As maiores dificuldades do papa Francisco para
levar adiante suas intenções de trazer a igreja para o mundo da modernidade,
tirando-a de multissecular estagnação, são geradas a partir da esclerosada
Cúria Romana, comandada por elementos ultraconservadores, preocupados mais em se
manterem nos cargos, defendendo privilégios. Urge uma reestruturação da
instituição para ser adaptada aos novos tempos, começando pela Congregação para
a Doutrina da Fé, herdeira da Inquisição. Desde que o papa Francisco liberou a
consciência dos fieis para a dúvida em questões de fé, ao dizer: - “Todos
experimentamos extravios, incertezas, dúvidas. Quem não experimentou? Todos, eu
também. Faz parte da fé”, não tem sentido uma congregação encarregada de vigiar
e perseguir questionadores ou descrentes aos quais, supostamente, não lhes foi
dado o dom da fé. A não ser que se lhes
dê melhor orientação filosófica, em busca da verdade.
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