domingo, 22 de abril de 2018

Aniversário de Brasilia


 Com 55 anos de Brasília, sinto-me um afortunado por ter assistido, acompanhado e participado do crescimento de uma cidade nascida em 1960, na época, periclitante cidade do futuro, hoje uma metrópole consolidada por quase três milhões de habitantes. Cheguei aqui na terça-feira de Carnaval de 1963, partindo de Niterói-RJ. Singrando a Baia da Guanabara na Barca Sétima, atravessando a Praça XV, embarquei em ónibus de carreira, deixando para trás a destituída capital Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, mergulhada em profundo sono, do cansaço do Domingo de Carnaval. Partia em busca da nova capital, há três anos transferida para o Planalto Central. Ao alvorecer de terça-feira de Carnaval, antes do Sol nascer, avistei, ao longe, as concentradas luzes do Plano Piloto, começando a ser substituídas pelos primeiros raios do astro rei, como uma visão do futuro que me esperava, a ser vivido durante prazerosos 55 anos, que teimam em se prolongar. Ao desembarcar, senti uma cidade adormecida, não por qualquer cansaço, mas esperando tranquila o feriado nacional passar, para acordar num crescer sem limites.

Meu candidato


Estou à procura de meu candidato à presidência da República, em quem depositar meu voto. É procurar agulha em palheiro, onde só se encontram alfinetes de cabeça vazia. Poderia ser o Joaquim Barbosa, que já provou que tem peito, tendo colocado na cadeia os famosos mensalões. Se a politicagem lhe barrar o caminho, que tal o Sergio Moro, que teve tutano para enjaular até um ex-presidente? O Brasil precisa de um herói de verdade para debelar o cancro da corrupção que vem corroendo as entranhas da sociedade brasileira. Não será tarefa para qualquer Bolsonaro da vida, subindo a montanha carregando a pesada pedra da honestidade para reconstruir a moral e a ética.

Reino dividido


Ao se assistir as sessões da mais alta corte da Justiça, o STF, fica-se estarrecido, diante das atitudes nada republicanas dos magistrados, agredindo-se mutuamente, como se estivessem numa rinha galinácea, sinal evidente de que o que importa não é procura da verdade mas fazer valer razões de quem grita mais alto. É a advertência de Cristo diante dos fariseus, querendo surpreende-lo em contradição: - “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não resistirá” (Mc. 3:24).

terça-feira, 17 de abril de 2018

Uma estátua


O discurso do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, por sinal, na mira da Lava-Jato, ao sugerir a ereção de estátua pelo STF em homenagem a Lula, é o suprassumo da inversão de valores praticada de cabo a rabo nas instituições governamentais, comandada pelo próprio pseudo homenageado, que se sente um deus do Olimpo Tupiniquim. Será a estátua com pés de barro, sonhada pelo rei babilônico Nabucodonosor, interpretada pelo profeta Daniel, a ser demolida por um pedregulho despencado do alto da História que se encarregará de desmonta-la, espalhando os cacos pela planície da insignificância, a serem recolhidos na tentativa de reconstituir um partido destroçado pela ambição do poder.

sábado, 14 de abril de 2018

Lula delator?

Já se pensou no Lula preso, virando delator da gang que destroçou o Brasil, esculachando a turma, descarregando neles a culpa por todas as calamidades   havidas durante quase 20 anos do governo PT, na tentativa de provar que é inocente, com o argumento de que nunca sabia de nada? Tentando provar que tudo foi feito à revelia de suas retas intenções, comparando-se a um cristo perseguido pelos fariseus em busca de condenar um messias que veio para salvar o Brasil, com argumentos forjados pelo Sinédrio da Lava-Jato?

Lula na cadeia


Imaginem Lula preso, conversando com os companheiros que o precederam na cadeia, acusando-os de terem agido com tanta desenvoltura e descuido no desmonte das finanças do Brasil, sem pensarem que poderia haver uma Lava-Jato para destampar a panela que cozinha o lauto banquete de finas iguarias, a serem servidas em quentinhas aos comensais, no banquete das propinas. Ou será que, diante da relativa facilidade com que vem agindo Sergio Moro, vigorou o adágio popular de que o diabo faz a panela mas esquece a tampa?

Lula na cadeia


Imaginem Lula preso, conversando com os companheiros que o precederam na cadeia, acusando-os de terem agido com tanta desenvoltura e descuido no desmonte das finanças do Brasil, sem pensarem que poderia haver uma Lava-Jato para destampar a panela que cozinha o lauto banquete de finas iguarias, a serem servidas em quentinhas aos comensais, no banquete das propinas. Ou será que, diante da relativa facilidade com que vem agindo Sergio Moro, vigorou o adágio popular de que o diabo faz a panela mas esquece a tampa?

terça-feira, 10 de abril de 2018

Pensamentos

1.     Diz o ditado popular que a esperança é a última que morre. No Brasil do momento, difícil saber de que esperança se está falando, em que as duas fque orças primordiais do bem e do mal, representadas por Deus e  Lúcifer, transferiram seus quarteis generais para o florão da América, cada dia mais desbotado em suas cores pintadas no auriverde pendão da esperança,  sendo corroídas pela malsinada   corrupção, instalada por todos os cantos do governo.  Estará se falando da esperança da gang tentando romper os últimos fios que, ainda, sustentam o gigante adormecido,  dependurado nas bordas do precipício, ou da periclitante esperança do povo brasileiro na vitória do bem, reconduzindo a pátria enxovalhada para o caminho da moral e da ética, para a reconstrução do pouco que lhe resta, depois de terrível furacão, dando lugar ao dito popular:  - Depois da tempestade, a bonança?
2.     Aproxima-se a data das eleições majoritárias para escolher os futuros governantes do Brasil. Insiste-se em dizer que com a repetição, o povo aprende a votar. A experiência vem demonstrando que, desde a vitoriosa campanha “DIRETAS JÁ, de 1983, contrariando o princípio behaviorista da “Aprendizagem por ensaio e erro”, o resultado das sucessivas eleições vem sendo cada vez pior, resultando na condução de governantes, praticamente, na maioria dos níveis da administração pública, que levaram o Brasil ao caótico e ingovernável estado falimentar que ai vemos. É obvio que, o que falta ao povo em geral, é educação necessária e adequada para se desvencilhar do cabresto. A educação que, ao próprio governo não, interessa administrar.
3.     TRF sela destino de Lula. Quando se fala em selar uma carta significa colocar em seu envelope uma estampilha liberando-a para viajar mundo afora, sem ser incomodada por ninguém, transportando mensagem que o emissário bem entender, sem censura. Será esse o sentido do julgamento do ex-presidente Lula, tanto no TRF como em outras cortes, para liberá-lo, abrindo-lhe, inclusive, o caminho para candidatar-se à presidência da República? Espera-se que a língua dos magistrados não se suje lambendo o selo a ser colado na conspurcada biografia de quem comandou a tropa de choque que conduziu o Brasil à beira do abismo.
4.     É impróprio dizer que oTRF torna Lula ficha-suja. É dar pano para manga aos espertos advogados, postados à beira do lamaçal, regiamente regados por astronômicos rios de dinheiro roubado dos cofres públicos por seus clientes, passando a acusar a Lava-Jato de forjar ficha-suja. Quem arrasta o rabo pelo lamaçal da corrupção tem que assumir a imundície que lhes cobre a reputação e pagar por seus erros. Aos tribunais cabe, apenas, definir a cor da ficha, afixando-a aos olhos da sociedade.
5.     Queixar-se de falta de democracia no encaminhamento do processo contra Lula é puro cinismo do PT. Pretender uma democracia que permita um condenado em segunda instância, por crime de lesa pátria, se candidatar à presidência da República, com possibilidade de ser eleito por meio de um sistema eleitoral minado pela corrupção, só mesmo numa república pseudo democrata
6.     É impróprio dizer que oTRF torna Lula ficha-suja. É dar pano para manga aos espertos advogados, postados à beira do lamaçal, regiamente regados por astronômicos rios de dinheiro roubado dos cofres públicos por seus clientes, passando a acusar a Lava-Jato de forjar ficha-suja. Quem arrasta o rabo pelo lamaçal da corrupção tem que assumir a imundície que lhes cobre a reputação e pagar por seus erros. Aos tribunais cabe, apenas, definir a cor da ficha, afixando-a aos olhos da sociedade.
7.     Imensa a reponsabilidade da ministra do STF Weber no julgamento do HC pretendendo livrar Lula da cadeia. Fiel da balança, dizem os analistas políticos. O povo brasileiro espera que não seja a infiel da balança, decidindo pela proteção do chefe da maior gang já vista no Brasil desde a descoberta do Brasil por Cabral. Os poucos da devastadora gang já presos estarão na porta da cadeia, aguardando a chegada do próprio HC decretando sua inocência, com a definitiva instauração do império da impunidade.
8.     O ministro Meirelles pretendendo sair para se candidatar, vai deixar sua obra inacabada. Quem vai substitui-lo, capaz de se equilibrar entre a opinião pública e um governo atolado na corrupção? Ninguém garante que, se candidato a presidente ou vice, vá ser eleito. Aí, tudo volta a estaca zero, sob qualquer Bolsonaro da vida, colocado tudo de ponta cabeça. Não vale a pena arriscar jogada tão incerta, pondo em cheque o pouco de bom que um único ministro do governo Temer, a duras penas, está conseguindo sustentar.
9.     O nome Papuda, do complexo presidiário de Brasília, tem sua origem na histórica fazendo Papuda na região de Luziânia, antiga Santa Luzia, distante uns 60  quilômetros da sede. Conta a história que lá morava um casal de negros escravos cuja mulher sofria de bócio, aumento da glândula tiroide, daí o nome Papuda da fazenda. Por extensão, o dicionário da Língua Portuguesa registra como sinônimo para papudo: fanfarão, farofeiro, gabola, indo além, significando cachaça de má qualidade, fabricada com a mistura de pinga com água, provavelmente, a ser servida aos escravos. Não há, portanto, melhor moradia para o papudo, que anda se comparando a Jesus Cristo, para trocar a preciosa 51 pela desfigurada papuda, sentindo o gosto insípido provado pelo povinho nos botecos da vida.
10.    Imagine-se os direitos protelatórios, por meio de habeas corpus  e mil outras artimanhas, concedidos ao Lula para tentar se livrar da cadeia, consequentemente, repassados a centenas de colarinhos bancos ensovalhados pela corrupção e legalmente estendidos a milhares de cidadãos brasileiros, ladrões de penosas do quintal vizinho, como vai ficar o STF para desencalhar o montão de processos a serem  empilhados nos escaninhos dos laboriosos magistrados. Passarão a vida esquentando as almofadas de rotativas e altivas poltronas, envoltos em lúgubres negras togas, pronunciando longos discursos ao vento, sem conseguir colocar alguém na cadeia. De tabela, será a extinção da instituição carcerária, a mais eficiente escola de aperfeiçoamento na arte da prática do crime, com o triunfo da impunidade.
11.    O nome Papuda, do complexo presidiário de Brasília, tem sua origem na histórica fazendo Papuda na região de Luziânia, antiga Santa Luzia, distante uns 60  quilômetros da sede. Conta a história que lá morava um casal de negros escravos cuja mulher sofria de bócio, aumento da glândula tiroide, daí o nome Papuda da fazenda. Por extensão, o dicionário da Língua Portuguesa registra como sinônimo para papudo: fanfarão, farofeiro, gabola, indo além, significando cachaça de má qualidade, fabricada com a mistura de pinga com água, provavelmente, a ser servida aos escravos. Não há, portanto, melhor moradia para o papudo, que anda se comparando a Jesus Cristo, para trocar a preciosa 51 pela desfigurada papuda, sentindo o gosto insípido tragado pelo povinho nos botecos da vida.
13.    A ministra do STF Rosa Weber, esperada como o fiel da balança na decisão do julgamento da HC de Lula, com admirável habilidade, conseguiu envolver suas argumentações com a vistosa capa da coerência, salvando sua reputação perante a sociedade brasileira. Valeu para salvar o Brasil do cancro da impunidade. Fica a dúvida se a estratégia valeria, em qualquer circunstância, votando contra a própria consciência, para satisfazer, eventual errática maioria.
14.   Erro fatal do STF colocar em discussão tema já definido, anteriormente, pelo próprio colegiado, colocando em cheque o pouco de credibilidade que, ainda, gozava perante a sociedade, mostrando que uma minoria tenta dominar a instituição, empenhada em instaurar o reino da impunidade no Brasil. Não se culpe a presidente Carmen Lúcia que foi vergonhosamente obrigada e colocar o tema em pauta. Multiplique-se o tempo em que a credibilidade foi se desgastando, para se tentar calcular o tempo necessário para recuperá-la. Com a composição atual da instituição, não será fácil. 
15.  HC indica a abreviação da expressão latina “Habeas Corpus”, literalmente, “Que tenhas o teu corpo”, instrumento constitucional em defesa do direito de ir e vir, quando cerceado por autoridade competente. Depois de tanta confusão, gerada pelo abuso estratosférico do instituto, no dicionário tupiniquez, passará a significar “Habemus Corruptionem”, temos dinheiro corrompido, a ser protegido contra a Lava-Jato.
16.“Lula aposta que STF lhe dará liberdade” (Jornal de Brasília, 09/02/18). Tal qual, milhares de presos, ladrões de galinhas, apostam que Justiça lhes dará liberdade, na esteira de Lula. Afinal, não está escrito na Constituição que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”? Sem o cumprimento desse pétreo instituto, vã será a fé brasileira nos demais mandamentos da Carta Magna.
17.  O único caminho para salvar o que sobra do desmoralizado STF seria a renúncia de todo o colegiado, para começar tudo de novo. Não mais com a indicação do Congresso Nacional e subsequente nomeação pelo chefe do poder executivo, ambos, igualmente desmoralizados. Uma nova fórmula teria que ser inventada para prover o órgão de elementos de clarinho lavado com o sabão da vergonha na cara. Até lá, que fique desativada a alta e displicente instituição da Justiça, colocando ponto final dos processos na segunda instância, dispensando a terceira, matando o segundo coelho com a mesma cajadada, o foro privilegiado e mil outros coelhinhos andando sorrateiros pelos corredores   do poder. Já imaginaram a economia, sobrando dinheiro a ser aplicado na Educação, visando preparar nova geração de brasileiros capazes de reinverter os valores subvertidos pela politicagem da atual manada de delinquentes, chafurdados na lama da corrupção? Quem sabe, até lá, a sociedade vai se convencer da inutilidade do STF, vivendo às custas do custoso e volumoso dinheiro dos impostos do povo brasileiro, sem os resultados a serem esperados
18. Será que o PEN, Partido Ecológico Nacional, ao desistir de ação que pediria ao STF o fim das prisões após julgamento em segunda instância, caiu na real percebendo que tal atitude seria suma incoerência contra o princípio básico do partido, representado no seu próprio nome, Ecológico? Afinal, defender a impunidade, corolário da corrupção, configura crime de lesa pátria, contra a ecologia da moral e da ética que deve aflorar numa sociedade semeada de bom trigo. 
19.   Para Lula sair da cadeia não precisa do Partido Ecológico Nacional ou qualquer outro. Basa um STF titubeante, trilhando o caminho da incoerência, a caminho de ser dominado por ministros que enxergam o Brasil através de luneta obnubilada pela corrupção, pretendendo fazer triunfar a impunidade que interessa a alguns deles citados por Joesley em sua gravação bomba, entregue ao procurador geral da República Rodrigo Janot. Há tempo o ministro Marco Aurélio de Mello vem tentando descobrir seus nomes, não se sabe lá por que cargas d’água. “Latet anguis in herba”, cuidado com a serpente escondida sob a relva, que esconde o veneno na cauda, diz o brocado latino, “In cauda venenum”.
20. “Lula aposta que STF lhe dará liberdade” (Jornal de Brasília, 09/02/18). Milhares de presos, ladrões de galinhas, apostam que Justiça lhes dará liberdade, na esteira de Lula. Afinal, não está escrito na Constituição que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”? Sem o cumprimento desse pétreo instituto, vã será a fé brasileira nos demais mandamentos da Carta Magna.
21.     O único caminho para salvar o que sobra do desmoralizado STF seria a renúncia de todo o colegiado, para começar tudo de novo. Não mais com a indicação do Congresso Nacional e subsequente nomeação pelo chefe do poder executivo, ambos, igualmente desmoralizados. Uma nova fórmula teria que ser inventada para prover o órgão de elementos de clarinho lavado com o sabão da vergonha na cara. Até lá, que fique desativada a alta e displicente instituição da Justiça, colocando ponto final dos processos na segunda instância, dispensando a terceira, matando o segundo coelho com a mesma cajadada, o foro privilegiado e mil outros coelhinhos andando sorrateiros pelos corredores   do poder. Já imaginaram a economia, sobrando dinheiro a ser aplicado na Educação, visando preparar nova geração de brasileiros capazes de reinverter os valores subvertidos pela politicagem da atual manada de delinquentes, chafurdados na lama da corrupção? Quem sabe, até lá, a sociedade vai se convencer da inutilidade do STF, vivendo às custas do custoso e volumoso dinheiro dos impostos do povo brasileiro, sem os resultados a serem esperados.
22.    Será que o PEN, Partido Ecológico Nacional, ao desistir de ação que pediria ao STF o fim das prisões após julgamento em segunda instância, caiu na real percebendo que tal atitude seria suma incoerência contra o princípio básico do partido, representado no seu próprio nome, Ecológico? Afinal, defender a impunidade, corolário da corrupção, configura crime de lesa pátria, contra a ecologia da moral e da ética que deve aflorar numa sociedade semeada de bom trigo. 
23.   Para Lula sair da cadeia não precisa do Partido Ecológico Nacional ou qualquer outro. Basa um STF titubeante, trilhando o caminho da incoerência, a caminho de ser dominado por ministros que enxergam o Brasil através de luneta obnubilada pela corrupção, pretendendo fazer triunfar a impunidade que interessa a alguns deles citados por Joesley em sua gravação bomba, entregue ao procurador geral da República Rodrigo Janot. Há tempo o ministro Marco Aurélio de Mello vem tentando descobrir seus nomes, não se sabe lá por que cargas d’água. “Latet anguis in herba”, cuidado com a serpente escondida sob a relva, que esconde o veneno na cauda, diz o brocado latino, “In cauda venenum”.