Quando no Catecismo Católico se pede a
definição de Deus, a resposta vem sonora e cristalina: - “Deus é um espírito perfeitíssimo e eterno, criador
do céu e da Terra e nosso Pai”. Ser perfeitíssimo é aquele que não erra em suas
decisões. Leia-se Gênesis: “Então arrependeu-se o Senhor de ter feito o homem
na terra, e isso lhe pesou no coração” (6:6). Arrependimento pressupõe erro a
ser corrigido pelo arrependimento, impossível para um ser perfeitíssimo. Deus
tenta corrigir o erro, mandando o dilúvio:- “Então disse Deus a Noé: resolvi
dar cabo de toda a carne porque a terra está cheia da violência dos homens; eis
que os farei perecer juntamente com a terra”. Repete, porém, o erro poupando a
família de Noé que perpetuou o mau feito. Tudo acontece pela concepção de uma
divindade antropomorfizado, carregando os defeitos de qualquer ser humano. Tudo
admissível dentro de uma mitologia, biblicamente, construída, ao longo de
milênios, ainda em evolução, não diferente de outras mitologias, algumas já caídas no real.
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