Toda a vez que o papa
Francisco fala com o povo dizendo algo em termos bem claros, cristalinos, ferido
conceitos tradicionalistas, tentando trazer a Igreja para o caminho da
modernidade, sai alguém da cúpula do Vaticano para tentar explicar seu
pensamento por vias tortas: - Não é bem isso que o papa queria dizer”. Se o
papa diz que a salvação é para todos, inclusive, para os ateus de reta
consciência, os pretensos interpretes emendam: - “ Contanto que se sujeitem aos
dogmas do Cristianismo”. O passaporte tem que ser expedido pelo Vaticano. Falta
um Paulo apóstolo para dizer que entre o papa e os fieis não há a necessidade
de intermediários. Quando isso acontece em governos temporais, o ministro que
discorda de seu chefe é, imediatamente, convidado a arrumar as gavetas e se
mandar. No caso em epígrafe, parece que o papa Francisco é mais democrático,
deixando que cada um fale o que pensa. Elizio
Nilo Caliman
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