Ao afirmar que
não existe possibilidade de intervenção militar no Brasil, o ministro da Defesa
Raul Jungmann, esquece que, diante da caótica situação em que se encontra a
governabilidade no Brasil, infelizmente, a possibilidade pode vir a ser trocada
pela necessidade, a contragosto do bom senso da maioria do povo brasileiro. Ao
dizer “dentro da Constituição, tudo, fora da Constituição absolutamente nada”,
é bom não esquecer que, constitucionalmente, compete às Forças Armadas garantir
a manutenção da lei e da ordem, expressas pela Constituição, esta vilmente
vilipendiada por elementos infiltrados nos três poderes da República, fugindo
ao controle dos órgãos competentes. Dizer que “Existe paz e tranquilidade
dentro dos quartéis e nas Forças Armadas”, pode ser força expressão, para
esconder latente e evidente inquietação remexendo a consciência de
brasileiros que, revestidos da farda, são, legalmente, proibidos de se
manifestarem livremente. O que se espera das Forças Armadas não é a implantação
de uma ditadura mas, como última instâancia, uma intervenção equilibrada e enérgica para limpar o
Brasil da generalizada corrupção que mina e destrói as raízes da nacionalidade
brasileira.
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