quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Fala,Sócrates,o filósofo

É de Sócrates, o filósofo, a sentença: - “O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser.” Imaginem o que seria do Brasil, se nossos políticos fossem o que pretendem fingem ser: honestos, respeitadores das leis, dedicados à causa da pátria, desinteressados do dinheiro público. Infelizmente, não sabem fingir, acabando descobertos, deixando a máscara cair. Ai não há como validar a sentença do filósofo que resumiu sua filosofia no aforismo - “Conhece-te ti mesmo”, coisa que político algum quer quere ouvir, pois, teriam que mudar de máscara a cada suspiro, sem folga para conseguir fingir coisa alguma, tentando imprimir ao Brasil mil caras, à sua própria imagem desfigurada, que não conseguem disfarçar.

Sáabia advertência

Disse o sábio Platão: - “Felizes das republicas cujos filósofos fossem governantes e cujos governantes fossem filósofos!” Infeliz do Brasil cujos corruptos são governantes e cujos governantes são corruptos. O que dizer de um presidente discursando para o povo: - “Grave seria se houvesse corrupção e houvesse a tentativa de jogá-la para baixo do tapete”? Um governante corrupto ou um corrupto governante, cego dos olhos do corpo e obtuso dos olhos do espírito? É preciso temer-lo, antes que miche-le tudo.

Plenários vazios

         Plenários do Senado e da Câmara federais vazios fazem pouca diferença quando cheios de cabeças vazias que esquecem que foram eleitos para cuidar dos problemas do Brasil, perdendo o precioso tempo para defenderem seus interesses particulares, às custas dinheiro do contribuinte.
         Se, pelo menos lhes fossem descontados os dias perdidos, dispensando, inclusive, o custoso aparato parlamentar que sustenta   as instituições, sendo transformadas em casas de Mãe Joana, refúgio de corruptos dilapidadores do erário público.
          Pelo contrário, em feriados prolongados, recessos e longas férias, os gastos aumentam com segurança para tentar impedir que espécimes similares penetrem os sagados recintos roendo a abundante e inútil papelada contendo milhares de processos  mofando no funda das gavetas dos parlamentares. Tão inúteis que mal serviriam para ascender fogueira de São João para iluminar a trilha de quadrilha encabeçada por políticos, atrás de votos de desprevenidos eleitores.
       Veja-se diálogo entre dois cavídeos, que conseguiram furar a eficiente vigilância: - Por onde vamos começar? – Pelas meias escondidas no funda das gavetas, que devem estar cheias de precioso manjar. Não se sabe o que quer dizer a expressão precioso manjar na linguagem da bicharada. Tal vês, queijo, diferente do sustento dos roedores humanos que rondam os cofres públicos.
         Percorri a História da Humanidade a procura de alguém que viesse em socorro do Brasil. Lá pelas tantas, entre 106 – 43 a.C. encontrei Marco Túlio Cícero, com fama de ter derrotado, com solene catilinária, Lúcio Sergio, o famoso crápula Catilina, que pretendia destruir a República Romana. Ao ser convidado a vir a Brasília para fazer igual discurso no Congresso Nacional para esconjurar a tropa de elite ali infiltrada tentando colocar abaixo a república tupiniquim, esquivou-se com a justificativa de que, se foi difícil derrotar um catilina, não ousaria enfrentar um exército deles armados de tanta corrupção, combatendo uma república fantasma que, segundo lhe informou Laurentino Gomes, nem sequer foi proclamada. Além do mais, aconselhou que, se necessário, procurássemos o candidato Luciano Huck com experiência em recuperação de lata velha.
        Lata velha, no caso, seria o Congresso carcomido pela ferrugem da corrupção.


Foro privilegiado

Com relação ao foro privilegiado, limitar ou não, o pecado fica do mermo tamanho ferindo a Constituição Federal com a mesma intensidade desde que, em seu Art. 5º prescreve que todos os brasileiros são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sem admitir qualquer exceção.  Os próprios constituintes de 1988 inocularam o vírus da inconstitucionalidade na Carta Magna ao admitir os artigos 53 e 86 estabelecendo desigualdades que vem gritando aos quatro ventos há quase 30 anos. Ou nossos legisladores não justiça enxergam um palmo à frente do nariz ou estão olhando o Brasil pelo retrovisor da História tentando enxergar o povo brasileiro cada vez mais distantes da realidade que constroem para si, como se habitassem no Olimpo dos deuses de portas fechadas, tentando não ouvir a voz do povo que clama por. 

Conscciência negra & conscieência branca

braamca
Depois de mais de seis anos da instituição do dia da consciência negra, a maioria do povo brasileiro, formada por negros e pardos, está suficientemente esclarecida quanto a igualdade de todos perante a lei conforme, teoricamente, estabelece a Constituição Federal. Quem sabe, a instituição do dia da consciência branca, a ser celebrado com o mesmo empenho, para   promover o encontro das partes, dando-se as mãos em busca de superação do preconceito que, infelizmente, azeda cá e lá. É saber aproveitar as variadas cores que compõem a nacionalidade brasileira, desenhando uma mesma camisa para o time entrar em campo de mãos dadas, para a conquista da decantada cidadania.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Defesa ?

A defesa do Ministério do Meio ambiente relativa a seus gastos,  longamente, publicada no Correio Braziliense (OPINIÃO, 02 de novembro), saliente-se, sem a assinatura do ministro, é passível de dúvida. Se é válido o princípio de que ninguém pode ser condenado sem provas contundentes de sua culpabilidade, igualmente sustentável que ninguém pode ser justificado com argumentos duvidosos. Sem pretender adiantar o mérito ou demérito da defesa do missivista incógnito do ministério, há de se questionar se os dados utilizados correspondem à verdade. Num governo que perdeu a credibilidade perante a opinião público, falsificando a verdade a torto e a direito, quem garante que os aludidos gastos publicados são verdadeiros? Se há de se colocar em dúvida a prestação de contas global de um governo, extremamente, perdulário e inconsequente, por que não de um de seus ministérios, colocado a seu serviço?