quarta-feira, 30 de setembro de 2020

 Acintosamente e sem o menor escrúpulo, politiqueiros de plantão invertem consagrados valores, agora pretendendo desviar o dinheiro da Educação para o Renda Cidadã, com objetivos nitidamente políticos eleitoreiros. Fingem esquecer que a Educação é o único caminho para redimir, definitiva e eficientemente, o povo da miséria. O resto é paliativo, perpetuando a situação, por conta de governantes irresponsáveis.

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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 Ao dizer que “o prazer de comer e o prazer sexual derivam de Deus”, o papa Francisco dá imenso passo à frente, além da Idade Média, quebrando milenar tabu de uma cultura retrógrada sobre o prazeres que a mãe natureza prodigalizou aos seres vivos, como se fosse algo a ser, indiscriminadamente, encaixado nos sete pecados capitais. Os moralista de plantão esquecem que, não só os dois prazeres citados, mas todo e os prazeres, aliciado pelos sete sentidos do corpo, são dádiva das sábia natureza, para a busca da felicidade, quando praticados de acordo com as leis por ela impostos. Ressalte-se   a sexualidade, a mais contestada, recebe a contribuição de todos os sentidos para sua conquista, em benefício da multiplicação e preservação das espécies, no cumprimento do primeiro e maior mandamento bíblico – “Crescei e multiplicai-vos”.– DF

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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

 


Mais um candidato à presidência do Brasil em 2022. O discurso de posse do ministro Luiz Fux,  como presidente do STF, cai como luva no gosto popular, afirmando apoio ao combate da corrupção, com elogios à Lava-Jato. Prepare-se, porém, para enfrentar a terrível máquina dos fake news que vai disparar as canhoneiras partindo, principalmente, do executivo, onde mora o mais interessado pelo posto. Resta saber se Luiz Fux tem vocação para o heroísmo, que pode se transformar em martírio da própria reputação.

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Por confusão com um médico homônimo, um tal de JMV Guillotin, chegou-se a afirmar que o médico Joseph-Ignace Guillotin,  o inventor da terrível máquina de degolar desafetos da
Revolução Francesa,  teria sido vítima de seu próprio invento. A insidiosa máquina de degolar reputações, o fake News, multimilenarmente reinventada, desde que o homem tornou-se homo sapiens, não perdoa desafetos, sejam desonestos ou honestos. Daí o temor de se colocar a favor do combate à corrupção e ser atingido pela monstruosa máquina
, colocando o indivíduo num dilema entre a vida e a morte de sua reputação. Se já é difícil encontrar honesto em palheiro político, quem dera disposto ao heroísmo, optando pelo martírio em defesa da verdade, pondo em risco o dom maior de sua personalidade, o conceito da moralidade.

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

 


Se quiser conhecer o pensamento de certos políticos brasileiros, fique atento para sua boca quando fala. Diz a sabedoria popular que “o uso do cachimbo faz a boca torta”. E haja boca torta para deitar falação tortuosa que o eleitor só vai perceber depois da posse. A fala simulando tanta convicção é de espantar os deuses do Olimpo. Até hoje não se inventou forja capaz de desentortar tanta tortuosidade. É problema hereditário, atravessando gerações.

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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 

Perdão

Elizio Nilo Caliman – Brasília

Em tempos idos, publique no Boletim comentário sobre “Perdão” tão insistentemente invocado no Pai Nosso, ensinado por Jesus, com base no livro do filósofo Huberto Rohden – Metafísica do Cristianismo, A alma de Jesus revelada no Pai Nosso, ed. Martin Claret, 2013. Com o retorno do tema no último Boletim, sinto-me provocado a retornar ao assunto.

Minhas argumentações baseiam-se em afirmações do filósofo e educador.  Ao fazer a tradução dos evangelhos, foi aos originais, o Grego e o Aramaico, fazendo descobertas de como as traduções de que dispomos sofreram distorções, na medida em que foram sendo reproduzidas e retransmitidas, através dos tempos.

Com relação ao termo perdão, afirma não ter encontrado a palavra nos originais. No Grego encontrou a palavra “aphíemi, que quer dizer desligar, soltar, libertar; a tradução latina é dimitere, que significa demitir, soltar”. Foi este o termo, corretamente, utilizado por São Jeronimo na Vulgata: “Demite nobis debita nostra, sicut et nos dimitimos debitoribus nostri”(grifo meu).

Dessa constatação, o autor infere uma nova postura com relação ao pedir perdão, nos seguintes termos:

“O sentido profundo é este: o ofendido deve desligar-se do ofensor, ignorá-lo, não tomar nota; não deve sentir-se ofendido. Somente é ofendível o homem-ego, ao passo que o homem-Eu é inofendível. O ego ofendível é como água, que é alérgica às impurezas do ambiente e é por ele contaminada”. O Eu, porém, é como a luz (“vós sois a luz do mundo”) (Pag. 73). Mais adiante:

 “Assim, o Eu, que é luz, é inofendível, ao passo que o ego, que ainda é como agua, é ofendível. Quanto mais ofendível alguém é, tanto mais ele é ego - e quanto mais inofendível  alguém é, tanto mais ele  é Eu. O ego sofre de ofendismo crônico e, não raro, de ofendite aguda. ... Melhor do que vingar ou perdoar é desligar-se, ultrapassar a horizontal do ego ofendível e subir para a vertical do Eu inofendível”.  (pag. 74).

O autor cita Gandhi que, ao ser perguntado se teria perdoado toadas as injustiças a seu inimigos, respondeu que não, pois, nunca ninguém o ofendera, demonstrando que já estava na esfera vertical do Eu.

Dessas argumentações, cabe-nos concluir que exigir pedido de perdão é rebaixar-se ao nível do ofensor e pretender humilha-lo. Não pedir perdão não significa, porém, não se arrepender e não reparar o mal, tanto moral como físico ou financeiro, na medida do possível.

Cabe aqui a anedota do confessor que, perante uma devota que andava difamando as pessoas, ordenou-lhe que subisse ao alto da torre e depenasse uma galinha, lançando as penas ao vento. De volta para receber a absolvição, o sacerdote, como penitência, mandou-a recolher as penas.

A se levar em conta a descoberta de Huberto Rohden, uma conclusão se impõe. Com relação a Deus, a Luz das luzes, é plenamente inofendível. Pairando, em sua perfeição acima, ou dentro, de todos os seres do universo, não se humilha exigindo pedido de perdão.

 Às religiões, cabe instruir seus seguidores para não perderem seus tempo e dignidade, arrastando-se, humilhantemente, perante a cruz, chorando e pedindo perdão dos pecados, a cada Sexta-Feira Santa. Que o simbólico “me desculpe”, seja cultivado para demonstrar o arrependimento e o propósito de ressarcir os danos causados, fugindo a uma simples formalidade.

domingo, 6 de setembro de 2020

 Diante da falta de empenho no combate à corrupção, se Jesus tivesse nascido cá no Brasil, diria: “Os filhos da luz são tão espertos quanto os filhos das trevas”. O raciocínio obvio é: se combatermos a  corrupção,  teremos que acabar com nossos privilégios. Isto não está nos nossos planos.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

 


Enquanto a reforma administrativa estiver nas mãos de maioria de olho cumprido nos cofres públicos, com a faca e o queijo na mão, julgando em causa própria, difícil esperar algo que venha a equilibrar o ônus dos desmandos administrativos dos governos passados, a serem pagos pela sociedade brasileira.  Os privilegiados da sorte, continuarão a voar nas alturas, enquanto os deserdados terão que continuar a arrancar o soldo do fundo de seus bolsos, para pagar impostos.

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