quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Porte de armas


Perguntas a serem feitas ao presidente Bolsonaro, depois da revisão da lei de Porte de Armas. Porque quatro armas para cada cidadão, não três ou cinco? A defesa do cidadão estará mais garantida pelo número de armas e, justamente, quatro?
Longe de pensar que o capitão presidente esteve pressionado pelos fabricantes de armas, supondo-se relés corporativismo, desde que a autorização pela importação e uso das armas passa pelo crivo das forças armadas.  Legalizado o porte de armas, estaria legalizada a justiça pelas próprias mãos, a ser feita  pelo cidadão de bem? E, finalmente, seria um álibi para o poder público desleixar da segurança dos cidadãos, desde que delegada, a ser feita à revelia, no apontar de revolver contra revolver, normalmente, com desvantagem para o desprevenido cidadão de bem? Elizio N. Caliman

Por mais que a segurança dos cidadãos seja uma das prioridades máximas, prescritas pela Constituição Federal, difícil entender que tenha que passar pela legalização do porte de armas, como se fosse sua garantia, em troca do desarmamento dos criminosos. Por mais que se cerque o caminho para conseguir a autorização, não será privilégio reservado ao cidadão de bem. Há dois milênios Cristo vem advertindo:- “Os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos d luz”. Os mal - intencionados saberão seguir o mesmo caminho, conseguindo as mesmas e, até, mais modernas armas. Quem entende um pouco de psicologia, sabe que os testes de medida da personalidade não são infalíveis. Inclusive, se podem falhar na definição de um diagnóstico, imagine-se para um prognóstico, prevendo futuras mudanças de comportamento do portador, dependendo de imperiosas circunstâncias da vida. Com a legalização do porte de armas, ter-se-ão duas armas, igualmente, legalizadas, apontando uma contra a outra, com nítida desvantagem para o desprevenido cidadão de bem. Imagine-se se, por acaso, a sorte venha a favorecer o cidadão de bem: o trabalho que vai ter para provar a legítima defesa! Ao governo cabe percorrer outros caminhos para garantir a segurança dos cidadãos, previstos nos 75 incisos do Art. 5º da Constituição. Elizio Nilo Caliman

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