No dia 24
de novembro, celebrou-se o 150º ano do nascimento do pintor francês expressionista
e litógrafo Henri de Toulouse-Lautrec (1864 – 1901). Passou os últimos anos de
sua breve existência pintando e litografando a vida boémia do bairro Montmartre em Paris. Morreu com
sífilis e alcoólatra aos 36 anos de idade.
Para a
Psicologia e a Psiquiatria, a análise da tumultuada vida de Toulouse pode
suscitar lições proveitosas, especificamente no que toca ao problema da
consciência humana.
Enquanto
o pai da Psiquiatria, Sigmund Freud, (1853–1939) contemporaneamente, tentava
descobrir os segredos do inconsciente humano e as deletérias consequência de
seus conteúdos sobre a personalidade do indivíduo, a vida artística de Toulouse
se desenrolava marcada por problemas inconscientes que teriam definido o estilo
e o destino de suas obras e de sua própria vida.
Consta em
sua biografia que, na infância, em duas circunstâncias diferentes, Henri
Toulouse quebrou os dois fêmures o que interrompeu seu crescimento normal
tornando-se, praticamente, anão.
Os
estudiosos da vida e obra de Toulouse observam que “seu estilo transgredia as
proporções anatômicas e as leis da perspectiva”. Não seriam essas atitudes
formas inconscientes de manifestar a não aceitação de sua realidade corpórea?
Sua morte
prematura, não poderia ser traduzido como um protesto inconsciente, contra o
que o destino lhe aprontou por ter-lhe apequenado a imagem diante do espelho?
Visto por
outra perspectiva, o fato de ter-se tonado um grande pintor impressionista
mundial, pode ser interpretado como forma de superação por meio do mecanismo de
compensação largamente estudado pelo mestre da Psiquiatria. Teria Toulouse se
tornado famoso como pintor, tivesse seu desenvolvimento físico se completado
tornando-se ser humano normal? Que outras perspectivas se poriam diante de
Toulouse se a Natureza não lhe tivesse sido fisicamente tão madrasta?
São
perguntas que a Ciência, ainda, não consegue responder, pelo menos, enquanto
persistir o conceito de vida que se convencionou encerrada entre o nascimento e
a morte de cada indivíduo.
Quem
sabe, essas perguntas sejam respondidas se um dia se comprovar e admitir uma
teoria a guisa de reencarnação que daria ao indivíduo a chance de se repetir
dando passos para sua evolução e aperfeiçoamento circundada pela teoria da
evolução das espécies defendida por Darwin.
Dentro de
tal concepção, a ação das ciências psicológica e psiquiátrica se alagaria no
estudo de indivíduos se repetindo e evoluindo em diferentes estágios, em
circunstâncias e ambientes diferentes, com a possibilidade de melhor explicar
seu comportamento encerrado dentro de cada estágio da vida rumo a um eterno
aperfeiçoamento. A evolução dependeria das intenções de cada indivíduo inserido
num único Universo infinito em que habita a divindade, igualmente infinita e
eterna.
👏👏👏👏👏 Muito bom! ! Gabarito pra escrever um livro sobre o assunto! !
ResponderExcluir