1. Sinistra a ideia de bandeira da
segurança nacional nas mãos de Temer que mantem o Brasil num estado de
insegurança política de assustar a nação brasileira. É evidente que tal slogan,
subentendido no discurso de Temer, tem como objetivo final sua continuidade no
poder junto com sua tropa de choque. Chega tarde para dizer que o futuro
Ministério Extraordinário da Segurança Pública “vem para evitar que a escolada
da violência se alastre pelo pais” quando, tudo indica, já é endêmica Brasil
afora. Enquanto o general Braga Netto, distrai o Brasil como a questionável
intervenção na segurança do Rio de Janeiro, Temer despe outros ministérios para
vestir outro santo que nasce sem roupa com um novo ministro adrede preparado,
para mais apoio nos seus distorcidos afazeres políticos.
2.
Mil encômios
ao general Braga Neto, enaltecido como homem de tantas prerrogativas, de
excepcional preparo para exercer qualquer missão para ajudar a salvar o Brasil,
menos para executar uma intervenção militar, de inédita experiência, para
garantir a segurança do estado do Rio de Janeiro. Vai colocar em risco a
própria honradez pondo em confronto os princípios, com que construiu sua
brilhante carreira circense, com as espúrias e mal disfarçadas intenções de um
Temer, tentando manter-se seguro no poder a qualquer preço, ainda que seja às
custas da segurança nacional.
3.
A
verborrágica, longa e enfadonha entrevista do ministro da Justiça Torquato
Jardim ao Correio é a cabal demonstração de que a improvisada intervenção no
Rio de Janeiro tende a se transformar num factoide de consequências
imprevisíveis. Coloca-se nas mãos do interventor um canhão capaz de destruir
meio mundo, quando Enão se sabe distinguir quem é quem, colocando em risco uma
sociedade inteira, sem se prever onde e como vai acabar essa guerra. Em vez de
perder tempo tentando explicar o que, ainda, não tem explicação, fariam melhor
nossos governantes que se recolhessem para planejaram a ação com mais cuidado,
sem se exporem ao ridículo de tentar enganar a nação brasileira com explicações
repletas de incoerências e subterfúgios inconsequentes.
4.
Está, agora,
o governo atrás de recursos, inclusive, pensando em criar mais impostos, para
viabilizar a intervenção federal no Rio de Janeiro. É sobejamente sabido que
muitos bilhões de reais, entre eles a serem destinados à segurança do estado,
foram desviados para os bolsos de, agora presos, governantes corruptos, durante
várias gestões anteriores. Porque não ir atrás desse dinheiro que, se feito a
tempo, já poderia ter sido reavido e aplicado na segurança pública, nas mãos
das forças policiais do estado, mais preparadas para a missão, dispensando o
factoide da intervenção cujos Inventores estão mais perdidos do que baratas em
pardieiro dedetizado, sem saber que rumo tomar. Com um canhonaço nas mãos, não
conseguem divisar para que lado atirar. Ou será que o roubado no Brasil tem que
ir, irremediavelmente, para fundo perdido?
5.
A quem vinha
observando, de uns anos para cá, a tênue reação do povo brasileiro, diante da
corrupção, tinha a impressão de que a consciência popular vinha, aos poucos,
definhando. Ligeiros espasmos em carnavais passados pareciam mais estertores de
quem estaria a caminho da morte. No carnaval 2018, o estouro contra corrupção,
dominando, praticamente, todas as manifestações populares, mostraram que a
consciência do povo brasileiro está mais do que viva e acordada. Quem está
dormindo são os políticos que, ainda, não acordaram para a realidade.
6.
A profissão
mais facilitada, hoje, no Brasil é a do chargista. A matéria prima produzida
pelos políticos é tão incomensurável que já não mais cabe nos meios de
comunicação. Há de os piadistas estarem, porém, atentos para piadas, de tão
politicamente pornográficas, que merecem um beque da censura por chegarem a
furar os tímpanos dos ouvidos, por menos exigentes que sejam. De tanto
gargalhar, os leitores, ouvintes e expectadores acabam perdendo o sentido da
vida, sentindo-se no pais das maravilhas da Alice, cantando com os sete anões
em homenagem a Banca de Neve, esquecendo que isso foi, apenas durante uma
noite, tendo que acordar para a
realidade ao nascer do Sol.
7.
É lamentável
que, justamente, na área da saúde, alguma chefia não tenha o mínimo preocupação
com a saúde, tanto física e, pincipalmente, psicológica, dos servidores
submetendo-os a um desumano regime de pressão que os leva a um estado
estressante, a ponto de colocar sua personalidade em frangalhos. O pouco que se
aprende de psicologia nos cursos de formação não consegue despertar-lhe a
mínima atenção com relação à individualidade de cada profissional que, por
circunstâncias diversas, inclusive, desencadeadas pelo próprio ambiente
estressante, teriam que ter tratamento diversificado. No final, são tratados como bagaço a ser
devolvido imprestável à sociedade, de onde saíram para servir à comunidade,
recebendo em troca, no mínimo, o esquecimento.
8. Quando juízes, que seriam os encarregados de fazer valer o
preceito constitucional de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza”, ameaçam parar se o STF cortar o privilégio auxílio
moradia, é sinal evidente de que o Brasil está longe de frear a disparada na
percepção da corrupção mundial colocando-o na vergonhosa marca do 96º posto no
ranking global dos países mais corruptos do planeta.
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