Cada poder da
República, com a independência que lhe é outorgada pelo Art. 2º da
Constituição, constrói a harmonia que lhe convêm. Os membros do Congresso Nacional são eleitos
pelo povo para comporem o poder Legislativo com a responsabilidade fazer as
leis que devem reger a nação. O chefe do poder Executivo os devia de suas
funções legislativas nomeando-os ministros de estado, membros do Judiciário, e
para outros tantos altos cargos da República, com subliminar intenção de lhes
cooptar o apoio em suas operações administrativas, nem sempre republicanas.
Para confirmar o fato, exemplo claro, vergonhoso e escandaloso, no momento em
que a Câmara Federal vai votar eventual autorização para o STF processar o alto
mandatário do executivo, o presidente Temer licencia seus ministros,
originariamente, parlamentares, para voltarem a suas cadeiras de origem para
lhes darem sustentação. Horas depois estarão de volta a seus postos ostentando
a bandeira de esdrúxula harmonia, forjada à sombra da corrupção com a tessitura
de mil fios de vis propinas e outros tantos cargos, ostensivamente,
aliciadores.
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