporativismo. 2. Judiciário em recesso até fevereiro 2018. Quem de plantação para atender emergências? Gilmar Mendes. São as chaves do galinheiro nas mãos da raposa. Ontem já soltou o Garotinho. Quando o Judiciário retornar, vai encontrar as cadeias vazias de colarinhos brancos. Vai sobrar mais espaço para ladrões de galinhas que não estão na agenda de Gilmar Mendes, improvisado Papai Noel dos privilegiados da sorte.]
Valha-nos o todo poderoso Pan Kum, da multimilenar mitologia chinesa, responsável pelo preenchimento de todo o espaço primordial vazio, com a criação do Universo, para explicar tamanha falta de bom senso. Como pode chegar até o STF um processo, para ser julgado pela suprema corte, depois de mais de trinta anos de tramitação, tratando de relés disputa provocada por uma cerca construída em torno de um prédio no bairro do Cruzeiro Novo em Brasília DF, a mando de zeloso sindico, em defesa da segurança da pequena comunidade? Como se na Suprema Corte não dormissem eteno sono milhares de processos de alto interesse nacional, mofando sem limite de tempo, nos escaninhos de descuidados magistrados da mais alta corte da Justiça que esbanjam precioso tempo, discutindo querelas de somenos importância. E dizer que essa mesma instituição, supostamente, integrada pelas mais altos representantes da sociedade, laureados de mais lídima sabedoria, revestidos por negras e vistosas togas, quiçá, simbolizando a proteção dos deuses, pretende ser tida a vigilante das leis para o cumprimento da Justiça. À suposta sabedoria só falta a virtude do bom senso que soe equilibrar a balança, garantindo a estabilidade de qualquer sociedade inserida no universo criado, seja lá, por qual divindade.

Missa

Fatos sem fotos Meses atrás o colega João Bosco Nascimento, enviou-me diversos tópicos falando da dúbia conveniência de os pais levarem as crianças à missa. Por falta de espaço temporal fui deixando o assunto cozinhando nos meus arquivos. Depois de presenciar vários fatos, sem fotos por falta de equipamento, resolvo dar meus palpites, à guisa de resposta. 1. Participando da missa dominical de hoje, apreciei belo exemplo de jovem mãe, assentada em banco à frente, com seu lindo filhinho, aparentando uns dois anos de idade. Quando sentiu que o pimpolho já não mais aguentava se portar de acordo com que se espera dentro do sagrado recinto, tomou o caminho da porta, levando o pimpolho para se expandir ao ar livre. 2. Minha própria experiência como educador, já me valeu em minhas preleções a pais, quando tive oportunidade de abordar o tema. Quando eu e minha esposa, mais por insistência desta, íamos à missa com os dois nossos filhos crianças, depois de certo tempo, ao começarem a se inquietar e movimentar, disfarçadamente, conduzia-os para o jardim onde se esbaldavam, apreciando as belezas da natureza. Enquanto isso, Pierina, distraidamente, assistia a missa, sem ser perturbada, e eu tranquilo por estar cumprindo o preceito de ir à missa uma vez por semana. Impropriamente cumprindo preceito, pois, não se admite verdadeira fé por imposição. 3. Belo exemplo de uma mãe, com a criança nos baços, de olhos atentos e suplicantes, ao receber nas mãos a hóstia consagrada, partindo-a ao meio, ministrando uma das partes ao infante. Sumo sacrilégio para os exegetas que pretendem preservar a reverência às espécies sacramentais, salutar exemplo de promoção participativa no banquete eucarístico, sem, naturalmente, ter que explicar que estaria dando-lhe de comer o corpo de Cristo, atitude a ser, perigosamente, interpretado como canibalismo, racionalmente reprovado pela própria Igreja. Difícil ou, mesmo, impossível dar uma resposta generalizada para a pergunta sobre a conveniência de se levar as crianças à missa dominical. Depende muito de circunstâncias. Em princípio, nunca como imposição de ato obrigatório. Tenho a convicção de que o fato de o adolescente começar a rejeitar à frequência à igreja pode ser atribuído, em grande parte, pelo fato de ter sido obrigada na infância. Ai vem o estereótipo, “Perdeu a fé”, como se religião se resumisse, no caso, em assistir missa e praticar dezenas de outros atos impostos por preceitos. Impõe-se o grande problema de os filhos terem que seguir a religião assumida pelos pais, também, por tradição familiar, não deixando opção de escolha pessoal levando, futuramente a questionamentos, não raro, gerando sérios problemas de consciência que vão desembocar em consultórios médicos, psicológicos e psiquiátricos. Teoricamente as igrejas admitem a liberdade de consciência, faltando, porém, traduzi-la na prática, frequentemente negada, a exemplo da imposição de dogmas, vigiados por imposição de severas penalidades aos descrentes, sendo classificados como apóstatas, condenados ao fogo do Inferno. Sirva de exemplo a afirmação de Bento XVI num de seus sermões ao povo na praça de São Pedro: “A Fé é ato profundamente livre e humano”. Logo ele que, como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, silenciou inúmeros teólogos que expressaram discordâncias com relação ao pensamento tradicional da Igreja romana. Sempre acompanhei Pierina e nossos filhos à missa dominical, menos por convicção, mais por conveniência. Sabe-se lá, em consequência dessa conveniência, ao atingirem a adolescência, nossos filhos não mais quiseram ir à missa. Perderam a fé? Não creio. Certo dia, minha filha leu um artigo meu abordando a teoria de Baruc de Spinoza, ressaltando o lema “Deus sive Natura”. Pediu-me que escrevesse a frase numa folha de papel. Dias depois mandou-me, via internet, uma foto de sua perna onde se via tatuado - “Deus sive Natura”, com minha letra. Prova inconteste de que não perdera a fé, mudando, apenas a forma de expressar a Divindade. É urgente acabar com a tradição de que os pais tem que deixar aos filhos a herança da própria fé, com juramento no momento do batismo. Cite-se a frase dita pelo acima citado Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, hoje, papa emérito, Bento XVI: “Fé não é para crianças, é para adultos.” Não, apenas, adultos fisicamente, mas, e principalmente, mental e psicologicamente amadurecidos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Gilmar Mendes

Não seria o controvertido Gilmar Mendes a passar ileso pelo lamaçal de corrupção espalhado por todas as instituições governamentais e não governamentais. Há muito tempo vem se falando, nas entrelinhas da mídia, de seus negócios escusos com relação ao Instituto Brasiliense de Direito Público, de sua propriedade, sustentado com dinheiro do povo, escorregado via Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Finalmente, capa de ISTOÉ (20 de dezembro) vem alertar o Brasil sobre a possível excrescência às custas do dinheiro do contribuinte. Falta, alguém de peito, com coragem, para colocar a questão em pratos limpos enfrentando a proverbial verve de um dos mais falantes ministros do STF, capaz de soltar a manada de corruptos que não se conformam em viver atrás das grades, vendo o Sol nascer quadrado. Certamente, não será entre seus pares que temem sua verborragia e, pelo visto, preferem acobertá-lo sob deletério corporativismo.

Maluf

Soem mil e umas trombetas anunciando solene Aleluia de Handel, entoado por milhões de vozes, ecoando por todos os rincões do imenso Brasil, anunciando a prisão de um dos mais cínicos políticos já nascidos em terras brasileiras. Maluf atrás das grades, ainda que esperando Gilmar Mendes para vir em seu socorro, é algo inédito numa justiça de mil furos na legislação tupiniquim, por onde passam tubarões facínoras, devoradores de desprevenidas espécies que tentam sobreviver nas águas turvas apodrecidas por descomunal corrupção.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Bom senso

Valha-nos o todo poderoso Pan Kum, da multimilenar mitologia chinesa, responsável pelo preenchimento de todo o espaço primordial vazio, com a criação do Universo, para explicar tamanha falta de bom senso. Como pode chegar até o STF um processo, para ser julgado pela suprema corte, depois de mais de trinta anos de tramitação, tratando de relés disputa provocada por uma cerca construída em torno de um prédio no bairro do Cruzeiro Novo em Brasília DF, a mando de zeloso sindico, em defesa da segurança da pequena comunidade? Como se na Suprema Corte não dormissem eteno sono milhares de processos de alto interesse nacional, mofando sem limite de tempo, nos escaninhos de descuidados magistrados da mais alta corte da Justiça que esbanjam precioso tempo, discutindo querelas de somenos importância. E dizer que essa mesma instituição, supostamente, integrada pelas mais altos representantes da sociedade, laureados de mais lídima sabedoria, revestidos por negras e vistosas togas, quiçá, simbolizando a proteção dos deuses, pretende ser tida a vigilante das leis para o cumprimento da Justiça. À suposta sabedoria só falta a virtude do bom senso que soe equilibrar a balança, garantindo a estabilidade de qualquer sociedade inserida no universo criado, seja lá, por qual divindade.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Reforma previdenciária

Não há dúvida de que uma reforma previdenciária é necessária e urgente. Não, porém, nos moldes e nas circunstâncias em que está sendo proposta pelo governo, e feita por quem está legislando em causa própria, visando proteger os próprios privilégios, esquecendo que todos os brasileiros são iguais em direitos. Diante da calamitosa situação em que se encontram nossas instituições, infiltradas de corrupção, nenhuma delas tem condições morais para tal empreitada. Urge a necessidade de uma constituinte independente, eleita pelo povo, na medida em que tivermos, para tanto, um processo eleitoral isento, purificado de atuais elementos, também, contaminados pela corrupção. Uma constituinte sem contar com elementos envolvidos no governo atual, em instituições de qualquer nível e de qualquer dos três poderes da República. Uma constituinte formada por notáveis, fáceis de serem notados na sociedade, capazes de passar por cima de interesses pessoais, acima de qualquer corporativismo. Quem não vê má fé nos atuais governantes, tentando uma reforma, em proveito própria, sem levar em conta os interesses básicos da população mais necessitada? Uma reforma visando reencher os cofres para continuar a gastança desenfreada, para compra de apoio para se manter no poder? É uma desvergonhada e intolerável atitude que não passa pela consciência nacional, por menos exigente que fosse. Quanto ao mais, o que se está fazendo com nossa Carta Magna é aplicar-lhe remendos novos, desfigurando lhe o tecido original, pondo em risco sua integridade constitucional, dando a impressão de que tudo é mutável, inclusive princípios pétreos, universalmente reconhecidos, ficando à mercê de uma minoria encastelada no poder, vivendo às custas do povo trabalhador. Veja-se a questão do direito ao foro privilegiado, terminantemente vedado pelo Art. 5º da Constituição, que prescreve a igualdade de todos os brasileiros, sem distinção de qualquer natureza, esdruxula e sorrateiramente prescrito em dois artigos subsequentes (*), protegendo, além do presidente da República, justamente os constituintes, senadores e deputados, autores da Carta Magna, em indisfarçado ato de legislar em causa própria. Em seguida à promulgação do documento, vem a interpretação dos citados artigos pelo Congresso Nacional, formado, agora, pelos mesmos constituintes, estendendo o privilégio a milhares de penduricados no poder, tornando-os diferentes entre os 200 milhões de brasileiros. Tanto no Congresso Nacional como no STF, fingindo atender o clamor do povo, supostos doutros senadores, sábios deputados e tarimbados ministros, adiantam-se em porfiada laboriosidade, com intermináveis discursos e, para não se deixarem surpreender, gastam longas horas discutindo a necessidade de, simplesmente, limitar o privilégio, naturalmente, reservando-o para o presidente da República e para os ditos cujos discursadores. Por acaso, seriam analfabetos funcionais, incapazes de ler e compreender o Art. 5º que, explicitamente, não admite exceções de qualquer natureza? Não, não som analfabetos, são espertalhões que conseguem ler além das entrelinhas encontrando os furos deixados por eles mesmos na rede da legalidade que ele mesmos constroem e interpretam e, quando pegos pela Justiça, correm para debaixo do guarda-chuva do foro privilegiado, na esperança de serem, a longo prazo, acolhidos sob as asas das eternas calendas gregas. Para bom entendedor, bastaria uma simples frase à guisa de emenda: - Suprimam-se as concessões privilegiadas dos artigos 53 e 86. Não cabe qualquer discussão no sentido de, simplesmente, limitar o privilégio, deixando aberto meio guarda-chuva para um minoria de intocáveis, uma vez que nem mesmo STF, manobrista do guarda-chuva, consegue alcança-los, visto que nem ele consegue alcança-los ficando na esperança da abertura da portas das eternas calendas gregas. __________________ (*) Artigos 86 e 53, com os respectivos parágrafos.

Educ\ação

À pergunta do eminente macroeducador Arthur Pinheiro Machado - “Como educar nossos jovens quando 65% das profissões que exercerão no futuro ainda não existem? Quando se prevê que mais de 50% de empregos atuais deixarão de existir até 2035”? - formulada no artigo – O futuro da educação (Correio Brazilinse, 11 de dezembro), responderei com a mesma verificação de um conferencista, especialista na área de Orientação Profissional, cujo nome me escapa, em congresso da AIOSP - Associação internacional de Orientação Profissional, realizado em Quebec, Canadá, há mais de quarenta anos, em 1974. Já, naquela época, anunciou que, daí a dez anos, de 10 profissões existentes, seis não mais existiriam e outras tantas seriam criadas. A solução que propôs foi de que o sistema educacional, em vez de se preocupar em treinar alunos para determinadas profissões, voltasse sua atenção para a preparação do aluno para a mudança, dando-lhe condições de se adaptar a novas circunstâncias, quando necessário. O mesmo especialista afirmou que, com base em pesquisa longitudinal, verificara que a esmagadora maioria dos alunos que, em cursos anteriores, tinham optado por determinadas profissões, após o término do curso universitário, haviam mudado, alguns até radicalmente, seu direcionamento profissional. No mesmo congresso, um outro conferencista de nome Filion, na época, se não me engano, presidente da Federação das Industrias Canadenses, assinalou que o Canadá já passava pelo problema de falta de oferta de emprego para formandos em nível superior, deixando muitos profissionais sem trabalho. Certamente fazendo piada, disse que o governo, para não deixá-los ociosos morrendo de fome, formou uma equipe de notáveis multiprofissionais para estudarem o resultado do cruzamento de um mosquito canadense com um africano (*). Estariam os dirigentes governamentais brasileiros, pseudo entendidos em Educação, preparados para propor e fazer realizar tamanha mudança, proposta pelo primeiro conferencista? _________________ (*) Por mais hilariante que possa parecer, quem sabe, se a equipe tivesse levado a sério o programa, teria descoberto, há mais tempo, o mosquito africano transmissor da mortal trindade – dengue/chikungunya/zika, que veio estourar nos dias atuais.

O papagaio explica

E o papagaio explicou Depois que a raposa entrou nos camarins do Congresso Nacional brasileiro e constatou que as inúmeras mascaras dependuradas nas paredes são cheias de estrumeira, gerando sandices, maluquices, burrices, macaquices, que se resumem numa única, moralmente, acachapante expressão - desenfreada corrupção, perguntaram ao papagaio, o único espécimen a continuar falante, porque os demais animais deixaram de falar através das fabulas. A resposta foi esclarecedora e acachapante. O pretendido homo sapiens tupiniquim perdeu a capacidade de assimilar a moral dos contos, que caiem no vazio. De tabela, a animalesca descobriu que, contrariando a teoria evolucionista de Darwin, o sapiens espécimen tupiniquim entrou num processo de involução, em direção a suas origens simiescas, envergonhando, inclusive, o próprio original que anda protestando, dependurado pelo rabo nas árvores das florestas, sendo devastadas sob o fio de terrível motosserra, símbolo da inconsequência dos governantes. Os políticos nem, sequer, se aperceberam que o papagaio continua a tagarelar, imitando o linguajar humano, pretendendo, apenas, fazer rir dos desvarios, levando os atores a se divertirem, inadvertidamente, às gargalhadas. Enquanto isso, o alegre psitaciforme, do alto de seu poleiro, esbalda-se em intermináveis e hilárias cantilenas, ecoando Brasil afora.

sEGUANÇA

Com relação à ordem judicial mandando retirar as grades, cercando prédio no Cruzeiro Novo, Brasília – DF, é justo advertir o ministro Celso de Melo que nenhuma lei é justa, quando põe em risco a segurança dos cidadãos, direito pétreo prescrito na Constituição Federal, nem mesmo quando para proteger tombamentos vindos de fora. Ao ordenar a retirada das grades, a Justiça chama para si a responsabilidade pela segurança dos moradores, cabendo-lhe, em consequência, a ônus de reparar prejuízos, por caso advindos, o que, a prática comprova, jamais acontece, ficando os prejuízos por conta dos indefesos assaltados. Antes da atitude do juiz, caberiam as providências necessárias, por parte do poder público, para garantir a segurança, prevenindo riscos físicos, financeiros e morais dos cidadãos, coisa impossível, diante da precária situação de segurança que predomina na sociedade brasileira. Com devida autorização das autoridades competentes, que se permita aos cidadãos tomarem as providências necessárias para garantirem a própria defesa, quando o poder público não se torna suficientemente presente.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Ter-se-á que recorrer ao sábio adivinho cego da mitologia grega Tirésias para desvendar o mistério da modernidade tupiniquim, que atormenta o povo brasileiro, armando no tripé: Selic, inflação e preços. Enquanto a Selic despenca em direção do fundo do mar e o governo diz que a inflação está sob controle, os preços, empurrados pela subida estratosférica dos combustíveis, não recuam um centavo, ameaçando furar as nuvens. Onde está o mistério, se, na lógica republicana, os três elementos deveriam andar de mãos dadas em busca do bem estar do povo, respeitando o princípio pétreo da igualdade de todos os brasileiros, sem distinção de qualquer natureza? Seria a nova versão do enigma da esfinge da mitologia grega, postada na porta da cidade de Tebas, ameaçando e matando os viajantes que não conseguiam resolver o enigma, prometendo: “Ou decifra-me, ou te devoro?” Estaria, hoje, a esfinge postada às portas da pátria brasileira, estrangulando cada passante tupiniquim que não consegue entender a louca mecânica do enigma assim enunciado: - O que é que, de manhã despenca para o mar, ao meio dia promete maravilhas e à tarde massacra o povo tupiniquim, que se arrasta com sede e fome de justiça? Ou teremos que esperar que apareça um novo Édipo rei, capaz de desvendar o enigma, explicando sua estrambelhada mecânica, colocando a esfinge a correr, para começar a reconstruir o Brasil?

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Tiriric\a

Há os que criticaram o discurso de improviso do deputado Tiririca despedindo-se da Câmara Federal. Deveria ter pedido a um assessor para que elaborasse uma peça bem estruturada, fugindo à pleonástica repetição de termos para definir seu massacrado estado de espírito, ao encerrar pretendida carreira política. Imagine-se, então, que tipo discurso insonso se perderia pelos umbrais da casa do povo, cheio de falsas mesmices para justificar seu ato. A circunstância do improviso, deu-lhe a chance de repetir, com o aval da autenticidade e espontaneidade, que lhe são peculiares como artista de circo, quantas vezes achou necessário, as acachapantes expressões evidenciando seu derrotado estado d’alma. Foi assim que conseguiu manter, presa a sua arenga, a plateia parlamentar, de olhos amortecidos por mal disfarçada vergonha, sentindo, ainda que por um momento, uma fisgada em suas surradas consciências, dadas aos devaneios da politicagem.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

PENSAMENTOS

1. Lendo entre linhas Ao se ler nas entrelinhas da História de Portugal, descobre-se que as navegações ultramarinas, alcançando terras distantes, além de servir para expandir, territorialmente, a nobre nação portuguesa, serviam para descarregar o lixo político e moral para purificar a já puritana sociedade lusitana. Era assim que políticos, indesejáveis ao reino, e crápulas, marginalizados pela sociedade, eram deixados pelo caminho ao leu da sorte, sobrevivendo às custas de sua criatividade. Quando Pero Vaz Caminha anuncio que “nesta terra em se plantando, tudo dá”, Cabral, seguindo a tradição, aproveitou a dica deixado alguns espécimes aqui plantados que frutificaram, exponencialmente, multiplicando-se através dos séculos, produzindo uma casta cujos descendentes, hoje, governam o Brasil. É só estudar a genealogia regressiva das principais oligarquias de encastelados no poder para se descobrir a origem de tantos corruptos, bem escovados, munidos de excepcional resistência, herdada de antepassados, deixados ao relento, lutando por custosa sobrevivência, confirmando o adágio latino: “Absque vado fluvius, nec stat sine pelice proles”, em longa geração, há conde e ladrão. 2. Em busca de antídoto Enquanto a tecnologia alemão, baseada na estrutura do ouriço marinho, descobre material cem vezes mais resistente do que o cimento, no Brasil, o ministro Gilmar Mendes, com poderes graciosamente conferidos pela Carta Magna, ao soltar criminosos, visa construir potente argamassa para proteger o pestilento vírus da corrupção, sorrateiramente inoculado na sociedade brasileira. Urge o povo atender convocação às ruas para exigir a aplicação do antídoto da moral e da ética, únicos elementos com resistência suficiente para combater o terrível mal da corrupção. 3. A parábola se repete A parábola de Cristo sobre os dois filhos convidados pelo pai para trabalhar na vinha, repetiu-se na reunião dos 7, com relação ao tratado de controle da poluição ambiental. Os Estados Unidos, independentes de terem se negado a assinar o acordo proposto, em rodapé, deixaram claro que aplicarão as medidas necessárias para reduzir a emissões dos próprios gazes poluentes, independentes de promessas fátua de países sem capacidade moral para tanto. O Brasil, ostensivamente, assinou o acordo deixando a costumeira certeza de que pouco, ou nada, será feito. Sempre faltará dinheiro que está sendo desviado poluindo a moral e a ética da sociedade brasileira. Quem sabe, os Estados Unidos não assinaram, para não se misturarem com quem diz que vai, mas não vai. 4. No submundo dos insetos O rei dos ônibus, Jacob, o barata, agraciado pelo super ministro Gilmar Mendes, tem direito à liberdade, enquanto o povo carioca fica refém de um sistema de transportes públicos de péssima qualidade, causado por sistemático desvio de verbas durante várias administrações, dominadas por uma corja de corruptos guiados pelo inseto mais resistente a qualquer inseticida, existente na natureza viva. Gilmar Mendes permite que continue a dar as cartas em subliminar ação governamental, que persiste enxovalhando o Estado do Rio de Janeiro. “Sursum corda”, corações ao alto, nobre nação carioca, clamando por justiça, diante de tamanha iniquidade. 5. Quantas andorinhas são necessárias para fazer verão? Sob o título - “A nova cara do Judiciário”, o Correio Braziliense ( 03 de dezembro) apresentou, em sua capa, a simpática dupla Tereza e Fábio, como modelos da nova geração de advogados, anunciando novos tempos para Justiça brasileira. Bem-vinda seja a dupla. Devagar, porém, com o andor, que o santo pode ser atropelado. Que uma andorinha sozinha não faz verão, está mais do que anunciado pela sabedoria popular. Que duas andorinhas consigam tal feito, está para ser confirmado. Diante do batalhão de gaviões famintos cruzando o espaço da pátria, devorando tudo o que encontra pela frente, é necessário que muitas andorinhas levantem voo para esconjurar a corrupção que o exército de abutres espalha pelo espaço com suas desmedidas e mal cheirosas excreções. Que o diga a Lava-Jato que anda torpedeada por todos os lados, ficando à berlinda de um STF que não consegue se impor, também, torpedeado por tortuosos submarinos, infiltrados em suas águas turvas. Povo brasileiro, o palanque das ruas aguarda sua presença, para gritar a plenos pulmões: Fora, corrupção! 6. Contradições Contradições governamentais que se multiplicam. Fui renovar minha carteira de motorista. Depois de instaurado o processo, a médica atendente, mediante formulário, solicita-me laudo médico de otorrino, acusando grave problema auditivo, especificando-o no formulário, que teria detectado ao tentar se comunicar, subtilmente, falando pelas minhas costas. Primeira contradição: Não caberia a ela definir a gravidade do problema mas, sim, ao otorrino, mediante exame específico. Ao retornar com o laudo médico, fui atendido, com principesca gentileza, por outra médica. Segunda contradição: informou-me que pessoa surda não está impedida de dirigir, desde que o veículo esteja devidamente aparelhado com os respectivos retrovisores, possibilitando o controle visual de carros circunstantes. Como uso aparelhos auditivos, informou-me, para confirmar a primeira contradição, que não faria constar na CNH a obrigação do uso dos aparelhos, desde que surdez não impede dirigir carros. Recomendou-me, maternalmente, que os usa-se, alertando-me, porém, de que, se surpreendido sem eles, não serei multado. Para complementar, em favor, agora, de pretendida coerência, pediu-me que a foto a ser fixada no documento, deveria ser sem óculos, tendo em vista que a exigência da correção visual, estaria escrita na CNH. Confrontando minha carteira anterior, constatasse a inexistência de tal aviso. O médico otorrino, apesar de laudo plenamente favorável, preveniu-me de que, provavelmente, dada a idade avançada, ser-me-ia concedida permissão de dirigir por não mais de um ano. Sem maior pretensão de minha parte, concedeu-me três anos. Benza Deus! De contradição em contradição, chega-se a boa conclusão. 7. O super ministro Remar contra a corrente da opinião pública, que vem exigindo cerrado combate à, mais do que reconhecida, corrupção que mina a sociedade brasileira, como está fazendo o ministro Gilmar Mendes, soltando criminosos, não passa de masturbação do próprio ego, construído com base na presunção de ser um super ministro, pairando acima do STF, que tenta colocar a seus pés, como se fosse o dono da verdade. Felizmente, há sinais, ainda que tênues, anunciados pela presidente Carmen Lúcia, de que a Suprema Corte, não vai se dobrar a seu intento. Em tempo, o que será do STF no próximo ano quando, por determinação regimental, Gilmar Mendes assumir a presidência da instituição? Espera-se que, até lá, os ventos mudem, mudando a rotação da ventoinha do ministro. 8. Heróis esquecidos Há heróis que conseguem a gloria sendo agraciados com o nobél da literatura escrevendo lindas páginas para encanto dos leitores. Há os que escrevem sua biografia com as tintas do sacrifício de uma vida inteira dedicada ao próximo, culminando com a oferta heroica da própria vida, normalmente, ficando esquecidos à margem da História. Quem mais do que a professora Heley de Abreu Silva Batista, que deu a vida para salvar as crianças da creche de Janauba-MG, incendiada por um transloucado, para merecer a glória máxima por ter escrito, com sua vida, comovente poema que culminou com a morte trágica? Que 2017 seja encerrado com a canonização de quem, carinhosamente, chamamos de professorinha, que se agigantou para o Brasil e para o mundo, com a oferta da própria vida para salvar outras vidas. 9. No trem do ocidente Assassinato no expresso do Ocidente. A vítima, a nação brasileira. Todos são suspeitos, principalmente o mordomo que vende a própria mãe pátria para se manter no poder. Armado o maior júri da História do Brasil, a Lava-Jato, para tentar desvendar e debelar o enigma da corrupção que se infiltrou no trem expresso colocado nos trilhos por Pedro Alvares Cabral, ao descobri-lo há mais de quinhentos anos. O escrivão Pero Vaz Caminha profetizou: “Terra em que se plantando tudo dá”, até o tranquilizante maracujá. Junto com o trigo, o inimigo semeou a cizânia da corrupção que tenta sufocar a boa planta que produz a farinha que faz o pão de cada dia para matar a fome do povo brasileiro. Depende da Justiça, que anda adormecida, a hora da colheita para separar a má semente para armazenar o fruto da moral e da ética e salvar o que, ainda, resta de farinha no fundo dos cofres arrasados. E o povo brasileiro à espera do refresco, simbolizado pelos valiosos frutos produzidos pela mãe terra, para alivia-lo de seus sofrimentos marcados pelo suor derretido pelos escaldantes raios do Sol de cada dia. 10 – Nau sem rumo Ao desembarcar da nau do governo, mantendo o apoio à reforma da Previdência Social, contrariando frontalmente a opinião pública, o PSDB está pretendendo pegar gato pelo rabo. Vai sair aranhado e mordido. Com suas garras ocultas entre as almofadinhas das patas que amortecem seus cautelosos passos, a gata vai dar o troco nas urnas em 2018. Não é em vão que parlamentares resistem vender seu voto para saciar a sede de poder do capitão mor da embarcação governamental, cargo herdado do Capitão-Geral da Armada Real dos Galeões de Alto Bordo do Mar Oceano, com plenos poderes no comando da real Marinha Portuguesa.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Assassinato

Assassinato no expresso do Ocidente. A vítima, a nação brasileira. Todos são suspeitos, principalmente o mordomo que vende a própria mãe pátria para se manter no poder. Armado o maior júri da História do Brasil, a Lava-Jato, para tentar desvendar e debelar o enigma da corrupção que se infiltrou no trem expresso colocado nos trilhos por Pedro Alvares Cabral, ao descobri-lo há mais de quinhentos anos. O escrivão Pero Vaz Caminha profetizou: “Terra em que se plantando tudo dá”, até o tranquilizante maracujá. Junto com o trigo, o inimigo semeou a cizânia da corrupção que tenta sufocar a boa planta que produz a farinha que faz o pão para matar a fome do povo brasileiro. Depende da Justiça, que anda adormecida, a hora da colheita para separar a má semente para armazenar o fruto da moral e da ética para salvar o que, ainda, resta de farinha no fundo dos cofres arrasados. E o povo brasileiro à espera do refresco, simbolizado pelos valiosos frutos produzidos pela mãe terra, para alivia-lo de seus sofrimentos marcados pelo suor derretido pelos escaldantes raios do Sol de cada dia.

sábado, 2 de dezembro de 2017

O rei dos ônibus, Jacob, o barata, agraciado pelo super ministro Gilmar Mendes, tem direito à liberdade, enquanto o povo carioca fica refém de um sistema de transportes públicos de péssima qualidade, causado por sistemático desvio de verbas durante várias administrações, dominadas por uma corja de corruptos guiados pelo inseto mais resistente a qualquer inseticida, existente na natureza viva. Gilmar Mendes permite que continue a dar as cartas em subliminar ação governamental, que persiste enxovalhando o Estado do Rio de Janeiro. “Sursum corda”, corações ao alto, nobre nação carioca, clamando por justiça, diante de tamanha iniquidade.
A parábola de Cristo sobre os dois filhos convidados pelo pai para trabalhar na vinha, repetiu-se na reunião dos 7, com relação ao tratado de controle da poluição ambiental. Os Estados Unidos, independentes de terem se negado a assinar o acordo proposto, em rodapé, deixam claro que aplicarão as medidas necessárias para reduzir a emissões dos próprios gazes poluentes. Brasil, ostensivamente, assinou o acordo deixando a costumeira certeza de que pouco, ou nada, será feito. Sempre faltará dinheiro que está sendo desviado para poluir a moral e a ética da sociedade brasileira. Quem sabe, os Estados Unidos fingiram que não iam, para não se misturarem com quem diz que vai, mas não vai.
Ao se ler nas entrelinhas da História de Portugal, descobre-se que as navegações ultramarinas, alcançando terras distantes, além de servir para expandir, territorialmente, a nobre nação portuguesa, serviam para descarregar o lixo político e moral para purificar a já puritana sociedade lusitana. Era assim que políticos, indesejáveis ao reino, e crápulas marginalizados pela sociedade eram deixados pelo caminho ao leu da sorte, sobrevivendo às custas de sua criatividade. Quando Pero Vaz Caminha anuncio que “nesta terra em se plantando, tudo dá”, Cabral, seguindo a tradição, aproveitou a dica deixado algum espécimen aqui plantado que frutificou, exponencialmente, multiplicando-se através dos séculos, produzindo uma casta cujos descendentes, hoje, governam o Brasil. É só estudar a genealogia regressiva das principais oligarquias de encastelados no poder para se descobrir a origem de tantos corruptos, bem escovados, munidos de excepcional resistência, herdada de antepassados deixados ao relento, lutando por custosa sobrevivência, confirmando o adágio latino: “Absque vado fluvius, nec stat sine pelice proles”, em longa geração, há conde e ladrão.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Inversão de valores

Inversão de valores Elizio Nilo Caliman - Brasília Desde quando a bicharada parou de dar conselhos aos humanos por meio das fabulas, a moral dos contos mudou de intepretação. Haja visto a proverbial fábula da formiga e da cigarra. No final da história, na prática da política tupiniquim, hoje, quem leva vantagem são as levianas cigarras. Os mais altos e rendosos postos governamentais são ocupados por quem menos entende do assunto, que passou a vida flauteando, enquanto milhões de sacrificadas formigas se arrastam lutando de sol a sol, para prover os cofres públicos que vão encher meias, cuecas e malas de zombeteiros corruptos.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Fala,Sócrates,o filósofo

É de Sócrates, o filósofo, a sentença: - “O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser.” Imaginem o que seria do Brasil, se nossos políticos fossem o que pretendem fingem ser: honestos, respeitadores das leis, dedicados à causa da pátria, desinteressados do dinheiro público. Infelizmente, não sabem fingir, acabando descobertos, deixando a máscara cair. Ai não há como validar a sentença do filósofo que resumiu sua filosofia no aforismo - “Conhece-te ti mesmo”, coisa que político algum quer quere ouvir, pois, teriam que mudar de máscara a cada suspiro, sem folga para conseguir fingir coisa alguma, tentando imprimir ao Brasil mil caras, à sua própria imagem desfigurada, que não conseguem disfarçar.

Sáabia advertência

Disse o sábio Platão: - “Felizes das republicas cujos filósofos fossem governantes e cujos governantes fossem filósofos!” Infeliz do Brasil cujos corruptos são governantes e cujos governantes são corruptos. O que dizer de um presidente discursando para o povo: - “Grave seria se houvesse corrupção e houvesse a tentativa de jogá-la para baixo do tapete”? Um governante corrupto ou um corrupto governante, cego dos olhos do corpo e obtuso dos olhos do espírito? É preciso temer-lo, antes que miche-le tudo.

Plenários vazios

         Plenários do Senado e da Câmara federais vazios fazem pouca diferença quando cheios de cabeças vazias que esquecem que foram eleitos para cuidar dos problemas do Brasil, perdendo o precioso tempo para defenderem seus interesses particulares, às custas dinheiro do contribuinte.
         Se, pelo menos lhes fossem descontados os dias perdidos, dispensando, inclusive, o custoso aparato parlamentar que sustenta   as instituições, sendo transformadas em casas de Mãe Joana, refúgio de corruptos dilapidadores do erário público.
          Pelo contrário, em feriados prolongados, recessos e longas férias, os gastos aumentam com segurança para tentar impedir que espécimes similares penetrem os sagados recintos roendo a abundante e inútil papelada contendo milhares de processos  mofando no funda das gavetas dos parlamentares. Tão inúteis que mal serviriam para ascender fogueira de São João para iluminar a trilha de quadrilha encabeçada por políticos, atrás de votos de desprevenidos eleitores.
       Veja-se diálogo entre dois cavídeos, que conseguiram furar a eficiente vigilância: - Por onde vamos começar? – Pelas meias escondidas no funda das gavetas, que devem estar cheias de precioso manjar. Não se sabe o que quer dizer a expressão precioso manjar na linguagem da bicharada. Tal vês, queijo, diferente do sustento dos roedores humanos que rondam os cofres públicos.
         Percorri a História da Humanidade a procura de alguém que viesse em socorro do Brasil. Lá pelas tantas, entre 106 – 43 a.C. encontrei Marco Túlio Cícero, com fama de ter derrotado, com solene catilinária, Lúcio Sergio, o famoso crápula Catilina, que pretendia destruir a República Romana. Ao ser convidado a vir a Brasília para fazer igual discurso no Congresso Nacional para esconjurar a tropa de elite ali infiltrada tentando colocar abaixo a república tupiniquim, esquivou-se com a justificativa de que, se foi difícil derrotar um catilina, não ousaria enfrentar um exército deles armados de tanta corrupção, combatendo uma república fantasma que, segundo lhe informou Laurentino Gomes, nem sequer foi proclamada. Além do mais, aconselhou que, se necessário, procurássemos o candidato Luciano Huck com experiência em recuperação de lata velha.
        Lata velha, no caso, seria o Congresso carcomido pela ferrugem da corrupção.


Foro privilegiado

Com relação ao foro privilegiado, limitar ou não, o pecado fica do mermo tamanho ferindo a Constituição Federal com a mesma intensidade desde que, em seu Art. 5º prescreve que todos os brasileiros são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sem admitir qualquer exceção.  Os próprios constituintes de 1988 inocularam o vírus da inconstitucionalidade na Carta Magna ao admitir os artigos 53 e 86 estabelecendo desigualdades que vem gritando aos quatro ventos há quase 30 anos. Ou nossos legisladores não justiça enxergam um palmo à frente do nariz ou estão olhando o Brasil pelo retrovisor da História tentando enxergar o povo brasileiro cada vez mais distantes da realidade que constroem para si, como se habitassem no Olimpo dos deuses de portas fechadas, tentando não ouvir a voz do povo que clama por. 

Conscciência negra & conscieência branca

braamca
Depois de mais de seis anos da instituição do dia da consciência negra, a maioria do povo brasileiro, formada por negros e pardos, está suficientemente esclarecida quanto a igualdade de todos perante a lei conforme, teoricamente, estabelece a Constituição Federal. Quem sabe, a instituição do dia da consciência branca, a ser celebrado com o mesmo empenho, para   promover o encontro das partes, dando-se as mãos em busca de superação do preconceito que, infelizmente, azeda cá e lá. É saber aproveitar as variadas cores que compõem a nacionalidade brasileira, desenhando uma mesma camisa para o time entrar em campo de mãos dadas, para a conquista da decantada cidadania.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Defesa ?

A defesa do Ministério do Meio ambiente relativa a seus gastos,  longamente, publicada no Correio Braziliense (OPINIÃO, 02 de novembro), saliente-se, sem a assinatura do ministro, é passível de dúvida. Se é válido o princípio de que ninguém pode ser condenado sem provas contundentes de sua culpabilidade, igualmente sustentável que ninguém pode ser justificado com argumentos duvidosos. Sem pretender adiantar o mérito ou demérito da defesa do missivista incógnito do ministério, há de se questionar se os dados utilizados correspondem à verdade. Num governo que perdeu a credibilidade perante a opinião público, falsificando a verdade a torto e a direito, quem garante que os aludidos gastos publicados são verdadeiros? Se há de se colocar em dúvida a prestação de contas global de um governo, extremamente, perdulário e inconsequente, por que não de um de seus ministérios, colocado a seu serviço?

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Em princípio, boa medida do STF ao marcar a comemoração do funcionário público no dia 3 de novembro, logo em seguida ao dia de finados. Os fieis vão poder dar continuidade a suas rezas funérias aos mortos estendendo-as em desagravo aos servidores moralmente sepultos pela insanidade governamental negando-lhes os devidos aumentos, deixando-os à deriva. A única coisa a estranhar, com tantos problemas urgentes a resolver para salvar o Brasil, membro do STF preocupado com probleminhas para aliciar os funcionários com mais um feriado prolongado no fim de semana. Deus salve o Brasil, antes que o Supremo acorde.

Perdão

E o Senhor Deus de Abrão resolveu exterminar o reino tupiniquim por causa de seus pecados. Pôs-se Abrão perante ele e pediu: - Senhor, se te apresentar 50 justos, perdoarias a nação inteira? – Sim, respondeu o Senhor. Constrangido Abrão retornou sem resultado: - Se faltarem cinco para os cinquenta justos, mesmo assim haverás de castigar a nação? –  Por amor aos 45, ainda assim perdoarei tanta iniquidade, respondeu o Senhor. E, assim, Abrão foi abaixando a cota até chegar aos dez, com a mesma disposição do Senhor de perdoar. No final, por falta de pesquisadores confiáveis, ingenuamente, apresentou uma lista de cinco cidadãos que, de pés juntos, com a mão sobre a Bíblia, juraram plena inocência: Lula, Dilma, Temer, Moreira e Padilha. O deus de Abrahão, que já não é mais o mesmo de antanho, acreditou e perdoou. E eles continuam, provisoriamente, até que apareça o “Deus, sive Natura”, aquele que é a própria Natureza, para colocar os pingos nos is.

sábado, 28 de outubro de 2017

O acento faz a diferena


         É, apenas, questão de acento para entender a triste situação em que se encontra o Brasil nas mãos de um Michel que inadvertidos entendem como Temer, quando deveriam temer.
         Que escola é essa que temos aí que não consegue, sequer, ensinar aos alunos a diferença provocada por um simples deslocamento do acento tónico, no linguajar popular?  Que, iludidos, deixam-se arrastar pelo cabresto da bolsa família, agradecendo e retribuindo de mãos postas, sacrificando o sagrado voto, como se fosse um grande favor, quando seria uma obrigação para ressarcir seculares privações infligidas ao povo com o desvio de bilhões dos cofres públicos, arrancados dos rasos bolsos dos pobres, para encher as profundas cuecas de portadores de conspurcados colarinhos que, um dia, já teriam sido brancos.
           São os mesmos que entenderam que o Brasil se tornou independente no dia em que as margens plácidas do Ipiranga ouviram o grito de Dm Pedro I, quando é sabido que margens não tem ouvidos e o Brasil, ainda, está para se tornar independendo de uma corja de bandidos preocupados em proclamar a própria independência às custas do dinheiro do povo.
           Se sair da dependência de um Portugal, que pretendia continuar a explorar o ouro do Brasil, foi boa medida, cair na arapuca de meia dúzia de fazedores de imaginada republica, expulsando Dom Pedro II, carregando na mala a honradez do Brasil para enterra-la no além mar, foi temerária insensatez. Redundou na proclamação da independência da corrupção, aquela, inadvertidamente, semeada pelo inimigo, a título de cizânia, quando o escrivão proclamou: - “... em se planando tudo dá”.  E está dando, até hoje.
           Quem sabe, terá chegado, para o Brasil, o esperado tempo da colheita recomendado por Cristo para separar o trigo do joio. Pudera ser a Lava-Jato, o prenúncio de tal fato, providencialmente empurrada pela excessiva ganância da corja de bandidos, que já não mais se suportam, devorando-se mutuamente entre as mós da delação premiada, comprovando o dito de Thomas Hobbes - “Homo hominis lúpus est”, que já não mais se sacia devorando, apenas, inocentes cordeiros, à beira do riacho. Lobos capazes de devorar pais e filhos, se necessário for, para salvar a própria pele sob a qual ocultam a dinheirama amealhada.



segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Vários

Extremamente preocupante a constatação de R. J. Guzzo de que, pelos seus últimos atos, O STF pariu Mateus que, agora, não consegue amamentar e, muito menos, explicar, como prescreve o adágio. De uns tempos para cá, fica cada dia mais evidente que a mais alta corte da Justiça, infiltrada por elementos adrede postados com a missão de combater a Lava-Jato, vem trilhando as tortuosas vias da incompetência e da leniência compactuando com a corrupção, contrariando os anseios da maioria do povo brasileiro (Veja, O PACTO DO STF, 28 de outubro).


Como fica o povo brasileiro despido da última instância, para a esperança de debelar a generalizada corrupção, que seria representada pela suprema corte da Justiça, o STF que, pelos seus últimos atos, pariu esdrúxulo Mateus que, agora, não sabe como amamentar e muito menos explicar, como manda o adágio? Imprensado entre o "status quo" da corrupção e uma duvidosa e inquietante intervenção das Forças Armadas? Ou optar por uma, igualmente, suspeita terceira via, representada por Bolsonaro, qual outro Mateus parido pela ditadura de 1964, que cresce à sombra de tantos descalabros semeados pelos três poderes da República?

Varios

Extremamente preocupante a constatação de R. J. Guzzo de que, pelos seus últimos atos, O STF pariu Mateus que, agora, não consegue amamentar e, muito menos, explicar, como prescreve o adágio. De uns tempos para cá, fica cada dia mais evidente que a mais alta corte da Justiça, infiltrada por elementos adrede postados com a missão de combater a Lava-Jato, vem trilhando as tortuosas vias da incompetência e da leniência compactuando com a corrupção, contrariando os anseios da maioria do povo brasileiro (Veja, O PACTO DO STF, 28 de outubro).
 Senhor Redator
Como fica o povo brasileiro despido da última instância, para a esperança de debelar a generalizada corrupção, que seria representada pela suprema

corte da Justiça, o STF que, pelos seus últimos atos, pariu esdrúxulo Mateus que, agora, não sabe como amamentar e muito menos explicar, como manda o adágio? Imprensado entre o status quo da corrupção e uma duvidosa e inquietante intervenção das Forças Armadas? Ou optar por uma, igualmente, suspeita terceira via, representada por Bolsonaro, qual outro Mateus parido pela ditadura de 1964, que cresce à sombra de tantos descalabros semeados pelos três poderes da República?

domingo, 22 de outubro de 2017

Ao afirmar que não existe possibilidade de intervenção militar no Brasil, o ministro da Defesa Raul Jungmann, esquece que, diante da caótica situação em que se encontra a governabilidade no Brasil, infelizmente, a possibilidade pode vir a ser trocada pela necessidade, a contragosto do bom senso da maioria do povo brasileiro. Ao dizer “dentro da Constituição, tudo, fora da Constituição absolutamente nada”, é bom não esquecer que, constitucionalmente, compete às Forças Armadas garantir a manutenção da lei e da ordem, expressas pela Constituição, esta vilmente vilipendiada por elementos infiltrados nos três poderes da República, fugindo ao controle dos órgãos competentes. Dizer que “Existe paz e tranquilidade dentro dos quartéis e nas Forças Armadas”, pode ser força expressão, para esconder latente  e evidente  inquietação remexendo a consciência de brasileiros que, revestidos da farda, são, legalmente, proibidos de se manifestarem livremente. O que se espera das Forças Armadas não é a implantação de uma ditadura mas, como última instâancia, uma intervenção equilibrada e enérgica para limpar o Brasil da generalizada corrupção que mina e destrói as raízes da nacionalidade brasileira.

sábado, 21 de outubro de 2017

Independência x hrmonia

Cada poder da República, com a independência que lhe é outorgada pelo Art. 2º da Constituição, constrói a harmonia que lhe convêm.   Os membros do Congresso Nacional são eleitos pelo povo para comporem o poder Legislativo com a responsabilidade fazer as leis que devem reger a nação. O chefe do poder Executivo os devia de suas funções legislativas nomeando-os ministros de estado, membros do Judiciário, e para outros tantos altos cargos da República, com subliminar intenção de lhes cooptar o apoio em suas operações administrativas, nem sempre republicanas. Para confirmar o fato, exemplo claro, vergonhoso e escandaloso, no momento em que a Câmara Federal vai votar eventual autorização para o STF processar o alto mandatário do executivo, o presidente Temer licencia seus ministros, originariamente, parlamentares, para voltarem a suas cadeiras de origem para lhes darem sustentação. Horas depois estarão de volta a seus postos ostentando a bandeira de esdrúxula harmonia, forjada à sombra da corrupção com a tessitura de mil fios de vis propinas e outros tantos cargos, ostensivamente, aliciadores.

Comunhão

Durante séculos a Igreja Romana manteve o costume de proibir aos fiéis de tocarem com as mãos a hóstia consagrada, preferindo ser ministrada diretamente na boca do comungante, como se faz ao alimentar crianças. A partir do Concílio Vaticano II, acontecido na década de 60 do século passado, tal preceito foi modificado possibilitando aos féis receberem a espécie colocada em suas mãos. Apesar da liberação, ainda existem celebrantes teimando manter o costume anterior a pretexto de suposto respeito. No domingo passado, na igreja de São Sebastião de Planaltina – DF, o diácono ministrante negou-se a dar a comunhão a um fiel que pretendia recebe-la na mão, causando serio transtorno, diante da reação do comungante e parentes. Consta que o fiel é, realmente, um honesto agricultor que, obedecendo o mandamento do Senhor a Adão e Eva ao serem expulsos do Éden, passou a vida toda lidando com a terra para produzir alimento para o povo supondo, o tal diácono, que o comungante teria as mãos sujas da sagrada terra.

domingo, 15 de outubro de 2017

HARMONIA?



Admirável ou estranha a habilidade dos membros do STF, ao conduzir a espinhosa situação desencadeada pela prisão noturna decretada contra o senador Aécio Neves, à revelia de autorização do Senado Federal, salvando a aparência da harmonia que deveria acompanhar a suposta e pretensa independência dos poderes da República. Entre tapas e beijos de costumeiros contendores, armados de inflamados discursos, tudo indicava o desabar de uma crise institucional sem precedentes, onde independência e harmonia passariam a ser favas contadas. Nos estertores do entrevero, depois de periclitante e titubeante voto de minerva da presidente do colegiado, sem clareza para que lado, a bonança se fez presente fazendo confluir pensamentos tão contraditórios para o lugar comum das conveniências, contentando gregos e troianos. Tudo indica que os poderes da República vão continuar independentes, lutando em defesa dos corruptos em perfeita desarmonia com o povo brasileiro.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Vergonha

Há quem sugerisse acrescentar na cesta básica um quilinho de vergonha na cara. Esquece que esse item já vem na carga hereditária que o povo sabe muito bem utiliza-lo nas horas certas. Os colarinhos bancos já esconderam a vergonha sob   as inúmeras camadas de óleo de peroba disfarçada sob a capa do cinismo. Além do mais, colarinho branco não vai atrás de cesta básica, compra do bom e do melhor, frequentemente, nos mercados exteriores, pagando a conta com o dinheiro surrupiado do povo.

Coroa dando sopa

       Por ter seguido o sensato conselho do velho pai – “Se o Brasil se tonar independente de Portugal, põe a coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela”, foi que Dom Pedro I salvou o Brasil de continuar escravo de Portugal ou caísse nas mãos de qualquer aventureiro disposto a transforma-lo em entreposto de exploração de suas riquezas por nações estrangeiras.
       A coroa da presidência do Brasil está exposta à cobiça de aventureiro do tipo Bolsonaro, pronto a arrastar o Brasil para caminhos mais do que previsíveis. Se faltar alguém, capaz de ouvir o alerta da Pátria, com cabeça em cima do pescoço para portá-la. Sem outra opção, qualquer liderança por menos sensata, arrastará milhões de desprevenidos que, ainda, não aprenderam a votar, levados a trocar seu voto por relés propinas do tipo bolsa família.

       Triste e lamentável que num Brasil com 200 milhões de habitantes não surja um líder da tempera de um Andrada, o patriarca da Independência, capaz de conduzir o Brasil para a independência, não se deixando levar pela corrupção.

Forças gravotacionais

A detecção dos efeitos no espaço-tempo provocados pela força de gravidade de dois buracos negros que se chocaram a 1.3 bilhão de anos, prevista a cem anos atrás por Einstein em sua teoria da relatividade, propiciou o nobel da Física aos três cientistas americanos.  Segundo Einstein “ as ondas são geradas pela força da gravidade formando um campo que deforma tudo o que encontra pela frente, enrugando o espaço na direção em que viajam”. A próxima láurea será concedida a quem conseguir detectar e prevenir os efeitos causados pela força gravitacional de dois outros buracos negros que se chocaram e engoliram não se sabe, ainda, em que época da evolução da espécie humana: o buraco negro do cinismo com o buraco negro da falta de vergonha, males que atacam os políticos brasileiros, que vem arrastando tudo o que encontram pela frente, levando o Brasil para o fundo do poço enrugando seu tecido social.  A similaridade dos dois fenômenos é patente diferindo, apenas, quanto ao alvo atingido. Enquanto o primeiro atinge o tecido do Universo físico, o segundo atinge o universo moral e ético do Brasil, enrugando sua consciência social.  Levará o prémio quem descobrir e aplicar os instrumentos adequados para controle dos efeitos, desmantelando e aniquilando o exército de depredadores da Pátria.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Vergonha

Há quem sugerisse acrescentar na cesta básica um quilinho de vergonha na cara. Esquece que esse item já vem na carga hereditária que o povo sabe muito bem utiliza-lo nas horas certas. Os colarinhos bancos já esconderam a vergonha sob   as inúmeras camadas de óleo de peroba disfarçada sob a capa do cinismo. Além do mais, colarinho branco não vai atrás de cesta básica, compra do bom e do melhor, frequentemente, nos mercados exteriores, pagando a conta com o dinheiro surrupiado do povo.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Vergonha

O adiamento do julgamento do caso de Aécio Neves pelo Senado Federal é a indicação da dependência dos poderes da República. Se os senadores têm a convicção de que caberia à instituição decidir, não haveria porque esperar pelo STF.   Vai que o Suprema mantenha a decisão da turma de magistrados, adeus à decantada harmonia. Desde que o que vale na incipiente República brasileira é a conveniência, que se dane a pétrea dupla da independência e harmonia prescrita pelo Art.2º da Consituição. Quem inventou a República, que se finge praticar por aqui, esqueceu de estabelecer um quarto poder, o do bom senso que se traduz em vergonha na cara besuntada de óleo de peroba

terça-feira, 3 de outubro de 2017

1.     À luz da Psicanálise, estupradores do tipo de Roger Abdelmassih e Antônio Carlos Santos, multi reincidentes e, imprudentemente, colocados em regime de prisão domiciliar, com sérias ameaças à sociedade, seria mais acertado interna-los em manicômio tendo em vista que seus atos são praticados sob pressão de forças psicológicas incontroláveis que, a rigor, os tornaria  inimputáveis, à semelhança dos assassinos que nos Estados Unidos  vêm metralhando populações indefesas, também, premidos por diferentes forças que fogem à própria capacidade  de controle.

2.     A declaração do general Mourão sugerindo a possibilidade de uma intervenção militar na caótica situação em que se encontra o governo do Brasil, discursos de todos os matizes, que se dizem de direita, de esquerda ou de centro, encharcam a mídia questionando a legalidade e a constitucionalidade de tal ação, numa exuberante manifestação de liberdade de expressão. Vai-se ao Art. 142 da Constituição Federal que reza: - “As forças Armadas... destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Consultem-se abalizados juristas que, unanimemente, afirmam que a jurisprudência brasileira, ainda, ainda não chegou a uma interpretação definitiva com relação à citada matéria constitucional. Ponto crucial: a necessidade de autorização do qualquer dos poderes constitucionais. No caso em epigrafe, como conseguir tal autorização se os três poderes da República estão chafurdados na lama da corrupção? Leigo no assunto  mas cidadão interessado e bem ligado, dou meu palpite:  distingam-se duas partes na ação prescrita para as Forças Armadas – primeiramente, “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais”, obviamente, quando agindo de acordo com a Constituição e, em segundo momento, para a “manutenção da lei e da ordem” aqui, sim, com a autorização de qualquer dos poderes restaurados ou em via de restauração.
3.     Dependendo das circunstâncias, nem sempre o ideal é o melhor. Os que advogam a liberdade para Lula se candidatar à presidência em 2018, para demonstrar que não tem o apoio popular que alardeiam seus apaniguados, teria sentido se nosso processo eleitoral tivesse a transparência necessária para um julgamento dentro da legalidade. É provável que boa parte do povo brasileiro, ainda, não se apercebeu quer está sendo conduzido por um líder, ainda que inconteste, porém, sem moral e sem ética, defendendo o poder com a compra de apoio via propinas. A própria bolsa família, foi transformada em mini propinas mensais que, multiplicadas por muitos milhões de favorecidos, virou uma mega propina de fazer inveja aos mais aquinhoados pelo mastodôntico propinoduto instalado no governo pelo ex-presidente. Mais uma vez, sem uma justa reforma eleitoral, o Brasil correria o risco de ter na presidência quem o conduziu ao estado falimentar em que se encontra, se permitida sua candidatura.
4.     Não será pela falta de água nos reservatórios Brasil afora que a Lava-Jato vai ser desativada. A operação não é acionada pelo solvente universal H2O, mas pelo poderoso solvente social ME, Moral e Ética, infelizmente, esquecido pelos políticos no fundo do reservatório da consciência nacional.
5.     O grande dilema do Poder Judiciário, representado pelo STF: se mexer na m. vai feder ainda mais, se não mexer, o Brasil vai afundar. Que não prevaleça, como mais importante, tentar salvar a reputação de seus componentes, que já anda pelas beiradas da ineficiência perante a opinião  púbica.
6.     Incrível a opinião de autoridades americanas afirmando que é prematuro pensar em mudar a lei de venda armas à população. “Mutatis mutandi, é o mesmo que o Brasil está fazendo permitindo que reincidentes estupradores continuem soltos, em questionável prisão domiciliar, colocando em previsível risco a sociedade brasileira.
7.     Estranho que a Procuradora Geral Raquel Dodge pretenda ouvir o presidente Temer quando já o fez, clandestinamente no escuro da noite, várias vezes antes de sua posse no cargo. O que mais haveria a confabular com o presidente, duas vezes indiciado por corrupção pelo seu antecessor Rodrigo Janot e cujo processo, ela mesma, recomendou fosse encaminhado à Câmara Federal?


domingo, 1 de outubro de 2017

Quem pode, pode

Na antiguidade, quem se considerava com plenos poderes para governar, tinha o direito de organizar seu calendário de acordo com as próprias conveniências. Assim aconteceu com os imperadores romanos, césares considerados semideuses, Július e Augustus, que tiveram o poder de privilegiar os meses de julho e agosto com 31 dias em sua homenagem, tirando-os do mês do infausto fevereiro que não tinha quem o defendesse. Por que o todo poderoso semideus Lula da Silva não teria o direito de aquinhoar os meses de setembro e novembro com mais um dia para caberem as maravilhas que pretendia enumerar, inclusive, para salvar a pele contra as acusações da Lava-Jato? Até o momento, porém, não explicou de onde tirou esses dias, pois, fevereiro continua com 28 dias recebendo em compensação, apenas, mais um dia a cada quatro anos, conforme já vinha acontecendo desde o Império Romano. Provavelmente, o milagre da multiplicação dos dias do ano que a Bíblia não diz, preocupada, apenas, em estabelecer os dias da semana.

sábado, 30 de setembro de 2017

Na missa do vigésimo quinto domingo do tempo comum, nas igrejas católicas, lê-se o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (20.1-16). - E o patrão saiu para contratar trabalhadores para sua vinha, de madrugada, às 9 h. ao meio dia, as três h. e às 5 h da tarde. No final da jornada, pagou a todos com igual moeda conforme contratado. Assim será no Brasil depois que o Congresso Nacional terminar as prometidas reformas, a toque de caixa, tentando salvar o governo Temer. Todos os trabalhadores, convocados para a construção de um novo Brasil, passarão a ganhar o mesmo e justo salário: ou todos no limite dos deputados, senadores e altos funcionário da República, ou do salário mínimo, pago a maioria do povo brasileiro, sejam eles do alto escalão, professores, varredores de rua, atingindo aposentados e desempregados, se por falta de vagas em função de eventual incompetência do governo. Tudo para que se cumpra o mandamento maior em defesa da cidadania, prescrito no Art. 5º da Constituição: - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer espécie

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

independencia

Definitivamente, a independência dos poderes da República foi transformada em instrumento de vindicta e perseguição política e a decantada harmonia em conluios forjando entendimentos em busca de benefício de interesses pessoais de políticos corruptos acionados à força de propinas, como moeda de troca pela consciência forjada na inversão de valores que vem achincalhando a nação brasileira. E o povo brasileiro que se dane com a própria consciência triturada pela politicagem.
Definitivamente, a independência dos poderes da República foi transformada em instrumento de vindicta e perseguição política e a decantada harmonia em conluios forjando entendimentos em busca de benefício de interesses pessoais de políticos corruptos acionados à força de propinas, como moeda de troca pela consciência forjada na inversão de valores que vem achincalhando a nação brasileira. E o povo brasileiro que se dane com a própria consciência triturada pela politicagem.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Epílogo

De Wikipédia, a enciclopédia livre, colhe-se a seguinte definição de:  “Epílogo (do grego epílogos - conclusão, pelo latim epilogus) é uma parte de um texto, no final de uma obra literária ou dramática, que constitui a sua conclusão ou remate. É geralmente usada para dar a conhecer o desfecho dos acontecimentos relatados, o destino final das personagens da história ou, em dissertações, as ilações finais de um conjunto de ideias apresentadas ou defendidas”.  
Paara manter o suspense dos leitores e observadoes, estrategicamente, autores deixam personalidades e fatos mais importantaes da narrativa a serem revelados no final da obra para, finalmente, a serem emoldurados no epílogo.
Apressadas queixas contra o procurador geral Rodrigo Janot que, aparentando exorbitante, estaria preocupado em atingir com suas flechas peixes menores navegando à superfície das ondas, esquecendo o tubarão, o líder maior do devorador cardume, que continua nadando de braçadas, acariciado por mansa maré assoprada pela deslavada corrução, mantendo em suspense a nação estarrecida. Não esquecer que, segundo a citada definição, o epílogo acontece no final da obra, com a apresentação dos protagonistas responsáveis maiores pela trama montada, culminando com  a apoteose dos heróis e execração dos anti-heróis.  O importante é que chegue o momento propício de cada figurante entrar em cena, na esperança de que o gran finale aconteça antes que seja tarde para salvar o Brasil.
Tudo está a indicar que tanto Moro como Janot estão esperando a hora mais propícia de colocar o chefão maior no pelourinho para, à frente da gang, responder por seus atos. Se isso não acontecesse, a esperança morreria na praia de onde os brasileiros aguardam o desenlace da maior tragédia desabada sobre a nação brasileira.


Enigma

Espera-se que O NOVO ENIGMA DA LAVA-JATO, anunciado pela escolha da  Raquel  Dodge para comandar a Procuradoria-Geral  da República,  seja desvendado  pela  própria  indicada na medida em que sua atuação venha a corresponder  aos termos do juramento que fizera ao ser diplomada no Curso de Direito perante a nação brasileira: -“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da Justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”, para, futuramente,  ter seu nome inscrito no rol dos salvadores da pátria (Capa, 05 de julho).

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Lava-Jato

As intempestivas e inconsequentes afirmativas do ministro da Justiça Torquato Jardim, de que a Lava-Jato “está desfazendo a classe política”, e do ministro Gilmar Mendes de que, na Lava-Jato, “expandiu-se demais a investigação, além dos limites” soam como o maior dos elogios à instituição, afirmando a que veio, justamente, para desmontar a quadrilha de políticos, organizada à sombra da corrupção, levando o Brasil à beira do abismo, investigando os fatos até as últimas consequências, sem se ater a limites a serem impostos pelos investigados e seus advogados (A corrupção e a democracia in Veja, Carta ao Leitor, 28 de junho).

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Inversão de valores

Lastimável e preocupante ter-se na presidência do STE para o julgamento da dupla Dilma x Temer um Gilmar Mendes, sistematicamente, empenhado em contraditar o Redator do processo Herman Benjamim. Em vez de se ater à busca da verdade está, renitentemente, na defesa de uma governabilidade nas mãos de quem jamais aprendeu e aprenderá a governar, pondo em cheque a nação brasileira. E o faz com tal verve de convencer incautos parceiros de bancada, fazendo prever resultado favorável a corrupção que mina as instituições. É a confirmação do dito evangélico – “Os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”.


terça-feira, 6 de junho de 2017

Cegueira!

Não se consegue entender porque o STF, supostamente povoado pelas mais ilustradas cabeças jurídicas do Brasil, perde tanto tempo procurando argumentos e mais argumentos a pretexto de restringir o foro privilegiado, esquecendo que existe um pétreo princípio na Constituição Federal  que, se respeitado, reduziria a zero o excrescente estatuto. Está na cara: “Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”, não dando margem a qualquer parágrafo estabelecendo exceções, introduzidas bem mais adiante no texto constitucional, dando margem a se pensar que os constituintes, legislando em causa própria, se consideraram, e aos demais favorecidos, Ets vindos de outro planeta, não fazendo parte da totalidade do povo brasileiro.

Urgente!

1.     Aviso urgente, urgentíssimo.  O Brasil, saído da montadora, ano 1898, com defeito no freio, corre o risco de perder o controle e cair em precipício. Proprietários, procurem imediatamente a concessionária para troca de peça retentora da impunidade, denominada Justiça, com grave deformação, colocando em risco a nação brasileira. 

sábado, 3 de junho de 2017

Lava-Jato


Motivo mais do que suficiente para suspender os trabalhos da Lava-Jaato no STF: o racionamento de água decretado pelo GDF. Iria de encontro do desejo de maioria do povo brasileiro no sentido de acabar com o foro privilegiado, mandando os processos para o Paraná, onde não falta água, diante das torrenciais chuvas provocando enchentes. Levaria, inclusive, a ser respeitado o preceito pétreo, definido no Art. 5º da Constituição que reza: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” não admitindo exceções no seu texto.

domingo, 28 de maio de 2017

Pequenez x grandeza


Sem contrariar o discurso de Roberto de Pompeu de Toledo em seu artigo – À ESPERA (31 de maio), pois, cada um tem sua medida para classificar a grandeza de uma pessoa, a renúncia de Michel Temer constituir-se-ia, apenas, num ato obrigatório, sem qualquer mérito, tendo em vista que o cargo de vice, dando-lhe o direito de suceder a Dilma, foi-lhe outorgado em processo eleitoral espúrio, manchado por mil propinas via caixa 2, inclusive, com sua participação, já em suspeição na época e, vastamente, comprovado pelas delações da Lava-Jato, merecendo a anulação do processo eleitoral da dupla.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

UBI SUMUS@


Preocupante e mau sinal a necessidade de o presidente da República ter que assinar, de supetão, decreto convocando o exército para manter a ordem em defesa dos logradouros e instituições na Esplanada dos Ministérios. Primeiro, um puxão de orelha no governo do DF incapaz de cumprir tal mandato que lhe é afeito. Segundo, como se não existissem leis suficientes, tanto federais como distritais, para manter a ordem pública. Terceiro, sinal evidente da falência das instituições públicas encarregadas, em decorrência da incompetência e irresponsabilidade dos governantes.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Cantilena desafinada

Já ouvi essa cantilena outras vezes, anunciando o fim da recessão com o crescimento do PIB. O Problema é que, enquanto este crescia, a ganância dos corruptos foi se multiplicando de olho no tesouro anulando as expectativas. Para o povo acreditar é preciso, primeiro, anunciar o fim da corrupção com a gang de ratos na cadeia, devolvendo o que roubaram e pagando pelos prejuízos.

domingo, 14 de maio de 2017

Transito

Pura sacanagem, querer culpar a mais bela e útil invenção brasileira, a caninha, pela multiplicação de mortes no transito. Seria o mesmo que culpar a benfazeja chuva pelas mortes nas cidades, quando a culpa é dos seres humanos pelo mau planejamento urbano impedindo que as águas sigam o rumo que a natureza lhes traça. Vinho, cerveja, caninha são invenções válidas para o povo desafogar as mágoas da vida, quando bem utilizadas. Deixem a caninha em paz, rolando nos botecos, e cuide-se de elaborar uma lei eficiente, capaz de colocar atrás das grades os desregrados consumidores, sem distinção de cor e posição social, substituindo a fiança por pesadas multas, de acordo com a culpabilidade a ser comprovada pela Justiça.  


Santo Remédio


Está comprovado que o único remédio eficaz para a cura da endêmica amnésia dos políticos e administradores sociais é a cadeia. Que o diga a fila de pretensos lavajatenses ameaçados, à procura do instituto da delação premiada para lembra seus pecados e alheios, esperando penas aliviadas. O próprio Chefe da corja, despertado pelo receio de ser trancado atrás das grades, Já lustrou a memória abrindo o bico dizendo que a única interessada no fatídico tríplex do Guarujá era sua falecida esposa Marisa cujas cinzas já se remexem tentando recompor seus elementos, visando a ressureição final, para se explicar, colocando os pingos nos is. Ao povo brasileiro só resta esperar o ato final de Moro que, diante das evidências, enquadre o dito cujo para fazer companhia a seus desembestados, outrora, fieis companheiros, agora dispostos a coloca-lo no pelourinho.