O Art. 2º da Constituição estabelece os dois princípios pétreos de um
governo republicano, a ser exercido sob o regime democrático: independência e
harmonia entre os três poderes. Como conceber a independência quando, volta e
meia, um poder interfere no outro? Terminada a eleição, o executivo avança sobre
o Legislativo, atraindo para seu ninho os melhores eleitos para legislar, sendo
substituídos por insignificantes e desconhecidos suplentes; o Judiciário sendo
provido de elementos de livre escolha do Executivo, compromissados na defesa do
chefe maior. Como conceber harmonia, no caldeirão de conchavos, confundindo
política com politicagem, que só acontece nas sombras das vantagens pessoais,
deixando que se dane o povo que os elegeu? Se pretender generalizar, a geração
dos que estão aí fingindo governar o Brasil, não tem mais o que dar, do que já
deram, pouco para o bem e muito para o mal. Faço coro com a escritora chilena
Isabel Allende, referindo-se a vários países sul americanos: - “Espero que
expoentes talentosos da atual juventude cheguem logo ao poder, aposentando
líderes que já deram inúmeras provas de estar ultrapassados”.
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