Durante séculos a
Igreja Romana manteve o costume de proibir aos fiéis de tocarem com as mãos a
hóstia consagrada, preferindo ser ministrada diretamente na boca do comungante,
como se faz ao alimentar crianças. A partir do Concílio Vaticano II, acontecido
na década de 60 do século passado, tal preceito foi modificado possibilitando
aos féis receberem a espécie colocada em suas mãos. Apesar da liberação, ainda
existem celebrantes teimando manter o costume anterior a pretexto de suposto
respeito. No domingo passado, na igreja de São Sebastião de Planaltina – DF, o
diácono ministrante negou-se a dar a comunhão a um fiel que pretendia recebe-la
na mão, causando serio transtorno, diante da reação do comungante e parentes.
Consta que o fiel é, realmente, um honesto agricultor que, obedecendo o
mandamento do Senhor a Adão e Eva ao serem expulsos do Éden, passou a vida toda
lidando com a terra para produzir alimento para o povo supondo, o tal diácono,
que o comungante teria as mãos sujas da sagrada terra.
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