quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 


Anda enganado quem afirma que o preconceito contra o negro deve-se ao fato de ter a pele negra. A circunstância de ter sido escravo, explorado e marginalizado pelo branco, marcou o africano para ser discriminado e rejeitado, ainda que pese a Lei Áurea que, a despeito de querer libertá-lo, lançou-o na vala da marginalidade. É do renomado pintor Renoir, hábil mestre no uso do contraste, na construção do impressionismo, a aforismo: “O preto é a rainha das cores”. Não por mostrar todas as cores, pois, segunda a teoria das cores, o que parece preto ao observador é a ausência de cores não refletidas pelo objeto, no caso, determinada pele de indivíduo que tem a propriedade de absorver todas as cores do espectro solar, diluídas em arco-ires.  Prova do engano? Em celebrações em que as pessoas pretendem mostrar elegância, dignidade, luxo e sofisticação, vestem-se de preto. O branco racista seria o indivíduo sem cores, ao refleti-las, mandando-as para o espaço.

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