O Carnaval são três dias em que é permitido ao povo, escondendo a
identidade sob máscaras, extravasar suas paixões reprimidas durante um ano
inteiro, sem ser incomodado por uma consciência amordaçada pela hipocrisia de
uma sociedade moralista. Tempo passageiro, sucedido pela Quaresma para retornar
a consciência ao seu estado hipnótico de respeito a mal ajambrada moral e ética,
por meio de jejuns e penitências. Só à classe política e seus apadrinhados,
arrastados por caudal de propinas, é permitido fazer valer o carnaval para
tempo sem fim, mascarados sob o disfarce de hipócritas promessas de salvadores
da pátria.
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