domingo, 27 de janeiro de 2019

Atnes prevenir




A não ser que se ponha em dúvida a competência e seriedade da empresa alemã, autora do relatório sobre a segurança do lago residual de Brumadinho, não acusando qualquer perigo de rompimento, tudo indica não existir, ainda, tecnologia suficiente para uma previsão confiável, capaz de prevenir semelhantes catástrofes. A partir dessa constatação, duas medidas de urgência urgentíssima, a serem tomadas pelas autoridades governamentais, custem o que custarem ao bolso das mineradoras e aos cofres públicos: desativação do uso de dezenas de represas existentes e; remoção imediata de moradores das encostas, à jusante, que correm risco de outras imprevisíveis hecatombes. Mais vale uma vida humana e a preservação do meio ambiente, do que milhões em lucros a favor da ganância de inescrupulosas empresas mineradoras que só enxergam o próprio lucro.  
Elizio Nilo Caliman
SHIN QI 4 conj.11 c.21
Lago Norte, Brasília – DF 
Tel. 3468 4281



sábado, 26 de janeiro de 2019

Impunidade


Até quando vão se repetir previsíveis tragédias de represas se rompendo trazendo mortes e destruição da natureza, diante do assombro nacional e internacional? Não é difícil encontrar resposta: até que a impunidade for a tônica a impulsionar a leniente Justiça brasileira que, até hoje, depois de longos três anos, ainda não conseguiu, sequer, indenizar as vítimas da tragédia de Mariana. Uma justiça que se deixa dominar pela ganância de empresas que tem dinheiro em propinas, escoado dos cofres públicos, para protelar decisões que, provavelmente, serão demandadas às calendas gregas.
Elizio Nilo Caliman
SHIN QI 4 conj.11 c.21
Lago Norte, Brasília – DF 
Tel. 3468 4281


prata &ouro


Depois de elogiosas menções da imprensa internacional, sobre o discurso do presidente Bolsonaro em Davos, vem uma jornalista brasileira taxando-o de decepcionante. Pretendia aqueles quilométricos discursos, ano a ano, repetidos pelos passados representantes do Brasil, aplaudidos por puxa-sacos, durante a assembleia, para serem esquecidos no retorno ao Brasil? Pelo menos, por enquanto, o Messias Bolsonaro pós em prática a metade do aforismo chinês: - “A palavra é prata, o silêncio é ouro”. Os brasileiros, confiantes, esperam que, de volta para o Brasil, cumpra a segunda parte, fazendo em silêncio, o pouco, mas essencial, que prometeu, deixando  os insonsos discursos para  os políticos que só dizem idiotices.
Elizio Nilo Caliman

Quando a palavra é prata



Quando se diz que pessoa feliz não fala mal de ninguém, bem entendido: não significa não enxergar as coisas, supostamente, erradas, ficando calado.  Dizer a verdade, na hora certa e com retas intenções, não significa, necessariamente, estar falando mal de alguém, implicando a intenção de destruir o mal falado. A exemplo de governantes, por mais que tenham errado, no mínimo, que se admita que, escrevendo por linhas tortas, ensinaram como não se governa, para exemplo dos futuros. Especialmente aos políticos brasileiros, na situação em que vivemos, recomenda-se muito cuidado para, de repente, não ter que ouvir a evangélica sentença: - “Atire a primeira Pedro quem não tenha pecado”, vendo algum mestre rabiscando no empoeirado chão da política.
Elizio Nilo Caliman

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A procura de Deus


Quando no Catecismo Católico se pede a definição de Deus, a resposta vem sonora e cristalina: - “Deus é um espírito perfeitíssimo e eterno, criador do céu e da Terra e nosso Pai”. Ser perfeitíssimo é aquele que não erra em suas decisões. Leia-se Gênesis: “Então arrependeu-se o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” (6:6). Arrependimento pressupõe erro a ser corrigido pelo arrependimento, impossível para um ser perfeitíssimo. Deus tenta corrigir o erro, mandando o dilúvio:- “Então disse Deus a Noé: resolvi dar cabo de toda a carne porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra”. Repete, porém, o erro poupando a família de Noé que perpetuou o mau feito. Tudo acontece pela concepção de uma divindade antropomorfizado, carregando os defeitos de qualquer ser humano. Tudo admissível dentro de uma mitologia, biblicamente, construída, ao longo de milênios, ainda em evolução, não diferente de outras mitologias, algumas já caídas no real.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Porte de armas


Perguntas a serem feitas ao presidente Bolsonaro, depois da revisão da lei de Porte de Armas. Porque quatro armas para cada cidadão, não três ou cinco? A defesa do cidadão estará mais garantida pelo número de armas e, justamente, quatro?
Longe de pensar que o capitão presidente esteve pressionado pelos fabricantes de armas, supondo-se relés corporativismo, desde que a autorização pela importação e uso das armas passa pelo crivo das forças armadas.  Legalizado o porte de armas, estaria legalizada a justiça pelas próprias mãos, a ser feita  pelo cidadão de bem? E, finalmente, seria um álibi para o poder público desleixar da segurança dos cidadãos, desde que delegada, a ser feita à revelia, no apontar de revolver contra revolver, normalmente, com desvantagem para o desprevenido cidadão de bem? Elizio N. Caliman

Por mais que a segurança dos cidadãos seja uma das prioridades máximas, prescritas pela Constituição Federal, difícil entender que tenha que passar pela legalização do porte de armas, como se fosse sua garantia, em troca do desarmamento dos criminosos. Por mais que se cerque o caminho para conseguir a autorização, não será privilégio reservado ao cidadão de bem. Há dois milênios Cristo vem advertindo:- “Os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos d luz”. Os mal - intencionados saberão seguir o mesmo caminho, conseguindo as mesmas e, até, mais modernas armas. Quem entende um pouco de psicologia, sabe que os testes de medida da personalidade não são infalíveis. Inclusive, se podem falhar na definição de um diagnóstico, imagine-se para um prognóstico, prevendo futuras mudanças de comportamento do portador, dependendo de imperiosas circunstâncias da vida. Com a legalização do porte de armas, ter-se-ão duas armas, igualmente, legalizadas, apontando uma contra a outra, com nítida desvantagem para o desprevenido cidadão de bem. Imagine-se se, por acaso, a sorte venha a favorecer o cidadão de bem: o trabalho que vai ter para provar a legítima defesa! Ao governo cabe percorrer outros caminhos para garantir a segurança dos cidadãos, previstos nos 75 incisos do Art. 5º da Constituição. Elizio Nilo Caliman

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Prioridades



Eleger prioridade para começar a governar deveria ser a primeira iniciativa de qualquer governante. Se ficar atento, ao fazer o juramento de defender a Constituição Federal no dia da posse, já é estabelecer a prioridade mãe geradora de todas as prioridades. Duzentos e cinquenta artigos, duzentas e cinquenta prioridades a serem cumpridas. Não fossem, não deveriam estar enumeradas. Se algo não for,  que seja extirpada por meio  de uma revisão constitucional da prolixa Carta Magna brasileira. Será prioridade, por exemplo, exigir a liberação da orla do Lago do Paranoá de Brasília ao livre trânsito dos brasileiros?  Sim, desde que a Constituição prescreve o Direito aos brasileiros,  de ir vir, em todo o território nacional (Inciso XV do Art. 5º). Por menor que seja a orla, faz parte do dito território, de livre acesso a todos. Se é constitucional, é prioritário e ... fim de papo. Por oportuno, fica a cargo do juristas estudar os fundamentos para justificar, como prioridade, a liberação do porte de 5 armas para cada brasileiro maior de 25 anos de idade. Por mais que a Constituição prescreva o direito de legítima defesa, há de se levar em conta que a garantia é tarefa do poder público, constitucionalmente estabelecida, dispensando, em princípio, a medida priorizada pelo presidente Bolsonaro.  
Elizio Nilo Caliman
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Deus no Universo

O grande mestre de Cambridge Stephen Hawking, em busca do princípio de tudo, com curiosidade infantil, tentando definir, inclusive, a existência ou não de Deus, aventou a teoria de que junto com um ponto ínfimo de densidade infinita, a ser engolido pelos buracos negros, existiria algo que conseguiria escapar da força gravitacional, denominada “partícula fugitiva” que, em sua homenagem passou a ser denominada “radiação Hawking”. Tivesse ele retrocedido no tempo e se encontrado com Baruk Espinosa, teria plausível resposta a sua proposição, na teoria do “Deus sive Natura”. Cada ser existente no Universo, impregnado pela Divindade terá, um dia, sua materialidade engolida pela força gravitacional dos buracos negros. A espiritualidade, representada pela Divindade, pairará acima de qualquer força gravitacional. A apelidada alma, que é a vida dos seres viventes, vem a ser a divindade que sobre-existe à força gravitacional da morte, sustentando a eternidade do Universo. 

domingo, 13 de janeiro de 2019

Jair&Lula



Elizio Nilo Caliman – Brasília
Por mais que não seja leitor de Veja, vale a pena ler o artigo de Roberto  Pompeu de Toledo (16/01/2018) sob o título SETE VEZES JAIR. Partindo do dito por Pompeu tire suas conclusões. De minha parte, é torcer para que Bolsonaro, no futuro, não tenha que se converter em sósia de Lula, vindo a repetir o discurso deste ( 02/05/2005), que,  ao pedir inconvictas desculpas ao Brasil, dizia: “Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis. Indignado pelas revelações que chocam o país, e sobre as quais eu não tinha qualquer conhecimento”, sempre acompanhado do tonitruante refrão - “Eu não sabia de nada”.


sábado, 12 de janeiro de 2019

Corporativismo



Uma das excrescências mais corrosivas da administração pública, que alimenta sobremaneira a corrupção, aquele que, na prática, confunde-se com o relés nepotismo, praticada para favorecimento não, apenas, a parentes mas extensivo a uma categoria a que um governante pertença, é o corporativismo. É esperar como vai agir e permitir o capitão Presidente Bolsonaro, que prometeu tratar todos os brasileiros em igualdade de condições, diante das solidária pretensão dos militares, no sentido de ficarem fora da reforma da Previdência Social, colocando-se acima da Constituição Federal que prescreve, em seu Art. 5º.  “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer Natureza”. Se por pela natureza de funções de categoria há de se admitir exceções , não deverão ser a título de privilégios mas como compensação pela diversidade de ações, a exigir dedicação mais exaustiva e permanente, no tempo e no espaço, como  pode acontecer para qualquer  outra profissão.
Elizio Nilo Caliman
SHIN QI 4 conj.11 c.21
Lago Norte, Brasília – DF 
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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Educação



Estranha e preocupante a ideia do novo secretário da Educação do DF, Rafael Parente, de transformar escolas em instituições militares. Já imaginaram os alunos perfilados, batendo continência aos ditames militares, jurando fidelidade inconteste, sem liberdade de expressar opiniões discordantes? A Educação não é missão dos militares, a não ser para preparar cidadãos para missões específicas, no âmbito militar.
Elizio Nilo Caliman
SHIN QI 4 conj.11 c.21
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

desavergonhada represenação


Senhor Redator
Ridícula e vexatória a protocolar presença do presidente do STF Dias Toffoli, na posse do presidente Bolsonaro, portando, sem qualquer constrangimento, desavergonhada mascara, fingindo harmonia com as intenções do novo presidente com relação ao combate à corrupção, em completa desarmonia com sua proverbial atuação  a favor dos criminosos como membro e, agora, presidente do órgão máximo da Justiça. Um mínimo de coerência indicaria espontâneo afastamento temporário do cargo, deixando a representação aos cuidados da vice-presidente Carmem Lúcia que, pelo menos, ainda, equilibra-se entre a timidez e a falta de efetiva disposição de combate aos descalabros de alguns de seus pares.

Elizio Nilo Caliman



sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O chefe dos mascarados


Jamais vista tamanha cara de pau, escondida atrás do volutuoso título de Presidente do Supremo Tribunal Federal, acompanhando e participando das solenidades da posse do presidente da República. Se pelo cargo, assim teria que ser o ritual, pela sua história pregressa, porém, nada condizente com a pregação de Bolsonaro, se um mínimo de coerência lhe restasse, Dias Toffoli teria dispensado a máscara, renunciando ao cargo para não fazer papel tão contraditório a seu script costumeiro. Pelo visto, pretende continuar com a máscara, como estão fazendo outros três conhecidos ministros do STF, farinha de mesmo saco.
Elizio Nilo Caliman


Mascarados



O Supremo Tribunal Federal está semeado de mascarados que, enrolados em voluptuosas togas, fingem defender a Constituição enquanto, na calada da noite, tentam dar fôlego aos corruptores da nação brasileira. Ainda que em minoria, corre-se o risco de vê-los vitoriosos em sua empreitada, enquanto a maioria dos pares, silentes e condescendentes, dormitam em suas giratórias poltronas, com os olhos voltados para as estrelas que vão se apagando no céu da pátria, veladas por negras nuvens, prenunciando dias sombrios para um Brasil suspenso à beira do abismo.
Elizio Nilo Caliman


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O estribilho

No ato de posse, todo o presidente cria um refrão, na tentativa de eternizar seu discurso. Bolsonaro caprichou no seu sonoro estribilho:  - O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, impresso em milhares de camisas a serem vestidas por quem pretende outro Brasil.  O dístico carece de interpretação,  que pode ser entendido e desentendido, dependendo do anjo do bom ou mau pensar que vem de dentro de quem interpreta: O Brasil da corrupção, pregado pelos corruptos? O Brasil das propinas enchendo bolsos e cuecas de governantes gananciosos? Espera-se que não esteja falando do deus da mamona que vinha governando o Brasil há vinte anos. Bom seria que Bolsonaro tivesse lembrado o celebre refrão que imortalizou o discurso de posse de Kennedy: - Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país. Não será um solitário Bolsonaro a salvar o Brasil mas o Brasil inteiro vestindo a camisa  - O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, um Brasil fundamentado na moral e na ética, assistido por um Deus nascido e acreditado no coração de  cada brasileiro, sem imposição de qualquer crença ou descrença. Elizio Nilo Caliman

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Arbítrio


Em “O mito da liberdade”, Yuval  Noah Harari disse bem ao afirmar que, se existe arbítrio, esse não é livre, desde que não se tem a prerrogativa de decidir pelos próprios desejos. Que não se chegue, porém, a ponto de se negar a liberdade de, pelo menos, optar pelo menos pior, como acontece, por exemplo, ao eleger um presidente da República. Agora e torcer e ajudar para que não venha a acontecer o pior (Veja, A DEFESA DA DEMOCRACIA LIBERAL, 2 de janeiro 2019).
Elizio Nilo Caliman

Um conselho




Depois de ouvir seu belo discurso de posse como presidente do Brasil, um conselho para Bolsonaro: - Lembre-se de que o Brasil é um país laico onde, se todas as religiões devem ser respeitadas, nenhuma deve ser privilegiada. Além do mais, não fale muito de Deus, pois, existem muitos brasileiros que dizem não acreditar em Deus e vão pensar que você não é o presidente de todos os brasileiros.
Elizio Nilo Caliman
SHIN QI 4 conj.11 c.21
Lago Norte, Brasília – DF 
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