O tema – O chamado do Pai,
Religião é política (Carta Capital, edição desta semana), merece alguns reparos,
não quanto a seu conteúdo mas quanto à filosofia do Centro Dom Bosco. Para quem
conhece, profundamente, São João Bosco, a instituição tende a apresenta-lo sob
um prisma que não corresponde a sua realidade. A política do santo sempre foi a
do Pai Nosso, longe da politicagem que persegue o dinheiro e o poder. Do pouco
que conseguia arrecadar dos benfeitores, era, religiosamente, destinado às
obras de caridade e educação dos jovens. Se a próxima meta é o Carnaval, que
não seja para ataca-lo e deprecia-lo, ainda que precise de alguns reparos, com relação
à administração, nas mãos dos bicheiros. É bom lembrar que Dom Bosco, na
juventude, foi exímio saltimbanco, atraindo e tirando da rua crianças e
adolescentes, a caminha da criminalidade. Nada melhor palco, para exímios
carnavalescos, do que os sambódromos para, durante uma semana, enxerem os olhos
do povo carente de sã diversão, onde não se ouve falar de criminalidade.
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