quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Promoção?



“Promoveatur ut amoveatur”, é uma expressão latina, dizendo-se da promoção de alguém com o intuito de tirá-lo de determinado cargo para se livrar de sua incômoda presença. Não é bem o aconteceu com o diretor da polícia federal, Fernando Segóvia, sumariamente demitido pelo ministro Jungmann, sem qualquer intenção de promove-lo. Ficou, literalmente, no olho da rua. Terá corrido, imediatamente, ao palácio do Canguru, pedindo a Temer que o livrasse de tamanho vexame, depois dos relevantes serviços que lhe vinha prestando. Agora está o presidente dando mil voltas infantis, dizendo que não houve dispensa, mas um ajustamento, como se um cargo como adido de embaixada em Roma, tivesse a algo ver com a complexa arrumação da intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro. Presidente, poupe o povo do vexame de ter que engolir mais essa.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Viajando pela política na espreita da politicagem

1. Quando juízes, que seriam os encarregados de fazer valer o preceito constitucional de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, ameaçam parar se o STF cortar o privilégio auxilio moradia, é sinal evidente de que o Brasil está longe de frear a disparada na percepção da corrupção mundial colocando-o na vergonhosa marca do 96º posto, no ranking global dos países mais corruptos do planeta.

2. Associação dos Juízes Federais do Brasil, para a greve da classe Infantil, senão cínica, a desculpa de Roberto Veloso, presidente da exemplo dos juízes estaduais justificassem o erro nos federais. Coisa de criança, se fossem crianças. Como são adultos, só mesmo cinismo. Façam a greve para uma lei igualitária. Evidente, se modificada a lei, terá que atingir a todos, para que se compra o pétreo princípio constitucional de que - “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza... Um erro não justifica outro erro.

3. Qual diferença entre Juiz e o professor, para este receber, como piso salarial, a metade do que o juiz recebe só de auxílio moradia? Muito simples: depende da importância dada à missão de cada um. Enquanto o juiz cuida de questões envolvendo dinheiro, o ouro cobiçado pelos corruptos, o professor é encarregado da difícil, ingrata e desprezada missão da formação do caráter, nada interessante a governos que precisam manter o eleitor na ignorância, para arrastar-lhe o voto para as urnas eleitorais.

4. Enquanto o governo se perde nos morros do Rio de Janeiro, tentando restabelecer a segurança nacional, em Goiás, como nas demais unidades federativas, os bandidos dominam os presídios comandando a insegurança nacional. Governo, que não consegue manter a ordem dentro do limitado espaço dos presídios, está mais por fora da realidade do que casca de ovo sendo quebrado por canhonaços de mal-ajambrada intervenção sem, sequer, se aproveitar a gema para a tradicional omelete a ser servida ao povo brasileiro.

 5. Deflagrada a extrema e última cartada, visando restabelecer segurança no estado do Rio de Janeiro, o protótipo do que acontece em, praticamente, todas as unidades federativas do Brasil, sem excetuar a privilegiada Brasília, a intervenção militar vai patinar por bom tempo, enquanto os responsáveis para colocá-la em prática brigam pela definição de quem é quem na distribuição de competências. Os poderes estadual e municipal, a quem deve ser debitada a calamitosa situação, acham-se, agora, no direito de dar palpites, como se interventor viesse a reboque. General Fraga Neto, põe a coroa na cabeça antes que cinja cabeças ocas que não fizeram sua tarefa no tempo hábil. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.