Excelente o artigo de Adriana Dias Lopes (O papa por ele mesmo, Veja, 25 de novembro) fazendo fiel retrato do papa Francisco em direção a uma são modernidade. À margem do pensamento expresso pelo papa, cabem algumas observações. Por mais que não o diga, subliminarmente, pode se interpretar o pensamento questionando posicionamentos divergentes, dogmaticamente estabelecidos pela Igreja. Senão vejamos: ao dizer que “O homossexual é filho de Deus e tem direito de formar família”; “A separação de um casal pode se tornar moralmente necessária quando se trata de defender o cônjuge mais fraco e os filhos pequenos” e ; em outro contexto, admitindo a dúvida em questão de fé, é visível que, indiretamente, sugere a necessidade de revisão de certos dogmas preestabelecidos: o impedimento de união entre pessoas de mesmo sexo; indissolubilidade do matrimônio; admitindo a dúvida, a validade inquestionável dos dogmas, e; de raspão, a infalibilidade.
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