Como é bom e útil termos um presidente desbocado no Senado Federal para provocar um tsunami capaz de movimentar a sociedade para acabar com o foro privilegiado dos políticos empoleirados no poder cuidando, apenas, de seus interesses e apaniguados. O mesmo aconteceu na Câmara dos Deputados provocando o impeachment da presidenta da República confirmando, mais umas vez, o adágio popular: “Não há mal que não venha para bem”. Quando não se tem água limpa para lavar a casa, vale jogar água suja para empurrar a sujeira escada abaixo. Com o tempo e com economia, água limpa vai aparecer para completar a faxina.
sábado, 29 de outubro de 2016
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Alegria que vira fumaça
Com tanta versatilidade política,
estranho que o presidente do Sanado Ranan Calheiros, ao festejar com tanta
empáfia a pífia e provisória vitória da soltura dos presos da operação Métis,
não perceba que está cutucando onça com vara curta. Deveria ir às arábias para
apender a interpretar a sabedoria popular daquele povo: “A palavra é prata, o
silêncio é outro”. Carregando nas costas tantas suspeitas sendo investigadas,
tivesse, pelo menos, lido o filósofo Sêneca que alerta: “Cala-te primeiro se queres que os outros se calem”.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
O decálogo
Enquanto
Moisés no alto do Sinai confabulava com o Deus de Abrahão para a redação das
leis a serem impressas nas tábuas de pedra, para impor ordem no povo hebreu, no
sopé da montanha a multidão ensandecida adorava o bezerro de ouro subvertendo a
lei a ser promulgada. Enquanto do alto da Lava Jato Sergio Moro, atendendo os
rogos do povo nas ruas, tenta fazer valer a ordem instituída pela Carta Magna,
a turba corrupta amedrontada, tentando zerar a Lava Jato, pretende impor
esdruxulo decálogo subvertendo a ordem estabelecida na pétrea Constituição (Comentando - 10 manobras de políticos pra melar a Lava-Jato, Correio Braziliense, 27 de outubro).
Cipoal de cobras enroscadas
“Latet
anguis in herba” diz o adágio latino. Sob os entulhos de um fracassado governo
de mais de dez anos, rastejam peçonhentas cobras inconformadas. Cuidado com o
cipoal que tece o governo que se instalou após o impeachment da presidente
Dilma. Nele se aninham víboras capazes de picar de morte quem pretenda acabar
com a corrupção, tentando empurrar a Lava Jato para a vala comum das inglórias batalhas contra moinhos de vento.
Baixaria a pleno vapor
1. A baixaria chegou a tal ponto nas
altas esferas do governo tupiniquim que, não demora, além de juizeco, o
presidente de qualquer instituição, desde o mais alto mandatário da República
até o dirigente de escola de samba, serão nominados presidentecos. Nobres
ministros serão chamados de ministrecos,
senadores e deputados de qualquer instância como parlamentecos, “e via
dicendo”, sem esquecer os tradicionais
padreco, fordeco, teco-teco e o
garboso fuleco da Copa Mundial de 2014. Para que se cumpra a igualdade
prescrita na Constituição, todos impecavelmente vestidos de jaleco, desde o
distinto presidenteco da República até o mais nobre e último representante do
poveco que anda descalço pelos ruas a procura de um teto, cantando o Lepo-lepo
do poeta louco.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Fome insaciavel
Estancadas as propinas
saídas do dinheiro da Petrobrás, só resta aos governantes encher, literalmente,
a barriga dos famintos parlamentares para subornar votos. Para ganhar a
primeira parada na semana passada, o presidente Michel Temer ofereceu lauto
banquete no Palácio da Alvorada para 300 bocas famintas de favores. Para a
segunda batalha, o presidente da Câmara Rodrigo Maia oferecerá lustroso coquetel
na residência oficial da Câmara para 400 insaciáveis mendicantes. Para variar, tudo às custas do dinheiro do
povo que sofre horrores ao ir mercado
para colocar comida na mesa.
domingo, 23 de outubro de 2016
Duas consciências
O ex-presidente Lula vive, hoje, exprimido entre as mós de
duas consciências a lhe triturarem as entranhas. A consciência do nordestino
honesto, portando lata d’água na cabeça, o símbolo maior de um povo sofrido e abandonado
durante séculos, e o Lula transplantado, vivendo no maior e mais rico centro
urbano do Brasil carregando, agora, no peito a estrela apagada do PT, que pretendia bem acesa iluminando imaginado
epitáfio a ser inscrito na lápide de seu
túmulo político, hoje, a ser traduzido: - Aqui
jaz Lula da Silva, o pretendido maior presidente da República Tupiniquim.
Sobra-lhe, apenas, o consolo de saber que os mortos não voltam para lerem os
próprios epitáfios, deixando a tarefa para os vivos que, uma vez por ano, vão
tirar-lhe a poeira..
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Blá, blá, blá...
Se mentir fosse crime que levasse à cadeia não seria fácil encontrar
advogado solto por ai. Seria muita ingenuidade se eles mesmos acreditassem no
que afirmam, falando de boca para fora sem coragem de escrever, cientes do adágio
latino: “Verba volant sed scripta manet”, as palavras voam mas a escrita
permanece. Agora vem o advogado do
Eduardo Cunha dizendo que o cliente já teria sido inocentado pelo fato de o
pedido de prisão pelo Ministério Público ter ficado parado no STF, como se a
morosidade ou, quem sabe, a displicência da Justiça fossem indicativos de
inocência. Imagine-se se o eterno Luiz Estevão, diante de iguais circunstâncias,
depois de 17 anos, um dia iria ser preso.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Ingenuidade!
Diante da tentativa de se anular a chapa Dilma x Temer das
eleições de 2014, ingênua a tentativa dos defensores do vice pretendendo mostra-lo,
apenas, como passageiro de carro sentado no banco de trás, sem qualquer responsabilidade
por eventuais acidentes. O correto é vê-lo sentado como copiloto de avião,
corresponsável por qualquer acidental descuido. No caso da campanha eleitoral,
os desvios não terão sido de pouco monta, diante da promessa da titular de que faria
o diabo para vencer o pleito. Não há como imaginar um tarimbado político Michel
Temer cego e surdo, dormindo o sono solto com a cabeça recostada no
reconfortável travesseiro de vice e, novamente, candiato.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Prestação de contas
A
emblemática expressão “eu sou eu e minha circunstância”, que marca a teoria do
filósofo espanhol Ortega y Gasset (1883 - 1955), é explicativa da situação em
que muitos políticos brasileiros, e sempre mais um, estão vivendo hoje, diante
do tsunami provocado pela Operação Lava-Jato e similares. Ortega y Gasset foi
movido pela circunstância de uma Espanha em estado falimentar a ser salva. No
Brasil, ao entrar na politica, cada ator terá definido a própria circunstância
para realizar sua meta de vida. Os que optaram pela circunstância de um Brasil
esperando a contribuição para seu crescimento, ou os que elegeram como
circunstância os próprios interesses, desprezando os fundamentais princípios da
moral e da ética. Estes estão sendo, agora, trazidos ao pelourinho da Justiça
para se explicarem e prestarem contas de seus desatinos que espoliaram a nação
brasileira, levando-a ao estado falimentar em que se encontra.
domingo, 16 de outubro de 2016
Sei lã....
Enquanto Lula e seus empertigados imitadores enchiam a paciência
dos brasileiros, com o maldito slogan “Eu não sei de nada”, o saudoso e
simpático Patropi, na Escolinha do Professor Raimundo, desanuviava com o seu
reticente “Sei lá... entende!”
Pedalada franciscana
Como de costume,
aproveitando das alturas, no avião de volta do Azerbaijão, longe do alcance da
Cúria Romana, o papa Francisco sancionou de vez a posição da verdadeira Igreja
de Cristo com relação à reintegração dos milenarmente prescritos pela infame
discriminação sexual. Com cristalino discurso, que dispensa qualquer
interpretação de pretensos representantes da instituição que dirige, semeou das
nuvens a mensagem para o mundo: “Não abandonei ninguém. Quando uma pessoa tem
condição (atração por alguém, do mesmo sexo) e chega diante de Jesus, o Senhor
não lhe dirá: ‘Vai embora porque você é homossexual’.” Finalmente, um papa que
imita o exemplo de Jesus, que foi acusado de andar com pretensas más companhias,
por não praticar qualquer discriminação.
domingo, 9 de outubro de 2016
PTn oposição
Seria uma pena o PT desaparecer da paisagem da política
brasileira. Que apareça nas eleições de 2018 com candidato, não para ganhar, mas
para fara fazer oposição. Se não sabe governar, já demonstrou, em tempos idos,
que sabe fazer oposição melhor do que qualquer outro partido. Foi por isso que
Fernando Henrique Cardoso fez um governo razoável.
PT oposição
Seria uma pena o PT desaparecer da paisagem da
política brasileira. Que apareça nas eleições de 2018 com candidato, não para
ganhar, mas para fara fazer oposição. Se não sabe governar, já demonstrou, em
tempos idos, que sabe fazer oposição melhor do que qualquer outro partido. Foi por
isso que Fernando Henrique Cardoso fez um governo
Pipino
Ao dizer que não sabia do tamanho do pepino que herdou de
Dilma, o presidente Temer pretende convencer que passou quatro anos de governo
como vice dormindo a sono solto no palácio do Jaburu, sem perceber que o trem
ameaçava descarrilhar, quando, é sabido que esteve de olhos abertos esperando e
mexendo os pauzinhos para que o abacaxi lhe caísse no colo e que, agora, não
sabe como descascar.
domingo, 2 de outubro de 2016
Golpe, golpe, golpe...
Na política tupiniquim vale tudo de acordo com o dito bíblico
“Dente por dente, olho por olho”. Golpe se paga com golpe. PT deu o golpe na
democracia, Temer deu o golpe na Dilma. Tudo começou quando Deodoro da Fonseca deu
o golpe no imperador Dom Pedro II que governou quase meio século graças ao golpe
de Dom Pedro I que deu o golpe no João seu pai, que deu o golpe em Napoleão, que
deu o golpe em... esqueci! Oi, Temer, é só esperar que vem ai o contra golpe,
para não deixar a história mentir.
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