quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

 Está na hora de a Igreja rever a lista dos pecados capitais, à luz da modernidade, mudando sua concepção. Os que ai estão, inventados pelo papa Gregório Magno no século VI, pela forma como são pregados, servem mais para cercear a liberdade da procura lícita do prazer e da felicidade, no uso dos sentidos, que a sábia natureza proporcionou aos seres vivos. Fala-se que é questão de excessos. Quando se prega, esquece-se a palavra e, haja penitências e jejuns, para quem não tem o que comer.

Os pregadores, via de regra, os levam aos extremos. Apoiam, por exemplo, são Luiz de Gonzaga que não olhava no rosto da mãe para não perder a virgindade, com maus pensamentos. Por muitos anos fomos educados que o simples pensar em mulher é o princípio do pecado capital da luxuria. A palavra luxúria vem do latim, com o significado de forte desejo sexual. Sem forte desejo sexual, adeus o “crescei e multiplicai-vos”.

Com base no pensamento do romance – Pecados safados, de Betti Farias, a título de sugestão, os pecados capitais da modernidade poderiam ser: 1. Destruir elementos da Natureza; 2. Matar o semelhante; 3. Roubar o dinheiro do povo; 4. Ocultar a verdade; 5. Produzir fake news. 6. Defender  a discriminação sexual contra a mulher e ; 7. Praticar a pedofilia. E ponha-se safados neles!

Esses pecados ofendem, capitalmente, o Universo, onde estão  todos os seres, junto com a Divindade que o informa e sustenta.

 Seu contexto, respalda os valores dos gregorianos, sem lhes negar a validade, por terem sido  concebidos segundo a cultura da época. Passarão a fazer parte do museu das coisas mortas do Cristianismo.



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