Janot

Há de se estranhar um procurador da República, da estatura de um Rodrigo Janot, inteiramente dedicado ao combate do crime, partir para a intenção de eliminar fisicamente um ministro do STF. Analisando, porém, a situação à luz da psicanálise, ainda que o fato não se justifique, explica-se. Atingido por fake News, com poder de destruição de uma reputação construída a duras penas durante uma vida inteira, não é fácil resistir a maus pensamentos do tipo que assaltou Janot. Com o agravante de que tentar o caminho legal para levar o ministro aos tribunais seria, praticamente, impossível, diante do corporativismo que domina o órgão máximo da Justiça, que jamais permitiria que um de seus membros seja julgado e condenado. Se existiu o demônio do mal pensamento para levar Janot a pretender puxar o gatilho, felizmente, existiu o anjo do bom pensamento para frear seu dedo, evitando sua própria destruição.

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Janot

Não há como processar Rodrigo Janot pelo fato de ter pensado em assassinar o ministro Gilmar Mendes, desde que não foi fato consumado. Quanto ao ministro, terá que responder a processo por ter veiculado fake news,  crime hediondo de lesa-humanidade, capaz de destruir a reputação de um cidadão,  a ponto de leva-lo a pretender despropositado revide, sentindo sua personalidade ferida 

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Freud explicaria?

Passei a noite a procura de Freud, pai da psicanálise, em busca de uma explicação para a tormentosa e dramática situação da intenção de assassinar Gilmar Mendes, revelada pelo sub-procurador Rodrigo Janot. Que poderoso inconsciente represado teria tanta força para leva-lo a tal decisão e que outra força contrária capaz de reverter a decisão, travando seu dedo no gatilho da arma, livrando-o de tamanha calamidade? Ou teria que recorrer ao psiquiatra Gustavo Jung para explicar o fato por meio do insciente coletivo do povo  brasileiro que, a essa altura, desiludido com relação ao  combate à corrupção, esdruxulamente, estaria desejando a morte física  de ministros acoitadores dos malfeitores da pátria?

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Bolsonaro

Perante a assembleia geral da ONU, o presidente Bolsonaro perdeu ótima oportunidade de fazer um discurso mostrando um Brasil engajado nos problemas da humanidade, com era de se esperar. Ao se preocupar em se defender e atacar, perdendo precioso tempo em comentar os problemas internos do Brasil, deixados a quem mar, como se virtudes  fossem, a serem cuidados por aqui, nada mais fez do que expor ao mundo a imagem de um Brasil surrealista, com a pretensão de dar lições de como se governa uma nação.

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Amazônia

Tanta celeuma levantada contra presumida intromissão do presidente da França Macron em assuntos internos do Brasil, esculachando o descaso do presidente Bolsonaro com relação à preservação da Amazônia. La nos bancos da escola esqueceram de ensinar ao futuro presidente tupiniquim que a França é dona de um pedaço da floresta Amazônica, cabendo ao presidente francês a obrigação de zelar para que os incêndios  e a destruição não cheguem até a Goiana Francesa, como província francesa. Não ha se estranhar que a União Europeia, também, venha dar seus pitacos, desde que a França é um de seus membros.

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Corporativismo

Mais uma vez espúrio corporativismo vem mostrar que nem todos são iguais parente a lei. Agora partindo da mais alta corte  legislativa em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,  pretende recorrer contra a Polícia Federal que determinou buscas no gabinete do líder Fernando Bezerra, por ordem do STF, por suspeitas de malversação de dinheiro público, mancomunado com o próprio filho. Que os ditos cujos se defendam às próprias custas, sem envolver a casa cuja missão é fazer leis que impeçam a corrupção, deixando que o Judiciário e a Polícia cumpram seus mandatos, condenando ou absolvendo os indiciados.

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Enigma

 Mostre sua inteligência decifrando, em quarenta segundos, o enigma oculto nas entrelinhas do texto a seguir, proposto por anônimo filósofo, que transcrevo com adaptação - O gato assim fez. O gato é fez. O gato como fez. O gato se fez.O gato mantem fez. O gato um fez. O gato anormal fez. O gato ocupado fez. O gato por fez. O gato quarenta fez. O gato segundos fez... Se não conseguiu, releia o texto e forme uma frase, usando a terceira palavra de cada frase: - Assim é como se mantem um anormal ocupado por quarenta segundos. Não leve a mal a brincadeira mas é assim que os sábios das altas cortes do Brasil, que pretendem dirigir a nação, fingem estar procurando solucionar o enigma da salvação do Brasil. Não em 40 segundos mas multiplicados por 24, multiplicados por 365 e não se sabe por quantos anos. Não conseguem ler, em suas entrelinhas, a História, surdos ao já enfastiante dito popular de que é mestra da vida e que, se não se repete, ensina a emenda-la, abrindo novos caminhos.

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Sergio Moro

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  Não é só o Major Olímpio que pensa que a demissão de Moro será por demais danosa para o Brasil. A maioria do povo brasileiro comunga com o pensamento do senador, certa de que, se tal acontecer, a Lava-Jato vai junto para o brejo, e adeus combate à Corrupção, para que fique "tudo como dantes no quartel  de Abrantes. 

  
  

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Lago Paranoá

Sessenta anos do Lago Paranoá de Brasília, desde um dia de 1959 em que JK fez dele presente ao povo brasiliense e brasileiro, e à humanidade, como parte do patrimônio cultural de Brasília, decretado pela UNESCO, com a mensagem aos incrédulos -  “Encheu, viu”.  Melhor homenagem será a reativação da campanha de recuo dos, ainda, renitentes invasores de suas margens, a começar pelos habitantes do Palácio da Alvorada que teimam em desrespeitar o pétreo preceito constitucional de que todos são iguais perante a lei. Será o momento da liberação de sugerida ciclovia de mais de 80 km de extensão, abraçando suas margens, mostrando incríveis paisagens do Planalto Central, refletidas em sua lâmina d`água, desde o alvorecer até o ocaso, com os raios do Sol bordando as nuvens com filetes de ouro.

Elizio Nilo Caliman

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Facada sem sangue

“Uma facada que não apareceu sangue”, estranhou Lula, a respeito da tentativa de homicídio de Bolsonaro. Sem pretender confundir Jair com Jesus, o fato se explica: quando o soldado romano lancetou o peito de Jesus, saiu água. O sangue já tinha se esgotado, desde a flagelação até a crucificação. Resta saber qual foi o calvário de Bolsonaro, até Juiz de Fora, para não ter mais sangue para oferecer ao povo brasileiro.

Elizio Nilo Caliman

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Coerência

Tanta celeuma para supostos desvios de conduta de juízes na tentativa de colocar na cadeia notórios e confessos criminosos, trilhando caminhos legalmente condenados, ainda que moralmente justificados, armada pelo presumido super ministro Gilmar Mendes. Esquece ele de lembrar os  conchavos ilícitos com parceiros de toga,  na espúria tarefa de livrar da cadeia  os criminosos destruidores da pátria. Há de se lhe encilhar o dito popular: - Faça o que digo, não faça o que faço.

Elizio Nilo Caliman

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Reformas

Cedo para se avaliar os efeitos das reformas a caminho de serem aprovadas. O açodamento com que estão sendo tocadas pelo Congresso Nacional está a indicar que tudo está sendo decidido dentro de um script, previamente, definido, em que os que se julgam donos do poder tem seus privilégios defendidos.  É necessário aprovar tudo, a toque de caixa, antes que o povo acorde para a cangalha que lhe está sendo assentada nas costas, a ser carregada sob o chicote da arrecadação de impostos a serem definidos, a conta-gotas, a pretexto de salvar as ditas cujas.

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Independência

Não terá sido por inadvertência ou desconhecimento da língua latina que os inconfidentes inscreveram na bandeira mineira o dístico “LIBERTAS QUAE SERA TAMEN”, com aparente impropriedade do acréscimo da conjunção “tamen” que, a ser traduzida por porem, ou todavia, não faria sentido. Àquela altura, estariam eles prevendo e prevenindo as ingentes dificuldades que iriam enfrentar para levar a bom termo a empreitada da independência, como veio a acontecer? Dá para entender, se continuarmos a leitura do discurso do velho Tulibus, transcrito pelo poeta Virgilius. De fato, no caso brasileiro, aconteceram coisas que adiaram a Independência do Brasil, por mais de trinta anos, que pese, até hoje, vilipendiada por irresponsáveis e inconsequentes governantes.

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Alerta!

Que a revolta e renúncia dos procuradores da Lava-Jato seja, apenas, um alerta ao povo brasileiro contra tentativa da procuradora-geral Raquel Dodge, acolitada por desavisados membros do STF, de subverter a ordem, em defesa dos corruptos, tentando reduzir a promissora batalha contra a corrupção em pífia e desmoralizada guerra de Pirro. É hora de a opinião pública acordar e ir às ruas exigindo respeito à oprimida e latejante consciência nacional.

Que a revolta e renúncia dos procuradores da Lava-Jato seja, apenas, um alerta ao povo brasileiro contra tentativa da procuradora-geral Raquel Dodge, acolitada por desavisados membros do STF, de subverter a ordem, em defesa dos corruptos, tentando reduzir a promissora batalha contra a corrupção em pífia e desmoralizada guerra de Pirro. É hora de a opinião pública acordar e ir às ruas exigindo respeito à oprimida e latejante consciência nacional.

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Embornal x picuá

O STF anda confundindo bem e mal, lançando tudo no mesmo embornal, esquecendo que existe o picuá, de duas bandas, para separar o joio do trigo, fazendo o contrapeso na descoberta do caminho, na construção do Brasil. E o povo brasileiro, atônito, não sabe para que lado pender, diante de tamanha confusão, aguardando uma liderança que junte as pontas, iluminando caminhos escurecidos pela incompetência e insensatez de meia dúzia de pretensos construtores da nacionalidade.

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Diabo

A Associação internacional dos exorcistas afirma que a existência real do diabo...é uma verdade de fé”. Verdade de fé traduzida como dogma, com fundamento na inspiração divina, revelada na Bíblia. La está escrito que, no sétimo dia, Deus descansou. Na interpretação dos exegetas do cristianismo, descansar para o Senhor significa declarar a obra terminada, não havendo mais nada a acrescentar. Na descrição da criação pelo livro do Gênesis não constam os anjos. Teria Deus esquecido de criar elementos tão importantes, a compor a complicada estrutura dogmática do cristianismo.

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