Sexualidade, o dom maior
Quando
Jesus anunciou o primeiro e principal mandamento, “Amar a Deus sobre todas as coisas”,
e o segundo, “e ao próximo como a ti mesmo”, de que Deus estaria falando e de que póximo? À luz das novas concepções da origem do
universo, envolvendo a Divindade, os conceitos emitidos pelo Mestre merecem
aprofundamento, à
procura de novas interpretações. Por mais que se possa interpretar a
Bíblia como mitologia mas sempre carregada de belzas e ensinamentos para a
humanidade, é nela que se pode tentar respostas para tais indagações.
No
primeiro capítulo de Gênesis, depois de ter criado o homem e a mulher, Deus
disse: “Crescei e multiplicai-vos”. Na ordem da natureza, é esse o primeiro e
mais importante mandamento, sem o qual o ser humano não se perpetuaria,
perdendo sentido toda a história da Bíblia, até o aparcimento do prometido
Messias. Seria Deus o Universo por ele vivificado e que sem ele, também, não
existiria? Não estaria o ser humno, assim como todos os seres existentes nesse
universo, participante dessa divindade? A dica ficou por conta do Mestre, ao
perguntar aos fariseus: “Não está escito na vossa lei, vos sois deuses?”.
Diante
desses pressupostos, vamos ao tema sexualidade. O Cristianismo elencou os sete
dons do Espírito Santo, de ordem moral e religiosa. A natureza, subentenda-se,
a Divindade, antes, outorgou ao ser humano, e aos demais seres vivos, o seu
maior dom, a sexualidade, sem a qual o Universo, sem vida, perderia sentido, assim como perderia
sentido o pensamento da Divindade, como
vida do universo e alma de cada ser vivente.
Ao pretender interpretar o pecado original de Adão e Eva, pelas vias da
sexualidade, como pecado, supostamente,cometido no Édem, contado no segundo
capítulo de Genesis, depois de terem recebido o mandamento “crescei e
mulipliccai-vos”, no primiro capiulo, alguns Doutores e Santos Padres
transformaram a sexualidade na fonte de
todos males da humanidade, impondo-lhes
as consequências, fechando-lhes, inclusive, as portas do Céu, até que viesse o
prometido Messias. Segundo o
Cristianismo, o Messias já veio mas as suposas consequencias do pecado original
continuam a perseguir a humanidade. A própria vinda do Messias foi afetada pela errônea pecha atribuída à
sexualidade, tendo que se recorrer à história do espirito santo para sua concepção
no seio da virgem Maria. Escreva-se espírito santo com letras
minúsculas, pois, existe infinitos espíritos capazes de gerar vidas às ocultas
sem, necessariamente, atribuir a ação a qualquer divindade.
É de bom alvitre ressaltar que a conotação
negativa da sexualidade, de certas tendências religiosas, não tem respaldo em
outras. Apenas para citar um exemplo, a religião Islâmica assegura 72 virgens
aos que morrem em nome de Ala. Por mais esdrúxula que possa parecer é, sem
dúvida, a maior prova de apreço à sexualidade. Ressalvados abusos e distorções,
que podem acontecer em qualquer área de ação humana, a sexualidade é, sem
dúvida, o maior dom concedido pela natureza aos seres vivos, como sublime
instrumento de participação na obra da criação.
Em tempo, não se pretende eleger os
conceitos acima expressos como definitivos. São conjunturas, à espera de novos
avanços da ciência, a procura de respostas para revigorar e purificar a fé, às
vezes, mal fundamentada e afetada por arraigadas e obsoletas crendices. O papa
Francis
luxinvco parece trilhar por esse caminho ao dizer – “Quem não tem dúvida na
fé? Eu tenho. A dúvida revigora a fé”.
Tel. 3468 4281erbo.blogspot.com.br