sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Pedalada franciscana
Ao anunciar a flexibilização do uso de anticoncepcionais para combater o vírus causador da microcefalia, o papa Francisco nos faz retornar ao Concílio Vaticano II quando o então cardeal Albino Luciani, futuro papa João Paulo I, sugeriu à comissão, instituída pelo papa João XXIII com a finalidade de estudar o tema da Regulação da Natalidade, entre outas questões, a liberação do uso de anticoncepcionais. Na posterior encíclica Humanae Vitae, o papa Paulo VI, de forma explicita na própria encíclica, ouve por bem rejeitar qualquer inovação nesse sentido, com o argumento: “As conclusões a que chegou a Comissão, no entanto, não podem ser consideradas por nós como definitivas e absolutamente certas, nem dispensar-nos de um exame pessoal do grave problema”. Hoje, quase meio século após, aparece o papa Francisco que, portando o estandarte da Misericórdia, assume uma posição realista com relação ao grave problema da microcefalia que ameaça a integridade do ser humano, classificando o uso de anticoncepcionais com mal menor, diante da gravidade da situação.
BSB, 19 de fevereiro de 2016.
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