sábado, 12 de outubro de 2019

Casnonização



Justo que se coloque a baiana irmã Dulce nos altares não, apenas como exemplo de virtudes para os católicos romanos, mas para o mundo em busca das dores da humanidade, sem distinção de credos. Alguma reservas, porém, com relação a algumas colocações de Adriana Dias Lopes em -  MENOS FIÉIS, MAIS SANTOS (16 de outubro). Não soa justa a interpretação de canonizações como instrumento de proselitismo no combate ao crescimento de outras crenças. Pelo menos no caso do papa Francisco que caminha por outras vias. Soa contraditória a doutrina de que os santos são erigidos intercessores da humanidade perante Deus, o que contaria o ensinamento do mais citado e acreditado, e tido infalível, escritor sagrado, o apóstolo Paulo, que insiste: Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus, Homem” (1Tm 2:5). Daí a impropriedade de se exigir milagres, post mortem, para comprovar a santidade, pois, frequentemente, se fosse o caso, impossíveis de serem personalizados, diante de que outros santos teriam sido invocados por outras pessoas circunstantes aos miraculados. Para canonização, vale os milagres feitos durante a vida, representados por suas obras, independente de crença religiosa.. O próprio Jesus, nas bodas de Caná, desautorizou a intercessão de sua mãe ao responder-lhe - “Mulher, o que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (Jo 2:1). Se, em seguida fez o milagre, não foi por intercessão de Maria mas por ter chegado sua hora.


Luxinverbo.blogspot.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário