Toda estatística pode ser faca de dois gumes, dependendo da
intenção do operador e/ou a técnica utilizada para colher os dados que a
produziram, para conferindo-lhe confiabilidade. Ao comparar os custos da
manutenção do sistema real da Inglaterra, cerca de R$300 milhões de reais
anuais, com os custos da Presidência da República brasileira, mais de
1.000.000.000,00 (um trilhão de reais), o órgão de imprensa, que debatia o tema,
ainda que com boa intenção, teria que levar em conta elementos, de ambos os
lados, necessariamente a serem somados. Por exemplo, com relação à Inglaterra,
os custos da sustentação do primeiro ministro, necessário por sua efetiva
atuação; no Brasil, os custos com o vice-presidente, frequentemente, figura
decorativa, com extravagante estrutura palaciana, cuja função de substituir,
eventualmente, o Presidente, pode ser exercida, sem custos e prejuízo, pelo
presidente do Congresso Nacional, ou quem por ele. Isso tudo,
para maior objetividade e, provavelmente, confirmação das conclusões desairosas,
pesando contra o Brasil. Se os custos, de ambos os lados são justificáveis ou
não, é outra questão, a ser estudada.
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