terça-feira, 3 de outubro de 2017

1.     À luz da Psicanálise, estupradores do tipo de Roger Abdelmassih e Antônio Carlos Santos, multi reincidentes e, imprudentemente, colocados em regime de prisão domiciliar, com sérias ameaças à sociedade, seria mais acertado interna-los em manicômio tendo em vista que seus atos são praticados sob pressão de forças psicológicas incontroláveis que, a rigor, os tornaria  inimputáveis, à semelhança dos assassinos que nos Estados Unidos  vêm metralhando populações indefesas, também, premidos por diferentes forças que fogem à própria capacidade  de controle.

2.     A declaração do general Mourão sugerindo a possibilidade de uma intervenção militar na caótica situação em que se encontra o governo do Brasil, discursos de todos os matizes, que se dizem de direita, de esquerda ou de centro, encharcam a mídia questionando a legalidade e a constitucionalidade de tal ação, numa exuberante manifestação de liberdade de expressão. Vai-se ao Art. 142 da Constituição Federal que reza: - “As forças Armadas... destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Consultem-se abalizados juristas que, unanimemente, afirmam que a jurisprudência brasileira, ainda, ainda não chegou a uma interpretação definitiva com relação à citada matéria constitucional. Ponto crucial: a necessidade de autorização do qualquer dos poderes constitucionais. No caso em epigrafe, como conseguir tal autorização se os três poderes da República estão chafurdados na lama da corrupção? Leigo no assunto  mas cidadão interessado e bem ligado, dou meu palpite:  distingam-se duas partes na ação prescrita para as Forças Armadas – primeiramente, “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais”, obviamente, quando agindo de acordo com a Constituição e, em segundo momento, para a “manutenção da lei e da ordem” aqui, sim, com a autorização de qualquer dos poderes restaurados ou em via de restauração.
3.     Dependendo das circunstâncias, nem sempre o ideal é o melhor. Os que advogam a liberdade para Lula se candidatar à presidência em 2018, para demonstrar que não tem o apoio popular que alardeiam seus apaniguados, teria sentido se nosso processo eleitoral tivesse a transparência necessária para um julgamento dentro da legalidade. É provável que boa parte do povo brasileiro, ainda, não se apercebeu quer está sendo conduzido por um líder, ainda que inconteste, porém, sem moral e sem ética, defendendo o poder com a compra de apoio via propinas. A própria bolsa família, foi transformada em mini propinas mensais que, multiplicadas por muitos milhões de favorecidos, virou uma mega propina de fazer inveja aos mais aquinhoados pelo mastodôntico propinoduto instalado no governo pelo ex-presidente. Mais uma vez, sem uma justa reforma eleitoral, o Brasil correria o risco de ter na presidência quem o conduziu ao estado falimentar em que se encontra, se permitida sua candidatura.
4.     Não será pela falta de água nos reservatórios Brasil afora que a Lava-Jato vai ser desativada. A operação não é acionada pelo solvente universal H2O, mas pelo poderoso solvente social ME, Moral e Ética, infelizmente, esquecido pelos políticos no fundo do reservatório da consciência nacional.
5.     O grande dilema do Poder Judiciário, representado pelo STF: se mexer na m. vai feder ainda mais, se não mexer, o Brasil vai afundar. Que não prevaleça, como mais importante, tentar salvar a reputação de seus componentes, que já anda pelas beiradas da ineficiência perante a opinião  púbica.
6.     Incrível a opinião de autoridades americanas afirmando que é prematuro pensar em mudar a lei de venda armas à população. “Mutatis mutandi, é o mesmo que o Brasil está fazendo permitindo que reincidentes estupradores continuem soltos, em questionável prisão domiciliar, colocando em previsível risco a sociedade brasileira.
7.     Estranho que a Procuradora Geral Raquel Dodge pretenda ouvir o presidente Temer quando já o fez, clandestinamente no escuro da noite, várias vezes antes de sua posse no cargo. O que mais haveria a confabular com o presidente, duas vezes indiciado por corrupção pelo seu antecessor Rodrigo Janot e cujo processo, ela mesma, recomendou fosse encaminhado à Câmara Federal?


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