domingo, 24 de dezembro de 2017

Fala o leitor

Ao ler jornais e revistas, começo sempre, pela sessão Opinião, onde os leitores expressam seus pensamentos sem subterfúgios a serem encobertos com segundas intenções. Divirto-me, até, com casuais divergências, fruto da liberdade de expressão que, ainda, é-lhes permitida. Depois, vou as primeiras páginas para tentar desvendar os mistérios encobertos pelo filtro da malandragem, pintando as manchetes com cores mais ao sabor de desprevenidos leitores. A página Opinião dos Leitores, normalmente, vem ilustrada por hilariante cartum que, até, a bicharada que, antigamente, quando era-lhes permitido falar, mandava seu recado por mio de sábias fábulas, hoje prudentemente calada, se desdobra em homéricas gargalhadas, ao presenciar as fanfarronices, presepadas, palhaçadas, denunciando a involução do homo sapiens, quando empalhado pelo inebriante e ofuscante poder que anula a força da razão, levando-o a rastejar, arrastado pela onda da corrupção cuja fetidez não mais é-lhe sentida.

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