Andava o escrevente pela praia da vida, a procura de alguém que lhe explicasse o porquê
do “escrever ou não escrever”. Estendido na areia branca, olhos fitos no
infinito, um profeta dizia aos passantes: “Finalmente,
há os que escrevem por uma necessidade interna. Esses expressam o que é divino
– não importando sobre o que escrevam”. Passei adiante, sem dar-lhe importância. Mais adiante topei com bloco
carnavalesco sambando e cantando, rua a fora: - “Hi! Deixa que digam, que pensem, que falem. Deixa isso prá lá. Vem pra cá. O que é que tem? E eu não
tô fazendo nada, nem você. Faz mal bater um papo, assim gostoso com alguém?”
Foi ai que me dei conta de que passara por profeta tupiniquim, representado por
alguém, vindo lá do fim do mundo, pedindo para ser chamado Francisco.
Elizio Nilo Caliman
luxinverbo.blogspot.com.br
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