Justo que se coloque a baiana irmã Dulce nos altares não, apenas
como exemplo de virtudes para os católicos romanos, mas para o mundo em busca das
dores da humanidade, sem distinção de credos. Alguma reservas, porém, com
relação a algumas colocações de Adriana Dias Lopes em - MENOS FIÉIS, MAIS SANTOS (16 de outubro). Não
soa justa a interpretação de canonizações como instrumento de proselitismo no
combate ao crescimento de outras crenças. Pelo menos no caso do papa Francisco
que caminha por outras vias. Soa contraditória a doutrina de que os santos são
erigidos intercessores da humanidade perante Deus, o que contaria o ensinamento
do mais citado e acreditado, e tido infalível, escritor sagrado, o apóstolo
Paulo, que insiste: Porque há um
só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus, Homem” (1Tm
2:5). Daí a impropriedade de se exigir milagres, post mortem, para comprovar a
santidade, pois, frequentemente, se fosse o caso, impossíveis de serem
personalizados, diante de que outros santos teriam sido invocados por outras
pessoas circunstantes aos miraculados. Para canonização, vale os milagres
feitos durante a vida, representados por suas obras, independente de crença religiosa.. O próprio Jesus, nas bodas
de Caná, desautorizou a intercessão de sua mãe ao responder-lhe - “Mulher, o
que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (Jo 2:1). Se, em
seguida fez o milagre, não foi por intercessão de Maria mas por ter chegado sua
hora.
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