Não há mal
que não venha para bem, diz o ditado popular. O que aconteceu no presídio de
Manaus, com presos se destruiriam mutuamente, não passa de infame e indesejável
processo de seleção social, eliminando elementos permissivos que corroem o
tecido brasileiro. Nesse sentido, é lamentável que os criminosos de colarinho
branco, caçados pelas operações encabeçadas pela Lava Jato e a quem,
indiretamente, deve ser creditada a responsabilidade pela superpopulação dos
presídios, não estivessem recolhidos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim de
Manaus, para terem sumido de vez da face do Brasil.
O massacre
na cadeia de Manaus é simbólico. Do jeito como os corruptos estão se devorando
triturados pela mós Lava Jato à luz das delações premiadas ,quem sabe, se forem
colocados todos juntos na mesma cadeia, o Brasil vai se ver livre deles.
Todos os
políticos e empreiteiros que vem sendo acossados pelas Operações lideradas pela
Lava Jato, individualmente, são gente boa que jura de pés juntos e mãos postas
inocência a toda a prova dizendo que, nos finalmente, a Justiça lhes tributará
as devidas honras, com irretocável inocência, O mal está quando se juntam sob o
mesmo teto forrado pela corrupção, com base do corporativismo que dura enquanto
não lhes resta outro caminho senão a delação premiada para salvar a própria
pele, no salve-se quem puder, derrubando aos tropeções quem estiver no seu
caminho.
Finalmente o
ministro da Justiça descobriu a pólvora, dizendo que o maior problema das
cadeias é a corrupção. Como não existir corrupção onde, finalmente, estão sendo
trancafiados os maiores corruptores do Brasil que não sabem fazer outra coisa
senão corromper, corromper, corromper. Basta acompanhar a imprensa que, volta e
meia, noticia o suborno dos colarinhos brancos exigindo e conseguindo mordomias
de fazer inveja aos pobres ladrões de galinheiro. Piores corruptos e corruptores
são os que, com as rédeas nas mãos e reconhecendo a situação, nada fazem para
corrigir a situação.
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