sábado, 6 de agosto de 2016

Olimpíadas

1. As vaias a Michel Temer, no momento em que, tímida e fugazmente, anunciou a abertura das olimpíadas, são a demonstração de que não é o presidente de todos os brasileiros. Eleito, apenas, como vice na cola de Dilma, num pleito sob severas suspeitas de irregularidades, não caberia a Temer o papel de anunciar ao mundo a abertura do evento como presidente do Brasil, tendo chegado ao poder por vias tortas. Tal missão caberia melhor para outra autoridade, a exemplo de um Pelé, eleito rei pela unanimidade nacional, sem contestação de qualquer partido e com o reconhecimento do mundo esportivo representado no Maracanã.

2. A monumental abertura das olimpíadas do Rio, com o apoteótico acendimento da pira, ficou freada pela modorrenta entrada das representações de atletas a passos de tartaruga. Sugere-se que, para os próximos eventos, as equipes representativas entrem em ritmo acelerado, em movimentos sacolejantes, mais condizentes como o espirito esportivo do evento e demonstrativos das habilidades atléticas dos participantes.  Tal atitude proporcionaria significativa economia de tempo que levou muita gente a dormir antes do lindo, impressionante e etéreo espetáculo final que coroou o evento.

3. Grande feito o dos organizadores da abertura das olimpíadas do Rio 2016 ao escalar o ex maratonista Vanderlei Cordeiro para acender a Pira, retribuiu com a frase: “Melhor do que ganhar medalha”. Justa homenagem à humildade, a dedicação e o amor pelo Brasil de um atrela, vindo lá dos confins do Brasil que, apesar de ser empurrado para fora da pista em que liderava a maratona nas olimpíadas de Atenas (2004), não desistiu de lutar até o fim da mesma e por toda sua vida esportiva ostentando para o Brasil a glória de maior maratonista brasileiro na história das olimpíadas.


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