quarta-feira, 27 de julho de 2016

Calvície x carequice

Era de se esperar que o ministro da Justiça, com sua lustrosa calvície, estaria careca de saber da possibilidade de terroristas brasileiros estarem ameaçando as olímpiadas do Rio. É sintomático o fato de a FBI americana ter tomado a iniciativa de alertar o governo brasileiro mostrando, mais uma vez, em que pé se encontra o sistema de segurança nacional.

Arrependimento tardio


Tardio o arrependimento do ex-presidente Lula por ter emplacado a Dilma Rousseff como sua sucessora na presidência da República. Não contava que ela pretendia voar com as próprias asas, ainda que podadas pela incompetência, e sobretudo pela ganância do poder que costuma embriagar  incautos  e ambiciosos  que pretendem se tornar donos da pátria

Agonia

A frase “QUERO ACABAR COM ESSA AGONIA”, da presidente afastada Dilma Rousseff, soaria de bom senso se se referisse à agonia do povo brasileiro que já não aguenta mais tanto descalabros ocupando tanto espaço no Congresso Nacional e na mídia deixando os problemas do Brasil a deriva.

Impostos

Volta e meio o ministro da Fazendo Meirelles acena para o possível aumento dos impostos dizendo, inclusive, que o povo estaria disposto a aceitar o costigo, sem ter-lhe feito qualquer consulta. Porque, sempre, o pobre do contribuinte tem que pagar a conta? Porque não cobrar, com mais empenho, os bilhões surrupiados dos cofres públicos desde que já se conhece boa parte dos responsáveis pelos desvios que mesmo presos, continuam nadando sobre o que não lhes pertence? Cobrados com juros e correção monetária, certamente, saciarão a sede dos governantes sempre em cima dos contribuintes que já não aguentam mais tantos impost




sexta-feira, 22 de julho de 2016

Cassação (acertando o texto)

Maior vergonha é a dos parlamentares não terem vergonha de, eleitos pelo povo para trabalhar pelo Brasil, viverem gazeteando Brasil afora ganhando rios de dinheiro e gastando cascatas de verbas do suado contribuinte. É recesso para Carnaval, é recesso para Festas Juninas, é recesso para Olimpíadas, é recesso para Eleições, além dos recessos ordinários e as polpudas férias regulamentares. Quando fingem trabalhar, é porque inventam eternos processos para cassar algum colega pela maldita falta de decoro parlamentar, sendo que ladrão de galinha é julgado e condenado zás traz, sem meias nem peias, pelo roubo de uma galinha. No fundo, no fundo, os parlamentares, com raras exceções, estão todos faltando com o decorro parlamentar merecendo se auto processarem e  condenarem, por aceitarem tal situação.   

Cassação

A cassação de parlamentares preguiçosos, mentirosos, inúteis, corruptos deveria estar a cargo dos eleitores. Infelizmente, a arma do voto do povinho é sempre bem lubrificado pelos políticos que, no máximo, o municiam com balas de festim que, quando muito, os acariciam fazendo-lhes aprazíveis cócegas no caminho da vitória. uatro anos. Como a memória do povo é curta, os votoQuando o leitor se apercebe, já é tarde e tem que esperar mais qs serão, novamente, para eles, com a mesma lubrificação e munição.


Afago



Reajuste do  Judiciário, liberado pelo presidente interino Michel Temer, doce afago, mui pouco subtil,  sugerindo ao Judiciário maneirar no julgamento dos corruptos mal  disfarçados que habitam seu governo.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

João de Deus

Elizio Nilo Caliman - Brasília
Fui conhecer o médium João Teixeira de Faria, cognominado João de Deus, em Abadiânia -GO,  onde mantem uma obra que atrai milhares de devotos do Brasil e do exterior. Fui mais por curiosidade do que pela fé que, segundo o dito popular, transporta montanhas, além de milhares de crentes que buscam alívios para seus males de ordem física psicológica.
Não que não acredite na força da fé que, certamente, é recurso válido para a cura de inúmeros males de ordem psicossomática sem, necessariamente, atribui-la a intervenção sobrenatural, sob a etiqueta de milagre de acordo com a interpretação de certas tendências religiosas.  
Interprete-se o milagre como algo que acontece à revelia da Ciência a que, ainda, não foi dado conhecer os intrincados segredos da Natureza que são infinitos como infinito é o Universo onde age, naturalmente, a Divindade que com ele se confunde. Sem,porém, a necessidade de transgredir as próprias leis da Natureza. Nada de sobrenatural, portanto, numa realidade concebida em termos de umavisão autonomia em contraposição a uma heteronomia de dois universos, um sobrenatural e outro natural. Uma autonomia que conduza à teonomia que significa o encontro com a Divindade.
É dentro desse panorama que devem ser inseridos os fatos ditos miraculosos obrados por intermédio de João de Deus e semelhantes, agindo à sombra do espiritismo.
 As ciências, notadamente a parapsicologia , a partir do século XVIII, já explicam tais fenômenos como não sobrenaturais. A maioria do povo, porém, para a qual a Ciência, ainda, não conta como instrumento acessível em busca da verdade, vai a João de Deus e outros videntes em busca do tradicional milagre pregado por certas igrejas.
A força do pensamento, a ser traduzido em fé, é capaz de remover montanhas de entulhos psicológicos capazes de transformar a vida de um ser humano em um inferno. Porque, então, não utilizá-lo como forma de libertação de males espirituais e físicos?
Nesse sentido, sejam benvindos os João de Deus que, em boa fé, pretendem aliviar sofrimentos. Parece que o João de Deus em epígrafe tem consciência da realidade dos fatos quando recomenda, insistentemente, não abandonar a medicina tradicional, mas associá-la ao floral que prescreve para a cura espiritual.
Em lá chegando, tive a preocupação de entrar no ritmo imposto para quem adentra o ambiente. Fiquei sentado na sala de entrada, sem cruzar as pernas e os braços, durante mais de três horas, à espera de minha vez para passar pelo vidente.
O respeitoso silêncio de, nos meus cálculos, perto de quatrocentas pessoas que estiveram presentes era impressionante. De minha posição via através de uma porta, outro ambiente com dezenas de participantes sentados e imóveis em profunda meditação. Não havia como não ser convidado à meditação.
As atividades foram iniciadas com a realização de duas cirurgias, denominadas espirituais, realizadas pelo João de Deus que pude acompanhar a três metros de  distância: uma intervenção no olho de um paciente usando como instrumento um simples canivete; outra em uma paciente sendo-lhe introduzida pelo nariz uma vareta de uns 15 cm envolta em algodão  que, remexida, foi retirada, com esforço, apesentada ensanguentada aos presentes. Cada intervenção não durou mais do que uns 10 segundos.
 Durante todo o tempo locutora, vez por outra, convidava à reza do Pai Nosso, Ave Maria e Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, orações tradicionais do cristianismo.
 Finalmente, depois da longa espera, foi-me dado entrar no capela principal para passar pelo vidente. Sentado numa cadeira simples, rodeado de santos iluminados por refletores, os mesmos empestados das igrejas católicas, o medium  atendia a cada um com serenidade.
Ao dar-me a mão fez-me três perguntas: - De onde veio, onde nasceu, qual sua profissão. A dizer-lhe que era psicólogo e professor aposentado, apenas me sugeriu: - Sabe por que lhe perguntei a profissão?  Ele mesmo respondeu: -“Porque a profissão indica uma missão”. Esperava algo a mais, mas foi só. Ordenou a sua auxiliar que me entregasse um livreto intitulado “João de Deus, Fenômeno de Abadiânia”, e me fez sinal para seguir adiante.
Conduzido por um auxiliar, fui sentar-me com a recomendação de meditar de olhos fechados, braços e pernas descruzadas. Durante a meditação, suaves melodias de cantos religiosos, tradicionais do folclore religioso católico, emolduraram o ambiente.
Ao final, em ambiente aberto, no jardim, longa preleção de uma colaboradora dando os últimos esclarecimentos tais como:
- Quando atende os pacientes, não é o João que ai está. Encarna um espírito superior que fala em seu nome. Ao sair do local, não se lembra de nada do que ouviu, disse ou fez.
- Quem recebeu receita rabiscada num pedaço de papel (indecifrável ao recebedor), deverá procurar a farmácia local para comprar o floral de tratamento que durará 70 dias.
- Não se preocupe se não tiver tido tempo de expor seus problemas ao ter passado pelo vidente. O sapientíssimo espírito encarnado conhece tudo o que paciente planejou expor e pedir antes de lá chegar, dispensando sua interferência.
Pensei não ter recebido a tal receita, por isso não fui à farmácia para adquirir o remédio. Ao chegar em casa, abrindo o livreto que recebi, lá estava  o papelzinho com a receita em rabiscos impossíveis de serem decifrados. Como, realmente, não tinha a intenção de pedir qualquer graça, ficou por isso mesmo, na certeza de que o sapientísssimo espírito encarnado complete sua obra sem o remédio floral que, pelo visto, funciona apenas como simples placebo.
Perguntei a um dos colaboradores o significado das duas invasivas intervenções cirúrgicas. Explicou-me que são cirurgias espirituais que, ao serem dirigidos a determinados pontos do organismo, atingem outros pontos lesados por males ocultos.
Quem visita o local, principalmente ao entrar na livraria lá instalada, ao ver tão abundante literatura laudatória sobre a vida e obra do médium, tem a sensação de exagerado culto à sua personalidade. Interprete-se como anseio da natureza do ser humano sedenta de reconhecimento e, não raro, bajulação. Tal fato, porém, não deslustra os méritos da obra mantida pelo vidente e seus auxiliares.  Tudo parece indicar a boa fé, tanto do vidente, como do séquito de colaboradores, trabalhando em beneficio de milhares de almas sofredoras e carentes, em busca de alívio de seus sofrimentos físicos e espirituais. A tranquilidade, a gentileza e o constante sorriso nos lábios dos colaboradores, sem dúvida, parecem refletir tal realidade.
A caminho de retorno para Brasília, a psicóloga ao volante fez-me retornar à meditação: - Sair de um ambiente tão confortante, de paz e tranquilidade vivido em Abadiânia, e ter que enfrentar descomunal engarrafamento no trânsito, a ponto de perder o horário para atender a um paciente, é o contraste que a vida moderna pontuada de estresse nos oferece.






domingo, 17 de julho de 2016

Terrorismo

Não pretendendo ser ave de mau agouro, há de se ser realista com relação à possibilidade de atentado terrorista durante as olimpíadas do Rio de Janeiro. Em se tratando de um evento internacional envolvendo centenas de nações, a obsessão destrutiva da organização terrorista não perderia a chance de um ato dessa natureza, desde que as condições lhe sejam favoráveis. Tudo dependerá do preparo da polícia para sabotar qualquer tentativa nesse sentido. Se as polícias de outros países do primeiro mundo, inegavelmente, bem aparelhadas, não têm conseguido tal proeza, será que a brasileira estaria em condições? A rigor, a segurança das olímpiadas, como organização internacional, mereceria ser garantida por uma organização policial internacional, numa ação conjunta com a nacional, especificamente treinada para o evento.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Paródia (completando)

               Parodiando Abraham Lincoln

Os corruptos e corruptores do Brasil podem enganar um juiz do Supremo Tribunal Federal por muito tempo; alguns por algum tempo; mas não conseguem enganar a todos o tempo todo.

Variedades políticas

1.                 Parodiando Abraham Lincoln
Os corruptos e corruptores do Brasil podem enganar um juiz do Supremo Tribunal Federal por muito tempo; alguns por algum tempo; mas não conseguem enganar
2.                Infeliz oportunidade
Infelizmente, o momento tão turbulento da vida nacional é o mais apropriado para a realização das olimpíadas no Brasil. Serve para mostrar ao mundo a realidade que o Brasil está vivendo, em consequência de tanta corrupção que avassala a economia, que o  governo tenta camuflar impedindo mostrar o que o Brasil seria capaz de realizar  em circunstâncias normais.  Passada a copa do mundo e terminadas as olimpíadas, espera-se que os causadores de tanta decepção infligida ao povo brasileira estejam na cadeia permitindo o recomeçar de vida nova de acordo como os parâmetros de uma nação civilizada.
3.                Carnaval... com dinheiro do povo
Nenhuma novidade dinheiro em propina para o carnaval. Isso já acontece desse que foi inventado a maior alegria do povo brasileiro. Outras formas de divertimento estão sendo invadidas pelos corruptos em busca de apoio eleitoral. Casamentos, shows de artistas, festas juninas. Para político corrupto, tudo é motivo para gastar dinheiro e tempo precioso que deveria ser utilizado para trabalhar para o Brasil. Tudo por conta do Ministério da Cultura.
4.                Para os anais da História
Quanto ao estilo literário, esplendorosa a peça oratória lida pelo advogado da presidente Dilma, Jose Carlos Cardoso, em defesa de seu mandato na Comissao Especial do Impeachment no Senado Federal, fingindo ler algo escrito por Dilma. Difícil imaginar que a presidenta tivesse a capacidade de redigir tal discurso que desafina, totalmente, com seu estilo nada literário, muito menos em subsância. Ao pedir a redação de tal discurso, a ser lido pelo próprio redator, a presidente, apenas, pretendeu livrou-se de ferinas arguições de adversários na comissão. O discurso tentou repetir e provar, por boca alheia, sua inocência, sobejamente batida e rebatida no decorrer de discussões anteriores. Foi tiro de pólvora sem munição, de efeito histriônico.
5.                Lição bíblica
Sugestiva a propaganda da nova série bíblica, A TERRA PROMETIDA, veiculada pela Rede Record, mostrando a queda de Jericó, ao som de trombetas: “Esta foi derrubada no grito.” Deus queira que o povo brasileiro, portando bandeiras pelas ruas e praças, ao som de panelaços, consiga fazer ruir os grossos muros da cidadela que esconde os corruptos instalados no poder, tentando afundar o Brasil no precipício.
6.                A história se repete
A história se repete com o mesmo refrão: não renuncio, em hipótese alguma, até o momento extremo quando percebe que o poder lhe escapa, irremediavelmente, entre os dedos. Aconteceu, por exemplo, com Renan Calheiros que retornou a seu posto, outrora renunciado, e irá repetir com outras ilustres personalidades da República Tupiniquim que, embriagadas pela grandeza do assento, sentem-se donos do poder. Ainda não convencido de que estaria na hora de assinar o epílogo sua conturbada história, Eduardo Cunha pretende, ainda, fazer outros capítulos para enfeitar sua controvertida biografia, sempre, é claro, dizendo que é para o bem do Brasil! (A GANDEZA DE CUNHA, 13 de julho).
7.                Pedalando sem assinatura
Se a presidente Dilma não pedalou pessoalmente, não deixando vestígios digitais nas pedaladas, fê-lo por meio de seus auxiliares devendo assumir a responsabilidade pela omissão. No caso, quem cala consente. Observe-se que a defesa do advogado José Eduardo Cardoso, dizendo que Dilma “merece uma absolvição sumária” é contraditória, desde que o dicionário registra absolvição como o ato de perdoar. Quem não cometeu pecado não carece de absolvição mas, sim, de reconhecimento de inocência.
8.                No grito
Se o general Josué da Bíblia conseguiu derrubar a muralha de Jerico no grito de seu exército ao som das trombetas, porque não esperar que o povo brasileiro em praça pública, também no grito e ao som de panelaços, faça ruir as muralhas da cidadela da corrupção que protege a camarilha que tenta levar o Brasil ao fundo do poço?
9.                O oráculo da presidenta
Quanto ao estilo literário, foi esplendorosa a peça oratória lida pelo advogado Jose Carlos Cardoso da presidente Dilma em defesa de seu mandato na Comissao Especial do Impeachment no Senado Federal, fingindo ler algo escrito por Dilma. Difícil imaginar que a presidenta tivesse a capacidade de redigir tal discurso que desafina, frase por frase, com seu estilo nada literário. Ao pedir a redação de tal discurso, a ser lido pelo próprio redator, a presidente, apenas, pretendeu livrar-se de ferinas arguições de adversários na comissão. O discurso tentou repetir e provar, por boca alheia, sua inocência, sobejamente batida e rebatida no decorrer de discussões anteriores. Foi tiro de pólvora de efeito histriônico, sem munição.


domingo, 3 de julho de 2016

Trocando de camisa

Vem sendo reconfortador perceber que ministros do Supremo Tribunal Federal, inicialmente nomeados com o objetivo subliminar de defender o governo em suas pedaladas, com o tempo vieram demonstrando independência no combate à corrupção. Estranhe-se, contudo, a atitude do ministro Dias Toffoli ao revogar a prisão de Paulo Bernardo, preso por ter recebido 7 milhões de  propina pelo desvio de 100 milhões pertencentes aos servidores públicos. Mais estranha a justificativa do ministro: a prisão causou constrangimento legal ao nobre ex-ministro, como se outros malfeitores presos não sentissem o mesmo constrangimento. É constrangedor, sim, que tal sentimento não seja levado em conta quando se trata de ladrão de galinha desempregado que subtrai a penosa para dar de comer aos filhos.

Bolsa familia

Até que a presidente Dilma pretendia ser mais comedida ao propor o aumento de 9% de aumento para a bolsa família. O presidente interino Michel está sendo bem mais dadivoso decretando 12%. Provavelmente a presidente teria perdido a esperança do apoio dos beneficiários. O presidente Michel, por sua vez, está com a esperança de ter seu apoio para se sustentar na presidência. Esquece, porém, os mais de 26 milhões de aposentados pelo INSS que vem tendo seus proventos achatados pelo fator previdenciário transformando sua vida num pesadelo. Mal percebe ele que tal contingente, se conduzido com inteligência, pode dar muito trabalho a qualquer governo. Só falta as letárgicas entidades representativas dos aposentados acordarem essa maça latente em busca de seus direitos delapidados.

Elizio Nilo Caliman