segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Ter-se-á que recorrer ao sábio adivinho cego da mitologia grega Tirésias para desvendar o mistério da modernidade tupiniquim, que atormenta o povo brasileiro, armando no tripé: Selic, inflação e preços. Enquanto a Selic despenca em direção do fundo do mar e o governo diz que a inflação está sob controle, os preços, empurrados pela subida estratosférica dos combustíveis, não recuam um centavo, ameaçando furar as nuvens. Onde está o mistério, se, na lógica republicana, os três elementos deveriam andar de mãos dadas em busca do bem estar do povo, respeitando o princípio pétreo da igualdade de todos os brasileiros, sem distinção de qualquer natureza? Seria a nova versão do enigma da esfinge da mitologia grega, postada na porta da cidade de Tebas, ameaçando e matando os viajantes que não conseguiam resolver o enigma, prometendo: “Ou decifra-me, ou te devoro?” Estaria, hoje, a esfinge postada às portas da pátria brasileira, estrangulando cada passante tupiniquim que não consegue entender a louca mecânica do enigma assim enunciado: - O que é que, de manhã despenca para o mar, ao meio dia promete maravilhas e à tarde massacra o povo tupiniquim, que se arrasta com sede e fome de justiça? Ou teremos que esperar que apareça um novo Édipo rei, capaz de desvendar o enigma, explicando sua estrambelhada mecânica, colocando a esfinge a correr, para começar a reconstruir o Brasil?

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