Tentando explicar, sem pretender
justificar, ao dar minhas pedaladas via jornais e revisas, minha intenção nunca
foi de tratar de política, que pouco domino,
mas, apenas, alertar sobre politicagem, parodiando o dito portenho: “
Hai corrupcion? Soy contra. Colocar fatos
e discursos, ditos políticos, diante do espelho, refletindo a moral e a ética
que assimilamos alhures.
Quanto ao tema religião, nunca conbater
o Crisianismo, aquele do Evngelho de Jesus, que tem seus inquestionáveis e
milenares méritos, mas os supostos, e não suposos, desvios de interpretação de dirigentes que se arrogam
o direito de serem os donos da verdade, tentando impô-las aos fiéi, à revelia
de suas convicções.
Nada impede que doutores e santos
padres divaguem pelas escrituras em busca de argumentos para sustentar
controversos mistérios, que pesem duvidosos fundamentos bíblicos,
frequentemente, deturpados pelo tempo e, quiçá, por segundas intenções. O que
se questiona é a intenção de defendê-los, às custas de dogmas, hermeticamente
fechados, cercados pela ameça do fogo do inferno. O que se questiona é o condenar, indiscriminadamente, qualquer
dicordância, dificultando que se cumpra o mandado de Cristo: “Ide e pregai a
todas as gentes”, tentando impedir que cada ser inteligente tente a procura da
verdade semeada no Universo.
Poucos se advertem da semente lançada pelo
Concílio Vaticano II, substituindo o conceito de aculturção, tentativa de impor a cultura do Cristianismo, pelo de inculturação,
a busca de valores autoctenes, a serem incorporados a uma cultura mais
abrangente, o que só é possível por meio do diálogo. Foi por falta dessa
distinção que um simples “filioque” cindiu o milenar Cristianismo, em 1054, e que as 72 teses de Lutero, afixadas na
porta de uma igreja, multiplicaram a Igreja Romana, em mil outras seitas. É
assim que, hoje, a maior nação católica do mundo está sendo esvaziada com
a emigração em busca da verdade cindida
em mil pedaços.
Quem sabe, um dia, apareça o
Messias, teimosamente, esperado pelos judeus espalhados pelo planeta, para juntar os pedaçõs, compondo uma unica e
imensa cobertura para abrigar toda a humanidade, cada ser humano com a
liberdade procurar a Verdade escondida no
Univeso. Aquele Deus que, se definido por Espinosa como “Deus sive Natura”, não
impede a liberdade de cada um definí-lo
como lhe aprouver.
Por mais que se conceba um Deus único, cada
ser inteligente tem a liberdade de concebê-lo a seu modo, a ser respitado. Enquanto
isso, aguarde-se o amadurecimento cultural, seguramente, a ser alcançado por
meio da inculturação, para não restar lugar para um deus barbudo, sentado num
trono, rodeado de fámulos, abanando compassadas ventarolas, e mil outras
concepções mitologicamente, pregadas por mil crenças religiosas.
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