quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Plenários vazios

         Plenários do Senado e da Câmara federais vazios fazem pouca diferença quando cheios de cabeças vazias que esquecem que foram eleitos para cuidar dos problemas do Brasil, perdendo o precioso tempo para defenderem seus interesses particulares, às custas dinheiro do contribuinte.
         Se, pelo menos lhes fossem descontados os dias perdidos, dispensando, inclusive, o custoso aparato parlamentar que sustenta   as instituições, sendo transformadas em casas de Mãe Joana, refúgio de corruptos dilapidadores do erário público.
          Pelo contrário, em feriados prolongados, recessos e longas férias, os gastos aumentam com segurança para tentar impedir que espécimes similares penetrem os sagados recintos roendo a abundante e inútil papelada contendo milhares de processos  mofando no funda das gavetas dos parlamentares. Tão inúteis que mal serviriam para ascender fogueira de São João para iluminar a trilha de quadrilha encabeçada por políticos, atrás de votos de desprevenidos eleitores.
       Veja-se diálogo entre dois cavídeos, que conseguiram furar a eficiente vigilância: - Por onde vamos começar? – Pelas meias escondidas no funda das gavetas, que devem estar cheias de precioso manjar. Não se sabe o que quer dizer a expressão precioso manjar na linguagem da bicharada. Tal vês, queijo, diferente do sustento dos roedores humanos que rondam os cofres públicos.
         Percorri a História da Humanidade a procura de alguém que viesse em socorro do Brasil. Lá pelas tantas, entre 106 – 43 a.C. encontrei Marco Túlio Cícero, com fama de ter derrotado, com solene catilinária, Lúcio Sergio, o famoso crápula Catilina, que pretendia destruir a República Romana. Ao ser convidado a vir a Brasília para fazer igual discurso no Congresso Nacional para esconjurar a tropa de elite ali infiltrada tentando colocar abaixo a república tupiniquim, esquivou-se com a justificativa de que, se foi difícil derrotar um catilina, não ousaria enfrentar um exército deles armados de tanta corrupção, combatendo uma república fantasma que, segundo lhe informou Laurentino Gomes, nem sequer foi proclamada. Além do mais, aconselhou que, se necessário, procurássemos o candidato Luciano Huck com experiência em recuperação de lata velha.
        Lata velha, no caso, seria o Congresso carcomido pela ferrugem da corrupção.


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