sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Procurando luz no final do túnel

Se não há como divisar entre os 12 togados do STF um representante do milenar Cícero para reverberar satírica catilinária contra mil Lúcio Sergio, enfileirados contra as instituições brasileiras, que, pelo menos, surgisse alguém com moral para plagiar a centenária Águia de Aia, repetindo, aos quaro ventos, o envergonhado discurso que permanece calado no fundo da consciência nacional: - “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Infelizmente, a desbotada Carmen Lúcia, pomposamente, assentada entre seus pares, protegida por negra e esvoaçante toga, ainda, não se apercebeu de sua missão como presidente da mais alta corte da Justiça. Parece oculta sob máscara que não condiz com a imagem que tentou projetar por ocasião de sua posse, quebrando o protocolo ao cumprimentar em primeiro lugar o povo brasileiro, prometendo cerrado combate à corrupção. Anda titubeante entre duas facções que se digladiam em busca de holofotes, dizendo discursos recheados de ambiguidades.

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