terça-feira, 11 de agosto de 2020

 Fiquei deveras entristecido ao assistir à missa, via Rádio Aparecida, ao ouvir do celebrante, interpretando a passagem de Cristo de que, quando convidado para a festa, deve-se ocupar o último lugar, atribuindo, subliminarmente, valor   negativo ao ser humano. Maus interpretes dos evangelhos acabam subvertendo os ensinamento de Cristo. Quando este reprova os que pretendem ocupar os primeiros lugares, refere-se aos que procuram subir na vida pisoteando os que, realmente, praticam a verdadeira humildade, lutando para se colocar ao Sol, respeitando e tentando ajudar os menos afortunados. É do poeta e teólogo português, hoje cardeal da Cúria Romana, José Tolentino de Mendonça, a sentença: “Um dos nossos pecados é a depreciação de nós próprios. Achamos que não temos valor e que são merecidos os naufrágios e os incêndios que nos consomem”. Se somos a imagem de Deus, é porque temos algo da divindade dentro de nós, desde que abrigados sob o devido respeito. Não foi sem motivo que Jesus disse aos fariseus: “Não está escrito na lei, vos sois deuses?”

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