Contendores às honras dos altares do Cristianismo, aguardam as
preces de devotados admiradores, precisando de socorro contra descomposturas da vida.
Lá no fundo de um casebre, mãe abraçada ao filhinho ameaçado de ser ceifado por
mal incurável, já previsto e confirmado pela medicina. Parentes e amigos, numa
cruzada de orações, cada um invocando seu santo preferido, já entronizado no
altar ou a caminho de sua canonização, acionam o além, movendo céus e terra a
favor da inocente criança, sobrevindo a cura, confirmada por novo exame médico,
adrede recomendado. O advogado do diabo, há de questionar: - Qual santo terá
sido o interventor perante o Altíssimo, a conseguir tal prodígio? Um dos
antigos, mais tarimbado, ou um dos novos pretendentes? Precisaria convocar a
Divindade e o santo, como testemunhas, para esclarecer os fatos, o que jamais
foi feito. Milagre? O que seria o
milagre? Algo misterioso, sempre possível de acontecer, fruto de forças ocultas
da natureza, que a Ciência, ainda, não explica, sem a necessidade da
interferência de uma divindade, mudando as leis, já sabiamente postas, que governam
o universo?
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