segunda-feira, 6 de agosto de 2018

capitão&general


Na selagem da chapa Bolsonaro x  Mourão, como candidatos ao poder maior do Brasil, junta-se a fome com a vontade de comer. Fome de poder de quem sempre comeu no prato da pseudo redentora, e  a vontade de comer de quem, até ontem, vinha defendendo a volta da malfadada. Agora, com medo da voz do povo, no discurso do anúncio do noivado, ambos dando homéricas  voltas, tentando  convencer o povo de que foram mal interpretados em seus ditados pretéritos. "Agora nós, eu e ele, estamos tentando pelo voto chegar ao poder”, disse Bolsonaro, em abafado tom democrático. “Não foi bem o que quis dizer, eu fui mal interpretado naquilo alí”, emendou um Mourão, nada convincente. E o, agora, ex-capitão encerrou: “No momento deixo de ser capitão e o general deixa de ser general, passamos a ser soldados do nosso Brasil". Só faltou explicar, soldados defendendo, subliminarmente, qual “nosso Brasil”. Esse que aí está, afundando na corrupção?

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