sexta-feira, 28 de setembro de 2018

vários


A fake news não é invenção brasileira. Ao percorrermos a mitologia romana, encontramos a figura do hercúleo Caco, filho do deus Vulcano, encarregado de roubar as reses de Gerião. Para despistar os perseguidores, arrastava os animais pelo rabo, invertendo suas pegadas. Um dia um dos touros, traiçoeiramente, emitiu forte berro denunciando seu esconderijo.  Os políticos, andando de costas para o Brasil, tentando enganar o povo brasileiro, viram-se traídos, não por um touro, mas por dezenas de desavisados delatores, denunciando o esconderijo do tesouro nacional que mantinham arrastado para seus bolsos, cuecas e malas.


Segundo as mitologias pagãs, nos primórdios o Universo era governado por uma infinidade deuses que, democraticamente, dividiam o poder recebendo, cada um, uma missão, de acordo com as exigências da Natureza, deixada aos cuidados da humana espécie, dotada de inteligência para distinguir o certo do errado. Com o passar das eras os deuses começaram a se desentender, uns invadindo as competências dos outros, usando de artimanhas, do tipo fake news, para confundir e enganar a humanidade, deixando-a ao leu da sorte. Foi ai que apareceu o deus, apelidado deus de Abrahão que, com ares de plenipotenciário, aproveitou a confusão, impondo nova Lei, sancionada por Moisés no alto do Sinai: “Adoras o senhor teu deus, e só a ele prestarás culto”. E o Cristianismo, defendendo tal governo ditatorial, copiado e adaptado aos governos temporais, às vezes, fingidos de republicanos e democratas, dividido o poder entre centenas de semideuses, comprados à vis propinas. Para modelar dezenas de outras republiquetas, mundo afora, o Brasil oferece original republicano tupiniquim, devidamente sancionado pelo STF.

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