quarta-feira, 15 de julho de 2020

Laicidade

Quando, ao se eleger ou nomear alguém para qualquer posto no governo, insiste-se em colocar em evidência sua filiação religiosa, está-se subentendendo possível tendência de quebra do princípio pétreo constitucional da laicidade, que estabelece a independência dos poderes temporal e religioso na República. O resultado poderá ser o resvalar para uma ditadura teocrática, governada por um deus oculto e desconhecido, suposto e majestosamente assentado num trono, exigindo a adoração incondicional de súbditos escravizados, sob tacão de autoridade incontestável. Adeus Democracia, em que o poder emana do povo e em seu nome é exercido, por mais que se o tenha como outorgado por Deus, consubstanciado na Natureza.

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