segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Janot


Há de se estranhar um procurador da República, da estatura de um Rodrigo Janot, inteiramente dedicado ao combate do crime, partir para a intenção de eliminar fisicamente um ministro do STF. Analisando, porém, a situação à luz da psicanálise, ainda que o fato não se justifique, explica-se. Atingido por fake News, com poder de destruição de uma reputação construída a duras penas durante uma vida inteira, não é fácil resistir a maus pensamentos do tipo que assaltou Janot. Com o agravante de que tentar o caminho legal para levar o ministro aos tribunais seria, praticamente, impossível, diante do corporativismo que domina o órgão máximo da Justiça, que jamais permitiria que um de seus membros seja julgado e condenado. Se existiu o demônio do mal pensamento para levar Janot a pretender puxar o gatilho, felizmente, existiu o anjo do bom pensamento para frear seu dedo, evitando sua própria destruição.
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