Assistindo as intermináveis tertúlias do STF, consumindo
dias e noites sem fim, varando madrugadas, finalmente entendi um dos motivos,
talvez o principal, da proverbial morosidade da mais alta corte da Justiça em
julgar processos dos protegidos pela foro privilegiado. A grande preocupação
dos doutíssimos magistrados é produzir longos e empolados discursos, recheados
de citações de seus antepassados, na esperança de, futuramente, também, serem
lembrados como sábios construtores de roteiros jurídicos, esquecendo que,
também, aqueles se apoderaram dos ditos de juristas da tempera da Águia de Haia,
que qualquer jurista de média estatura é capaz de citar.
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