sexta-feira, 27 de novembro de 2020

 


O presidente Bolsonaro recusa-se a comparecer para depor. O inciso LXIII do Art. 5º da Constituição prevê que qualquer cidadão convocado para depor pode permanecer calado, não prevendo, porém, o direito de não comparecer. O decano Celso de Mello interpreta que “não é obrigado a depor caso queira abrir mão do seu direito de defesa”. Pergunta-se: tal direito é respeitado quando se trata de cidadão comum que, normalmente, é conduzido sob vara, transformando a norma em privilégio para quem pode?

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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 


Anda enganado quem afirma que o preconceito contra o negro deve-se ao fato de ter a pele negra. A circunstância de ter sido escravo, explorado e marginalizado pelo branco, marcou o africano para ser discriminado e rejeitado, ainda que pese a Lei Áurea que, a despeito de querer libertá-lo, lançou-o na vala da marginalidade. É do renomado pintor Renoir, hábil mestre no uso do contraste, na construção do impressionismo, a aforismo: “O preto é a rainha das cores”. Não por mostrar todas as cores, pois, segunda a teoria das cores, o que parece preto ao observador é a ausência de cores não refletidas pelo objeto, no caso, determinada pele de indivíduo que tem a propriedade de absorver todas as cores do espectro solar, diluídas em arco-ires.  Prova do engano? Em celebrações em que as pessoas pretendem mostrar elegância, dignidade, luxo e sofisticação, vestem-se de preto. O branco racista seria o indivíduo sem cores, ao refleti-las, mandando-as para o espaço.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

 É urgente advertir o presidente Bolsonaro de que o Brasil não tem, apenas, as cores verde e amarela. Há muitas outras, Brasil afora, a serem defendidas, desde a ebúrnea cor dos negros, que tanto contribuíram e contribuem para a construção do Brasil, e a serem combatidas, desde a lúgubre cor da coronavírus que tenta destruir o povo brasileiro.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

 


Romper com amigos para tirar proveito político, é fato corriqueiro para o presidente Bolsonaro. Estão procurando adivinhar como se vingarão o deputado Joice Hasselmann e o delegado Valdir. É só lembrar a fábula da raposa e da cegonha. Depois de a raposa pregar a peça servindo o jantar num prato raso, a cegonha prometeu vingar-se. Como retribuição, convidou a raposa para jantar em sua mansão no dia seguinte. Serviu o jantar numa jarra de gargalo bem estreito. A colega saiu lambendo os beiços amargando uma lição que só os bichos, quando falavam, sabiam ensinar. Aguardem, os dois estão preparando o jantar de retribuição.

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

 “Virtus in médium”, diz o adágio latino. Os extremos se tocam, prega o “Três Vezes Grande” egípcio Hermes Trismegisto, autor da multi milenar obra  Caibalion, que estabelece As Sete leis Hermenêuticas, que regem o universo e fundamentam a moderna hermenêutica. Na prática as sete leis conduzem para esse princípio, na medida em que une os extremos em função do meio termo. Enquanto a política oscilar ente os extremos direita e esquerda estará dividindo sociedades em dois hemisférios irreconciliáveis, divididos por linha equatorial da intransigência.

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sábado, 14 de novembro de 2020

  Conta a história que, depois da famosa e dispendiosa vitória de Pirro, ao receber felicitações, o grande conquistador teria respondido: - “Uma outra vitória com essa, estarei completamente arruinado”.  No suceder de píricas vitórias, sobre economia e pandemia que o vento leva, na medida que a verdade aflora, o presidente Bolsonaro vai perdendo a moral para governar o Brasil. Esquece que, dependendo das circunstâncias, se a palavra é prata, o silêncio é ouro. Na mentira, a palavra transforma-se no barro dos pés da majestosa estátua do sonho de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Uma pedra, a pedra da verdade, despencada do alto arrasta, pelos pés de barro, a majestosa estátua, reduzindo-a a escombros. Bolsonaro tenta construir sua imagem com pés de barro.

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 Sábia sentença: - “À mulher de Cesar não basta ser honesta, precisa parecer honesta”. Aplica-se a todas as mulheres de maridos que ocupam cargos de proeminência na sociedade. Sem pretender generalizar, desde que Cesar não o disse, hipocritamente, políticos interpretam:  - Ao marido não é preciso ser honesto, basta parecer.  Mulher de político desonesto, ainda que sendo e parecendo honesta, será, sempre, mulher por detrás de um grande cafajeste. De que tamanho , depende de como carrega essa cruz.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

 


Com ações do tipo desvio de 1,4 bi da Educação para obras do Plano Brasil, Bolsonaro pretende construir o edifício Brasil com tijolos, sem a argamassa da Educação.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 

Seria o momento de o presidente Bolsonaro recordar a lição do filósofo espanhol José Ortega Gasset, com a sentença: “Eu sou eu e minha circunstância, se não a salvo não me salvo eu”. A eleição americana mudou a circunstância Ronald Trump para a nova circunstância Joe Biden. Tudo indica, que não há como salvar a circunstância Trump, que passou de circunstância para extravagância do passado, não aceitando os resultados. Enquanto é tempo, adapte-se a nova circunstância para se salva e salvar o Brasil.

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Lembrando a história da monstruosa esfinge da mitologia egípcia que, a pretexto de devorar homens, propôs o enigma - qual o animal que de manhã, anda com quatro patas, ao meio dia, com duas e, ao anoitecer, com três. Os que não o desvendassem eram, impiedosamente, devorados por ela.  Na versão grega, precisou aparecer o herói Édipo para derrotar a esfinge. Na política existe a esfinge da corrupção, duplamente devastadora, pois, não respeita a condição sexual. O enigma proposto: - Qual o alimento que sustenta a corrupção, que de manhã entra no cofre, ao meio dia é surrupiado e, à noite, esbanjado. Quem não o desvendar é, inexoravelmente, devorado por ela. Quando será que vai aparecer o Édipo brasileiro, capaz de desvendar o enigma, derrotando a corrupção, chaveando o cofre, condenando-a à inanição?

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

 


A leitura subliminar das eleições presidenciais americanos sugere algo que foge aos simples acaso, no que se refere ao preconceito racial e sexual. Durante 8 anos (2009 – 2017), quebrando eterno tabu, governou os Estados Unidos um presidente negro, Barack Obama, tendo como vice Joe Biden. Entre as ações da dupla, destacou-se a luta por maior igualdade entre gêneros e raças. Os quatro anos de Ronald Trump (2016 -2020) podem ser classificados com um hiato suspensivo de tal ação, em que o racismo só recrudesceu, enquanto o preconceito sexual persiste. Joe Biden, o vice de Obama, apoiado pela vice Kamala Harris, mulher e negra, é o prenúncio da retomada da luta trazida do governo Obama x Biden, em busca de convencer a humanidade que só existe uma raça, a humana, e que a diferença entre o homem e a mulher é apenas circunstancial, em função da perpetuação da espécie.

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domingo, 8 de novembro de 2020

 



      O grande dramaturgo e pensador Alemão Bertold Brecht 1898 – 1956) deixou uma grande lição aos que se dizem apolíticos detestando a política, ao definir o analfabeto político. É evidente que existe política e politicagem que se misturam no mesmo caldeirão. Cabe ao cidadão aprender a separar o joio do trigo. Para tanto, não pode ficar alheio, como pretendem certos alienados. Vamos ao discurso de Brecht:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 


Tudo indica que a Igreja não admite o casamento entre pessoas de mesmo sexo pelo fato de determinar que sua finalidade primordial é a procriação. Se assim for, que seja coerente, não admitindo o matrimônio entre idosos, impossibilitados de terem filhos. Se admite uma segunda finalidade, a convivências amorosa, esta é possível e admissível, também, entre homossexuais. A partir de tais pressupostos, as controvérsias se multiplicam. União entre héteros que pretendem ter filhos e não conseguem, deveria ser considerada nulo, desde que não admitam a segunda finalidade. Idem para casal que se unem com intenção de não ter filhos. Casal de homossexuais que pretende adotar filhos para criarem e educarem, merecem a benção da Igreja. Homem transgênico, que possuam ovários, útero e vagina, conseguem engravidar. Porque não aceitar a Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), possibilitando o casamento?

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

 


Documento expedido pela Cúria Romana, tentando interpretar o discurso do papa Francisco sobre a união gay, pretende ensinar o Pai Nosso ao Vigário. Respeite-se a afirmação, de pouco alcance de mentes que pretendem tumultuar os ensinamentos do Pontífice: “... é evidente que o papa Francisco se referiu a determinados dispositivos estatais, certamente não à doutrina da Igreja”, sobre o Sacramento do Matrimônio, invenção da Igreja Católica Romana. Como se a união já não viesse biblicamente sacramentada pelo “Crescei e multiplicai-vos”. O que Francisco pretende e a legalização da união para garantir-lhe os diretos civis, como em qualquer outro enlace, perante um juiz que cerifique o ato. Mais uma benção, a título de sacramental, perante o altar seria apenas um complemento.

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

 


A sentença - “Eu sou eu e minha circunstância, e se não salvo a ela, não me salvo a mim" , do filosofo espanhol Ortega y Gasset, tem como pano de fundo a circunstância de uma Espanha em estado cultural  em decadência. Se não a salvar, não salvará a si próprio. Se fosse a sorte de um Brasil, à beira da falência, a circunstância que movesse nossos políticos, salvariam a sí próprio e os brasileiros. Infelizmente, a circunstância que os aciona é o interesse pessoal, alimentando a eterna corrupção.


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

 


Quem são o dito Vaticano que afirma que as declarações do papa sobre união civil de pessoas de mesmo sexo não mudam a posição da Igreja e que são tiradas de contexto? Será que tudo o que o papa afirma tem que passar pela interpretação de seus subalternos, como vem a acontecendo cada vez que o papa Francisco dá uma guinada em direção à modernização da Igreja? Mais do que os Santos Padres e Doutores da Igreja, tem o papa, com herdeiro de Pedro, autoridade para interpretar a verdade sem, inclusive, a necessidade de recorrer a controvertida Infalibilidade Pontifícia, deixando livre pensar à Ciência, companheira da Fé, no sentido latino “cum panis”, que comem o pão sentados à mesma mesa.

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