Índio, que, outrora, só queria apito para tocar na harmoniosa orquestra dos passarinhos da floresta, agora “civilizado”, aderiu à estrambelhada fanfarra, arrastada por destemperado vareta besuntada de corrupção, manipulada por mãos manchadas de ignominia de uma corja de assaltante das riquezas de um descuidado gigante adormecido, traiçoeiramente pego pelas costas. O índio, hoje dito civilizado, perdeu a desnudada pureza ostentada à esquadra português fundeada em Porto Seguro em 1500. Perdeu o vigor e a coragem com que, por muitos anos, defendeu sua liberdade, não se sujeitando à escravidão transferida para as costas do negro africano. Hoje, dominado pela ambição aprendida do homem branco, vende as riquezas que, outrora defendia com arco e flexa, hoje, entregues a preço de mal disfarçadas propinas, depositadas em conta tipo “tribo”, detalhada pela delação premiada.
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